quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

O FRIO E A FRIEZA DO IMPERIALISMO








O FRIO E A FRIEZA DO IMPERIALISMO 


Por Wladmir Coelho

A imagem que vai ilustrando este texto mostra a realidade da cidade de Buffalo, no Estado de Nova York, tradicionalmente afetada por tempestades de neve. Das 60 mortes oficialmente declaradas por congelamento 30 foram registradas lá e este número ainda é provisório diante da falta de recursos - humanos e financeiros - para atender as residências sem energia elétrica, aquecimento, alimentação. Vejamos como o imperialismo trata seu próprio povo:

1- Os jornais brasileiros até noticiam as mortes por congelamento de pessoas do povo - trabalhadores - nos Estados Unidos. Ocultam essas notícias um detalhe importante: na maior economia do mundo não há serviços de resgate, socorro em condições de atender situações como as tradicionais e previsíveis tempestades de neve prevalecendo a máxima liberal do "cada um por si", uma espécie de "projeto de vida" à moda da "reforma do ensino médio" escrito em inglês lá e traduzido aqui nas fundações, institutos da grana.

2 - Curiosamente o Estado imperialista estadunidense apresenta condições de bombardear, matar, promover a derrubada e instituir governos - utilizando a mais moderna técnica - em QUALQUER PONTO DO PLANETA contando com GIGANTESCO ORÇAMENTO DE GUERRA, sem falar no poder econômico estatal que faz do Pentágono o MAIOR EMPREGADOR DO MUNDO!

3 -  Incrível, mas rigorosamente verdadeiro: o país das liberdades comerciais não apresenta a estrutura necessária para retirar da neve seus trabalhadores que morrem congelados pedindo socorro pelo 911 número que a indústria cultural divulga nas séries como modelo de assistência.

4 -  Mr. Biden liberou – emprestou aos ucranianos -  bilhões para a guerra por procuração da OTAN/EUA, entope os cofres dos tubarões do setor de armas, aumenta os lucros de sua indústria petrolífera criando barreiras comerciais e por consequência a elevação dos preços do petróleo... lógico o setor dos bancos ganhando nas transações, assumindo o controle das empresas....

5 - Voltando a imprensa auriverde: o tema Estado "mínimo", privatização, teto de gastos ė tratado de forma dogmática elegendo sacerdotes e sacerdotisas genericamente chamados de "técnicos". Estes, na verdade, não passam de agentes do imperialismo defensores de um modelo que mata o povo por toda parte.


terça-feira, 6 de dezembro de 2022

SETE EM 10 AUTÔNOMOS GOSTARIAM DE TRABALHAR COM CARTEIRA ASSINADA

 



* A CLASSE MÉDIA SOPRANDO CHIFRE DE BOI

* OS COMENTARISTAS ECONÔMICOS E SUAS NOTÍCIAS FALSAS

* DOPANDO A JUVENTUDE NAS ESCOLAS COM “PROJETO DE VIDA”

* O TRABALHADOR PAGA O PATO

 

Por Wladmir Coelho

 

1 – O discurso da uberização iludiu – e ainda ilude – os ingênuos e foi habilmente utilizado para justificar as ditas reformas trabalhistas prometendo os seus idealizadores um mundo de maravilhas a partir do sepultamento da CLT, acusada na imprensa “livre” e “defensora da democracia”, de entulho do paternalismo getulista. A classe média colonizada, herdeira direta do udenismo lacerdista e entreguista, tratou de papaguear a conversa fiada dos comentaristas econômicos a serviço do capital e debruçada na janela acreditou que a banda tocava pra ela.

2 – As promessas de tempos fantásticos dos comentaristas econômicos, com aquelas caras de azia crônica misturada com tédio incurável, não passavam de notícias falsas (“fake news” como preferem os liberais colonizados) verificando-se em pouco tempo – apesar do oba-oba das reformas - uma quebradeira geral atribuída de forma hipócrita ao vírus e não ao aumento da exploração do trabalhador.

3 – O dono da padaria, do restaurante o franqueado do chocolate continuam ingenuamente acreditando no discurso do mercado acima de tudo e muitos até investem seu capitalzinho em açõezinhas ignorando as lições de Geografia, ou seja, os grandes fundos de investimentos estão localizados em Wall Street e seus controladores recebem em dólares e além disso não compram pão, bombom, roupa ou almoçam na esquina aqui do bairro. Este consumo cabe ao trabalhador nacional, maioria da população, integrante do chamado mercado interno.

4 – A verdade é a seguinte: a classe média caiu no conto do vigário da liberdade total do mercado e contribuiu para o aprofundamento da dependência do Brasil e alucinada passou a soprar chifre de boi nas ruas acreditando que estava em Austin defendendo a redução do país a condição de exportador de minério, petróleo e soja destruindo a outra parte do “populismo” getulista, a saber, o projeto de industrialização e emancipação nacional. OBSERVAÇÃO: A pequena burguesia de nosso amado torrão sofre de colonialismo congênito aprofundado numa educação baseada na lenda do “destino manifesto” crendo, por isso mesmo, na criação de uma potência a partir da soma de atos individuais desprovidos de relações. Não conhecem a história dos Estados Unidos, desconhecem a do Brasil e defendem uma fantasia, uma alucinação.

5 – A classe média vibra com as notícias de privatização da Petrobras, da eletricidade, da água, da saúde, da educação acreditando que participa da festa ignorando o abismo no qual atira-se dopada pela ideologia do “destino manifesto”, do você pode, o Estado atrapalha somado a defesa da dependência econômica escondida na demência verde-amarelista ou entreguismo fantasiado de patriotismo.

6 – Enquanto isso nas escolas do povo – não confundir com escola popular -  a ideologia do individualismo ganha forma através do chamado “projeto de vida” um modo de transferir aos filhos dos trabalhadores a responsabilidade pela tragédia econômica criada a partir dos interesses na manutenção ou aumento das taxas de lucro, da exportação de empregos via redução da economia nacional em exportadora de produtos primários fato que não assusta os fundamentalistas religiosos e moralistas de plantão, os verde-amarelistas e menos ainda o objeto engalanado do fetiche destes.

7 – O trabalhador é o grande prejudicado pela política econômica fundada na ideologia do entreguismo, da destruição dos meios necessários a superação do atraso econômico tornando-se vítima de um modelo cínico que apresenta como solução o individualismo debochadamente vendido como empreendedorismo amparado no discurso canalha do “fim do emprego”.  

segunda-feira, 31 de outubro de 2022

O DISCURSO DO PRESIDENTE ELEITO E AS COMMODITIES

 



O DISCURSO DO PRESIDENTE ELEITO E AS COMMODITIES

Wladmir Coelho

Um aspecto pouco explorado pela imprensa “livre” (que tenta a todo custo retirar do povo a vitória e repassá-la a senadora Simone Tebet) foi a referência do presidente eleito ao fato superação da condição brasileira  de exportador de commodities. Este ponto é muito importante e vou destacar destas commodities o PETRÓLEO e o MINÉRIO DE FERRO ambos estratégicos.

Um e outro carregam a condição de matéria-prima e por isso mesmo guardam em si a base de um trabalho futuro. Tradicionalmente o Brasil – como qualquer outro exportador de commodities – realiza os trabalhos primários, ou seja, a extração recebendo, por isso mesmo, o valor relativo a este tipo de atividade.

A imprensa “livre” sempre bate na tecla da geração de empregos e renda como justificativa para o aprofundamento desta atividade. Este fato é mentira? Não. Realmente as atividades primárias geram empregos e renda, mas SOMENTE O NECESSÁRIO PARA ESTE FIM. Emprego em maior escala vamos observar nos países que importam a matéria-prima transformada em aço, ferro, diferentes tipos de combustíveis, produtos químicos diversos necessários a todo tipo de indústria. EM SUMA: EXPORTAR MATÉRIA-PRIMA (COMMODITIES) SIGNIFICA EXPORTAR EMPREGOS QUE SERIAM DOS TRABALHADORES BRASILEIROS.


segunda-feira, 20 de junho de 2022

domingo, 17 de abril de 2022

AUSTERIDADE FISCAL E ÓLEO DIESEL; COMO SEU SACRIFÍCIO PROPORCIONA A FELICIDADE DE WALL STREET

 



- AUSTERIDADE FISCAL E ÓLEO DIESEL; COMO SEU SACRIFÍCIO PROPORCIONA A FELICIDADE DE WALL STREET

- A GUERRA COMO FORMA DE READEQUAÇÃO DO MERCADO INTERNACIONAL DO PETRÓLEO

Por Wladmir Coelho

1 – As sanções do império equivalem aos cercos promovidos pelos antigos exércitos naquele tempo o objetivo era forçar a rendição a partir da fome e proliferação de doenças sacrificando, como sempre, o povo.

2 – Os Estados Unidos promovem os modernos cercos, ou sanções, a partir da bandeira da “liberdade”, dos “direitos humanos”, da “democracia” e por aí vai sempre apresentando como resultado a morte por inanição de milhões de trabalhadores em todo o planeta.

3 – A mais recente sanção diz respeito aos russos e sua justificativa ocorre a partir da bandeira da “paz” a guerra, todavia, continua e amplia-se inclusive com fornecimento, pelos pacifistas, de armamentos e mão de obra através das lucrativas empresas especializadas em fornecimento de mercenários bem treinados recrutados em diferentes pontos do planeta.

4 – Outra consequência das sanções do império encontra-se em nossas mesas, no transporte coletivo, na movimentação de mercadorias. Trata-se especificamente do óleo diesel o novo vilão da inflação e pior; do aprofundamento do desabastecimento de alimentos, medicamentos da inviabilidade do transporte de cargas e passageiros.

5 – ABRINDO PARÊNTESES: o Brasil iniciou em 1953 uma política econômica do petróleo amparada no princípio da autossuficiência através de uma empresa petrolífera mista representante do Estado na efetivação do MONOPÓLIO ESTATAL DO PETRÓLEO. A Petrobras deveria desta forma controlar todo o processo do “POÇO AO POSTO” garantindo a segurança do abastecimento e fornecimento de matéria-prima ao setor industrial nacional. Este projeto não transcorreu de forma harmoniosa, todavia a empresa petrolífera brasileira desenvolveu uma capacidade técnica reconhecida mundialmente possibilitando o desenvolvimento de um setor petroquímico sem falar nas refinarias a fornecer, inclusive, óleo diesel aos transportadores de cargas, passageiros e máquinas agrícolas.

6 – FECHANDO PARÊNTESES: Em nossos dias a Petrobras, em nome de uma ideologia somada a tradicional subordinação ao imperialismo de nossas classes dominantes, não cumpre a sua função original inclusive o monopólio estatal foi transferido ao setor privado controlado a partir de Wall Street, ou seja, a remuneração dos acionistas da empresa é realizada em dólares retirados dos nossos suados reais uma espécie de tributo que pagamos ao império em nome dos elevados lucros dos ditos investidores internacionais. As classes dominantes daqui, subordinadas as de lá, aplicam seus lucros em Nova York que depois são colocados a salvo nos paraísos fiscais enquanto ficamos engolindo a seco o discurso da AUSTERIDADE FISCAL feita para atender a garantia do pagamento dos juros dos títulos comprados com parte daqueles recursos saqueados, roubados do trabalhador brasileiro.

7 – VOLTANDO AO ÓLEO DIESEL: os jornais brasileiros deste domingo – 17 de abril – apresentam matérias apontando uma crise no abastecimento deste derivado do petróleo enquanto a imprensa internacional revela desde o desabastecimento na Europa até a elevação dos preços enquanto isso o novo presidente da Petrobras anuncia, para a felicidade geral do mercado, o prosseguimento da política de PRIVATIZAÇÃO DAS REFINARIAS na prática a continuidade da entrega do monopólio do Estado aos “investidores” internacionais e subordinados daqui em nome dos lucros elevadíssimos as custas do sacrifício do povo.

8 – PARA TERMINAR E MEDITAR: os Estados Unidos apresentam-se como maiores produtores de diesel do planeta seguidos pela Rússia. A Europadepende da importação do diesel russo os estadunidenses pressionam para ocupar este espaço. A guerra representa um importante meio para a conquista de novos mercados.  


terça-feira, 5 de abril de 2022

ALEMANHA NACIONALIZA EMPRESA ENERGÉTICA RUSSA

 



ALEMANHA NACIONALIZA EMPRESA ENERGÉTICA RUSSA

GOVERNO BRASILEIRO SEGUE A PROCURA PRESIDENTE ENTREGUISTA PARA A PETROBRAS

Por Wladmir Coelho

1 – O jornal Valor Econômico, representante da burguesia paulista e da OTAN, noticiou timidamente a nacionalização, pelo governo alemão, de uma subsidiária da petrolífera russa Gazprom.

2 - “O governo alemão está fazendo tudo o que é necessário para salvaguardar a segurança do abastecimento da Alemanha” justificou o Robert Habeck ministro da economia daquele país.

3 – O governo brasileiro, ao contrário dos alemães, continua a procurar de um presidente ainda mais entreguista para a Petrobras mantendo assim a política de insegurança energética em nome da  remessa dos tributos à Wall Street e seus ricaços.

4 – A notícia quase escondida do Valor revela o quanto as sanções dos Estados Unidos – chefe da OTAN – contra a Rússia colocam em risco a economia mundial incluindo a ameaça de fome fato observado em diferentes países.

5 – A guerra indireta, por procuração dos Estados Unidos contra a Rússia apresenta-se como um sintoma da decadência ao modelo econômico dito globalizado.


domingo, 3 de abril de 2022

DEPUTADO PEDE SACRIFÍCIO AOS PROFESSORES E TRABALHADORES DA SEGURANÇA PÚBLICA

 


- DEPUTADO PEDE SACRIFÍCIO AOS PROFESSORES E TRABALHADORES DA SEGURANÇA PÚBLICA

- A BALELA DO TUDO É RELATIVO COMO FORMA DE PERPETUAR A EXPLORAÇÃO

Por Wladmir Coelho

1 – “TUDO É RELATIVO” eis o bordão dos interessados na mistificação da realidade entendida como permanente, imutável restando aos mortais a busca de formas para adaptar-se ao que está aí ou cair fora do planeta.

2 - Os defensores desta imutabilidade apresentam-se de forma sofisticada com carinha de austeridade e sempre com aquela pinta de bem sucedido na vida, um “meritocrata”, reduzindo as questões econômicas a condição mágica base para a crença no deus mercado a quem todos devemos levar nossas ofertas e sacrifícios inclusive da vida.

3 – Este culto ao deus mercado naturalmente apresenta uma teologia, um clero voltado a manutenção e continuidade dos ritos além de administrar as ofertas e regularizar os sacrifícios conforme a interpretação dos desejos da divindade em questão. Vejam: a religião do “TUDO É RELATIVO” prega uma realidade imutável, mas submetida aos humores de um deus alimentado a partir de ofertas materiais e quando estas sofrem algum tipo de queda a divindade exige sacrifícios para retomar a forma ideal. E quem decide como será? Naturalmente aqueles possuidores dos meios necessários para reconhecer e interpretar os desejos do deus mercado afinal são eles a governar o templo.

4 – Vejamos em termos práticos a questão da mística mercadológica e sua associação ao fim da história ou imutabilidade a partir de um pequeno artigo publicado no jornal O TEMPO, no dia 2 de abril, assinado pelo deputado Marcus Pestana que também é economista, intitulado “Minas: laboratório para responsabilidade fiscal II.”

5 – O autor do texto em questão inicia revelando o mundo das anormalidades em Minas Gerais, mostra o “caos” seguido de uma enxurrada de números revelando os baixos salários do grosso da população e reconhecendo, inclusive, a necessidade de valorização dos funcionários públicos citando especificamente os professores e policiais.

6 – Realizadas as constatações obvias o autor assume o discurso místico relativista da “responsabilidade fiscal” citando índices e médias revelando um quadro econômico terrível pedindo, como de costume, o famoso SACRIFÍCIO, afinal gasta-se muito com escolas, hospitais, segurança pública e “tudo tem limite” insinuando a necessidade de redução destes direitos como é possível observar na frase destacada pelo jornal: “O JUSTO NEM SEMPRE É POSSÍVEL. TUDO É RELATIVO, E OS PARÂMETROS DEVEM SER REALISTAS.”

7 – Sem o menor pudor o sr. Pestana defende o não cumprimento das determinações constitucionais incluindo o piso nacional dos professores somado a relativização dos direitos sociais sempre apoiado na mística dos números manipulados gerando o discursinho ao gosto da “imprensa livre” ingenuamente degustado pela classe média.  A doutrina do TUDO É RELATIVO, também vulgarmente apelidada de cada um por si, encontra-se na escola em apostilas ricamente ilustradas prometendo ao jovem um mundo fantástico bastando para isso aceitar o credo da imutabilidade, do fim da história resumido na adaptação as condições impostas pelo deus mercado.

8 – Os PARÂMETROS REALISTAS do sr. Pestana não passam do velho e desgastado discurso do “sempre foi assim” a negar a condição histórica da realidade e desta os elementos a gerar a forma de enriquecimento a partir da exploração do trabalho. O senhor Pestana entende como realidade o prosseguimento da exploração do povo com o único objetivo de manter os meios de enriquecer aqueles muito ricos.   


quarta-feira, 30 de março de 2022

O TIRO NO PÉ DAS SANÇÕES

 



O TIRO NO PÉ DAS SANÇÕES

A SITUAÇÃO DOS REFUGIADOS NA EUROPA E EUA

WALL STREET: O PODER DA INDÚSTRIA BÉLICA

Por Wladmir Coelho

COMO ERA PREVISTO:  A imprensa livre ocidental vai confirmando as previsões mais pessimistas a respeito do “tiro no pé” da adoção pura e simples das sanções contra a Rússia determinadas a partir dos interesses de Wall Street. A agência de notícias britânica Reuters – tradicional porta-voz dos interesses imperialistas – aponta em material publicado em 30 de março as amargas consequências da submissão da União Europeia aos Estados Unidos a começar pelo risco de recessão na Alemanha, a inflação espanhola próxima dos 10%, os riscos de aprofundamento da crise energética.

TRISTEZA DE UNS: A informação da Reuters segue revelando algumas contradições: o governo da Alemanha anuncia a retomada do programa nuclear para superar a crise energética em função da clássica dependência do gás da Rússia. A postura da presidenta do Banco Central Europeu – feito barata tonta – percorrendo os órgãos da imprensa livre gaguejando a revelar o seu “dilema” entre implementar políticas classificadas pelos ortodoxos do liberalismo como “populistas” e aquelas voltadas a maior exploração possível e impossível do trabalhador.

ALEGRIA DE OUTROS: O governo alemão como forma de superar a crise econômica – utilizando um antigo recurso – aumentou em 100 BILHÕES DE LIBRAS os gastos militares e dá-lhe valorização das ações da indústria bélica. Material do Financial Times em 30 de março revela a euforia diante do repentino aumento dos lucros dos controladores e acionistas do setor de armas de guerra diante da intervenção estatal no setor. O Estado alemão segue comprando tanques e outros artefatos enviados como ajuda humanitária à Ucrânia.

O PREÇO DA LIBERDADE É A ETERNA VIGILÂNCIA:  Diferentes jornais publicaram a seguinte manifestação do Citigroup: “A eclosão da guerra alertou os governos e investidores europeus para o importante papel que as empresas de defesa desempenham na proteção das democracias liberais e seus valores”.

VAI LÁ EM CASA: O jornal chinês Global Times do dia 29 de março publicou uma longa matéria a respeito da situação dos ucranianos na Europa notadamente na Polônia. O material chinês utilizou desde depoimentos de refugiados a publicações da imprensa europeia e revelou um descompasso entre o discurso do amor e acolhimento e a dura realidade dos ucranianos alojados em estações de trem e abrigos precários expostos aos traficantes de mulheres, de órgãos e escravos.

QUAL O ENDEREÇO? A maior parte dos ucranianos refugiados, revela o Global Times, é constituída por mulheres, crianças e idosos aspecto a dificultar o interesse dos capitalistas europeus que buscam trabalhadores a baixo custo e não pessoas em vulnerabilidade aumentando, segundo a reportagem, os gastos sociais dos governos e como sabemos a ordem é queimar dinheiro na indústria bélica e continuar alimentando a GUERRA DA OTAN/ ESTADOS UNIDOS.

HOME SWEET HOME: Os Estados Unidos prometeram receber 100 mil ucranianos existindo na fronteira com o México milhares destes esperando o cumprimento da promessa. A questão da imigração nos EUA conhecemos muito bem e segundo a CNN o critério adotado nos postos fronteiriços é o tipo físico; branco, louro, olhos azuis passa os demais ficam e mesmo assim o Global Times aponta inúmeras dificuldades para os ucranianos entrarem na terra prometida. Segundo a BBC a Rússia recebeu 350.632 refugiados enquanto os Estados Unidos ainda não conseguiram informar o número total que segundo o Global Times não alcançaria uma dezena.


quinta-feira, 17 de março de 2022

A INDÚSTRIA DA GUERRA

 



QUEM FINANCIA O EXÉRCITO UCRANIANO?

A INDÚSTRIA DA GUERRA

A CULPA É DA GUERRA REPETE O INGÊNUO DIANTE DA BOMBA DE GASOLINA

Por Wladmir Coelho

1 – Entre o ano de 2016 e 2020 – informa o site da Stimson Center – a Ucrânia tornou-se o maior destinatário dos recursos militares dos Estados Unidos à Europa.

2 – As forças ucranianas encontram-se muito bem equipadas quem afirma é mr. Biden durante entrevista coletiva no último dia 16: “Enviamos à Ucrânia US$ 650 milhões em armas no ano passado incluindo equipamentos antiaéreos em quantidades que jamais havíamos fornecido antes.”

- Muita grana na Ucrânia revela Mr. Biden: “Iniciada a guerra imediatamente enviamos US$ 350 milhões traduzidos em centenas de sistemas antiaéreos, milhares de armas antitanque, helicópteros de transporte, barcos de patrulha e outros veículos, sistemas de radar(...)”

-  E continua o defensor da paz: “No sábado, autorizei outros US$ 200 milhões para manter um fluxo constante de armas e munições à Ucrânia” afirmou um Mr. Biden desejoso em  prolongar ao máximo o conflito garantindo aos grandes do setor de armamentos, petróleo ganhos estratosféricos e nós aqui na periferia econômica acreditando no discurso moralista estadunidense e remetendo nosso tributo, via pagamento dos aumentos nos valores dos combustíveis, aos tubarões de Wall Street.


terça-feira, 15 de março de 2022

ENQUANTO ISSO NO MUNDO ENCANTADO DO LIVRE MERCADO

 



ENQUANTO ISSO NO MUNDO ENCANTADO DO LIVRE MERCADO

ALGUMAS NOTAS

Por Wladmir Coelho

GREVE DOS PROFESSORES EM MINAS: O sr. Romeo Zema chamado a negociar no Tribunal de Justiça não apresentou nenhuma proposta aumentando a indignação dos profissionais da educação, aliás o movimento cresce em todo Estado revelando um quadro assustador: os salários dos trabalhadores de serviços gerais nas escolas ESTA ABAIXO DO MÍNIMO e por isso mesmo aumenta o número de adesão deste segmento. Muitas escolas paradas em Minas a partir da movimentação dos auxiliares de serviços gerais que colocam alguns acomodados a pensar e agir como classe.

LIBERDADE DE CIRCULAÇÃO: Os tubarões do transporte de Belo Horizonte resolveram direcionar conforme seus interesses financeiros a economia da capital e anunciam uma reunião para quarta-feira e desta a limitação da circulação da classe trabalhadora sacrificada faz tempo em função das tarifas elevadas, ônibus lotados e velhos. Por sua vez a classe média segue   sem dinheiro para o pagamento da prestação da SUV e menos ainda para pagar, no crédito, o combustível, mas firme em seu discurso ideológico na base do “projeto de vida”, “eu posso”, “eu não quero esmolas do governo” e outras pérolas da ideologia importada a favor dos RICOS, eu disse RICOS ou AQUELES DE WALL STREET.  

LIBERDADE DE EXPRESSÃO: O pequeno “empresário” de classe média gritou, esperneou, xingou na porta da prefeitura contra as medidas de isolamento e agora permanece CALADINHO diante da LIVRE INCIATIVA dos tubarões do transporte. Afinal o dono da padaria, do restaurante, do salão de beleza, da lojinha de chocolate foi TREINADO para APLAUDIR TODA E QUALQUER FORMA DE DEFESA DO LUCRO mesmo que esta represente o SEU FIM.

A IMPRENSA LIVRE DE BELO HORIZONTE: Enquanto o povo é ameaçado – inclusive por bombas em estranhas manifestações – os jornais tratam de criar eufemismos para o ABUSO DO PODER ECONÔMICO DOS TUBARÕES DO TRANSPORTE e chamam o ataque a LIBERDADE DE CIRCULAÇÃO de MEDIDAS para garantir o funcionamento do transporte que nunca foi público no sentido de atender as necessidades do trabalhador.

WAR BUSINESS: Enquanto os tubarões do transporte de Belo Horizonte para manter a taxa de lucro determinam a limitação LIBERDADE DE CIRCULAÇÃO DO TRABALHADOR uma notinha do YAHOO FINANCE revela como os RICAÇOS também lucram com a GUERRA: “O governo dos EUA anunciou em 12 de março a liberação de US$ 200 milhões em ajuda militar à Ucrânia. (NOTA: temos neste valor uma ínfima parcela do total de US$ 1 trilhão destinados aos gastos militares do orçamento da terra das LIBERDADES.)

O NEGÓCIO É MATAR E LUCRAR: “A expectativa após esta notícia é de mais um aumento no valor das ações das empresas de equipamentos militares aeroespacial, que já vêm recuperando nas últimas duas semanas, IMPULSIONADAS PELO CONFLITO RÚSSIA-UCRÂNIA.” 

CASOS DE COVID AUMENTAM NA CHINA: Segundo o jornal chinês Global Times existe uma preocupação com uma explosão MUNDIAL considerando o abandono das políticas de prevenção contra a COVID-19. O aumento dos casos foi observado em 27 províncias chinesas registrando-se nestas a retomada das medidas de isolamento como fechamento de escolas e atividades não essenciais.

CORRUPÇÃO: na maior economia do mundo uma auditoria do Estado de Washington revelou que as escolas Charter – instituições de ensino privatizadas que recebem dinheiro público ao modo daquelas implantadas em Minas Gerais pelo sr. Romeo Zema – contratam professores sem a formação exigida por lei. O chefe da auditoria classificou o fato de “sem precedentes.”

ARÁBIA SAUDITA: 81 prisioneiros foram executados no último sábado. Os motivos? Segundo o governo eram todos terroristas e assassinos, contudo não há maiores detalhes a respeito dos nomes e razão da condenação. Os detentores do “DESTINO MANIFESTO” somados a IMPRENSA LIVRE DO MUNDO CRISTÃO, CAPITALISTA permaneceram em obsequioso silêncio. O método usual na petroditadura associada e dependente do capital estadunidense é a decapitação.

AINDA NA ARÁBIA: Segundo informações da ONU 41 dos condenados participaram de um protesto contra o governo em 2011 e 2012.  


sábado, 19 de fevereiro de 2022

DIVIDIR PARA CONQUISTAR: O CÉSAR DO BREJO SEGUE SUA POLÍTICA DE INTRIGAS

 




- DIVIDIR PARA CONQUISTAR: O CÉSAR DO BREJO SEGUE SUA POLÍTICA DE INTRIGAS

- O INGÊNUO DE CLASSE MÉDIA COM MEDO DAS FORÇAS DO POVO

- OS GOVERNANTES DELIRANTES

- O FIM DA HISTÓRIA

Por Wladmir Coelho

1 – Segue a política das alterosas a soma do clássico romano ‘divide et impera’ adicionado a consigna historicamente mais recente, atribuída a conhecido marqueteiro nazista, na qual uma ‘uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade’. O recurso a tais ensinamentos constitui a prática recorrente dos ‘gênios’ de ocasião autoproclamados ‘maquiavélicos’ a revelar em sua ‘genialidade’ nada além da ausência total da verdade.

2 – Em Minas os governantes dos últimos tempos usaram e abusaram desta fórmula e vamos recordar determinado morador do Leblon com seu aprendiz de feiticeiro ambos firmemente apoiados num sistema de publicidade a transformar o nosso amado rincão em espécie de Disneylândia materializada naquele castelo encantado – ornado com bilhões de brilhos -  construído nos limites da capital com Vespasiano.

3 – A infantilização não parou por aí; tempos depois surgiu da mesma classe dominante um herdeiro com seu discursinho prá agradar classe média sempre em tom farsesco, canastrão, encarnando o clássico personagem do capiau. Para a propaganda um tipo perfeito com cara de bobo, voz de idiota e rico, muito rico. Estava concluído o novo produto a ser consumido de forma ingênua no formato do matuto que deu certo, aliás a fórmula não era nova e aqueles com mais de 50 recordam-se do Sassá Mutema tão ao agrado do discurso moralista da pequena burguesia auriverde.

4 – O problema do Capiau Mutema localiza-se (por favor; aqui não faço referência a dito patrocinador da farsa segundo a voz das ruas.) justamente na composição do personagem revelando a soma deste com Zeca Diabo um caipira de voz fina e fala mansa representando, todavia, uma associação com as forças mais violentas e obscuras apesar do discurso do arrependimento e inabalável fé em Deus e nos costumes cristãos.

5 – Aqui uma observação geral: governante delirante representando personagens do passado não é novidade e sabemos todos que Napoleão adorava seus retratos fantasiado de César, posteriormente um sobrinho do general francês encenou uma espécie de encosto do tio empolgando a burguesia local. Estes exemplos não param no século 19 e seguindo o desfile de alucinações, fantasias e caricaturas históricas vamos encontrar no século 20 um alemão fardado afirmando encarnar tudo isso junto, misturado acrescido do tempero regional legitimado através das palmas delirantes da classe dominante do país e exterior incluindo os burgueses dos Estados Unidos. Seguindo a tradição histórica esquizofrênica vamos verificar fato recentíssimo em determinado país na América do Sul; lá um delirante militar aposentado de baixa patente encarna em nome da trindade Deus, Pátria e Família o tipo caricato daqueles generais ditadores dos anos 70 reafirmando diariamente em lives e outros meios o seu patriotismo enquanto entrega desde o subsolo de sua amada e idolatrada Pátria até os serviços públicos, a empresa petrolífera, as de energia elétrica ao deus mercado submetendo o seu povo aos elevados valores nos preços dos combustíveis, alimentos, eletricidade, gás de cozinha como forma de tributo aos investidores de Wall Street incensados diariamente na chamada ‘grande imprensa’ local. Haja esquizofrenia!

6 - Retornando ao plano regional: O César do Brejo, o Maquiavel de chanchada segue sem o menor pudor a sua prática de apoio a política de submissão do Brasil aos interesses do capital internacional ressuscitando a velha prática colonial da DERRAMA consumida no século 21 na forma de ‘austeridade fiscal’ termo ao gosto dos comentaristas da imprensa sadia deste ‘mundim’ das Gerais a dopar diariamente os ingênuos prometendo o paraíso após o necessário sofrimento. Sofrimento para o povo é lógico, afinal tenha seta prá cima ou prá baixo lá em Nova Iorque o preço do gás em nosso amado torrão tem que subir como forma de garantir o lucro das empresas multinacionais as quais os patriotas entregaram o controle da Petrobras. O César do Brejo vai seguindo o mesmo modelo na CEMIG e já abriu as porteiras aos elementos eufemisticamente denominados investidores, na verdade saqueadores, conforme revelou a CPI da Assembleia Legislativa.

7 – O ingênuo acredita, repete, defende a política do César do Brejo; este em nome da defesa dos interesses do capital joga trabalhador contra trabalhador, civil contra militar, professor contra enfermeiro e toca sua harpinha desafinada enquanto o circo pega fogo. Promete aumento aos policiais, depois culpa a educação pelo não cumprimento e incentiva uma carnificina verbal sem base na realidade ao modo daquela casa sem pão do dito popular.

8 – Ao final após longo divertimento o César do Brejo apresenta como solução o corte geral e absoluto, o reajuste zero, a demissão de servidores, o fechamento de escolas fundado na hipocrisia da Recuperação Fiscal conhecida no passado por derrama a saber; o modo de garantir aos compradores de títulos do Estado o pagamento dos juros retirado a força de nosso povo na forma de suspensão dos direitos básicos como saúde, educação, segurança, assistência social, pesquisa.

9 – O saque aos recursos nacionais, desta forma, é entendido como o modo de ajuste necessário a dita recuperação econômica a ser alcançada um dia restando aos trabalhadores uma disputa sangrenta pela sobra do banquete dos ricaços. No passado um simples alferes de Vila Rica percebeu este tipo de manobra e começou a falar e da fala passou à ação até incomodar, prá valer, um coronel português disposto a manter o sistema naturalmente recebendo a sua paga. Vejam o papel daquele antigo alferes cuja tradição é mantida no século 19 quando oficiais de um Exército pequeno, desarmado perceberam a necessidade de rompimento com a monarquia escravista, atrasada e passaram a constituir espécie de organização da classe média em constante conflito – muitos armados – com os setores mais retrógados da sociedade brasileira.

10 – Incrível, mas a classe média auriverde já deu as suas voltinhas de braços dados com os militares nos jardins do nacionalismo, do desenvolvimento nacional a ponto de participar ativamente do movimento de 1930 com seus tenentes, aliás destes tenentes muitos, a quem afirme tratar-se da maioria, eram sargentos comissionados responsáveis pelas prisões dos oficiais da ordem e levantamento dos quartéis de 90 anos atrás. Os sargentos, tempos depois, participam ativamente do levante liderado no Rio Grande do Sul pelo governador Leonel Brizola para garantir a posse de João Goulart. Vejam: a divisão de classes não poupa os quartéis e seguindo a política econômica entreguista de nossos dias atinge as classes mais baixas use farda ou não e foi preciso prender, matar, expulsar durante uma ditadura entreguista mais de 5 mil militares, a maioria praças, para impor uma doutrina a distanciar a caserna da realidade social, da verdade.

11 – Enquanto o andar de cima tolera a presença em seus banquetes dos brilhos dos galões nos níveis mais baixos, como forma de compensação, promete comissão numa escolinha cívica aqui, outra vaga de instrutor de ordem unida e fiscal de cabelo ali. Percebam; não dá prá compensar todos, em termos gerais as classes inferiores disputam as migalhas, as eventuais sobras do saque transformado em função da mentira em forma de salvação e mais grave; assumem o discurso de aprofundamento da entrega dos recursos financeiros aos grupos econômicos mais poderosos incluindo o fato privatização da educação e sua precarização a partir do acesso ao FUNDEB de entidades subordinadas direta ou indiretamente aos bancos e fundos de investimentos.

12 – A esquizofrenia histórica criou ou ressuscitou, ao lado do César do Brejo e aquele general de baixa patente, uma guerra na qual seres radicais de esquerda conspiram contra o patriotismo dos atuais governantes ameaçando o plano divino de adequação do Brasil ao rumo correto, ou seja, a continuidade e aprofundamento da política econômica dependente, atrasada, sem prazo ou rumo de sucesso dependendo, por isso mesmo, da constante disputa entre os trabalhadores resultando no aprofundamento da miséria. Em termos gerais defendem os candidatos à forca a política de ampla distribuição de corda e caminham num mundo paralisado, sem possibilidades de transformação ou rompimentos restando apenas adaptar-se eis o fim da História.   

  


Programa Escuta Educativa da Rádio Educare.47 do Instituto de Educação de Minas Gerais

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