* FIEMG QUER BARRAR
AUMENTO DA POLICIA
* INDUSTRIAIS DO
EXTRATIVISMO E A BOMBA DE SUCÇÃO DO CAPITAL INTERNACIONAL
1 - A Federação das Indústrias
de Minas Gerais (FIEMG) manifestou sua posição contrária ao aumento de 41,7%
oferecido aos policiais e demais setores incluídos através de emenda ao projeto
de lei 1451/20 de autoria do executivo mineiro.
2 – Neste ponto devemos
observar alguns detalhes e fico a imaginar o conflito nas cabeças e corações de
muitos coronéis e delegados frequentadores assíduos dos salões de festas da
FIEMG em noites de coquetéis, entrega de placas, diplomas e palestras de
louvores ao neoliberalismo, Estado mínimo, defesa intransigente da propriedade
privada ignorando a função social conforme determinado na Constituição de 1988.
3 – A posição dos
industriais de Minas revela a posição da casa grande contra todos aqueles seus
empregados ou alguém duvida da postura arrogante destes neosinhozinhos em
considerar o Estado como sua propriedade derivando desta prática a visão de
simples servos de todo e qualquer funcionário – civil ou militar -
independentemente de sua função?
4 – Até outra noite
alguns coronéis e delegados sorriam ao lado do CEO desta ou daquela grande
empresa recebendo afagos e elogios diante da postura de apoio a desocupação de
áreas ambicionadas pelos grandes grupos mineradores esquecendo, inclusive,
daquelas vítimas na própria corporação quando rompem as barragens contendo a
lama resultante do enriquecimento dos acionistas financiadores – aqui e em Nova
Iorque - dos coquetéis, medalhas,
diplomas e placas.
5 – Hoje verificam estes
mesmos chefes a sua condição subalterna de não pertencimento ao grupo
economicamente dominante e entendem na prática o alcance da proibição de ir à
Disneylândia ficando o pior ainda por vir.
6 – Afinal o que
representa a FIEMG? a resposta merece atenção considerando a condição de
Federação das Indústrias em um Estado caracterizado pelo processo de
crescimento negativo – ao estilo rabo de cavalo - da produção industrial, ou seja, o que é
chamado de indústria em Minas Gerais corresponde, na realidade, ao setor
extrativista exportador totalmente dependente do capital externo incluindo a
maior empresa do setor a Vale controlada diretamente de Nova Iorque.
7 – Extrativismo mineral;
foi exatamente esta a praga combatida pelo patrono da Polícia Militar um senhor
chamado Joaquim José da Silva Xavier este, lá no finalzinho do século 18, não
pestanejou em aderir a revolução contra o modelo econômico colonial hoje
exaltado nos salões da FIEMG.
8 – Aqui devemos observar
um pequeno detalhe: o alferes Joaquim José da Silva Xavier também enfrentava
sérios problemas relativos a questão salarial considerando a sua condição de
brasileiro aspecto que impedia o seu acesso ao oficialato superior e sabem o motivo? respondo; os exportadores
de ouro – depois procurem saber quem explora outro atualmente no Brasil - precisavam manter o controle com a turma do
andar de cima era uma questão de classe não havia ainda Disneylândia, mas o
senso de sobrevivência empurrava aqueles dominantes para a defesa de seus
interesses e pouco importavam com as consequências ainda hoje presentes,
vivas.
9 – A posição da FIEMG
revela o interesse dos ditos industriais em manter o modelo econômico de base
colonial e neste momento internacional de queda nos lucros e redução do valor
das commodities precisam os vampiros do minério garantir o controle de todo o recurso possível inclusive aquele
destinado ao pagamento da dívida pública cujo destino final encontra-se nos
cofres dos conglomerados financeiros vitais a manutenção da especulação nas
bolsas de valores e como sabemos este modelo, da economia de papel, vai vazando
água por todos os lados aumentando a ferocidade dos detentores do capital.
10 – A venda da CEMIG,
COPASA, CODEMIG tem o mesmo objetivo, ou seja, irrigar as vias que carregam
para o estrangeiro os recursos que deveriam manter os serviços públicos, os
direitos sociais representados na educação, saúde, segurança, assistência
social, emprego.
11 – A defesa do Estado
mínimo é simplesmente a capa ideológica de um projeto de destruição da
soberania do Brasil e consequente desmantelamento de toda a estrutura de
garantias constitucionais e vai nessa onda o funcionalismo submetido ao arrocho
salarial.
12 – Voltando ao Joaquim
José da Silva Xavier devemos recordar a insatisfação deste antigo alferes com a
derrama, ou seja, o direcionamento do resultado do trabalho da colônia à
metrópole. Você percebe alguma semelhança com o quadro atual?
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