*TRABALHADORES DE SETORES
CONSIDERADOS VITAIS EXIGEM CONDIÇÕES SANITÁRIAS PARA A CONTINUIDADE DAS
ATIVIDADES
Por Wladmir Coelho
1 – O governo italiano
está a enfrentar uma explosão de greves exigindo os trabalhadores garantias de
proteção contra o contágio pelo coronavírus em setores com atividades
consideradas vitais.
2 – Os trabalhadores em
supermercados, farmácias e principalmente da indústria exigem condições sanitárias
adequadas somada ao devido apoio previdenciário considerando o pagamento
integral dos dias de suspensão das atividades quando detectada esta
necessidade.
3 – Neste ponto
verificamos o quanto a produção não encontra-se incluída no chamado
trabalho remoto colocando em evidência o caráter relativo da conversa de continuidade
da vida econômica a partir do trabalho online opção válida no máximo, enquanto
houver estoques, para o comércio virtual e mesmo assim dependente do
funcionamento dos serviços de entrega, aliás, a este respeito os funcionários dos
correios em Londres também realizaram movimentos de paralisação exigindo
equipamentos e condições de proteção contra o coronavírus o mesmo ocorrendo com
os motoristas de coletivos em Paris.
4 – Curiosamente a
primeira fábrica a entrar em greve na Itália foi a Fiat-Chrysler, em Nápoles,
fabricante de automóveis de luxo Alfa-Romeo – vejam bem – apesar da ruína
econômica mundial o mercado de luxo continua produzindo pouco interessando, aos
industriais e consumidores do topo da pirâmide, a segurança dos operários.
5 – O coronavírus vai revelando,
da pior forma possível, o quanto a liberalização do chamado mercado amparado no
discurso do Estado mínimo contribuiu para a desvalorização da vida diante do
capital.
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