terça-feira, 22 de dezembro de 2020

CONGRESSO DOS EUA AMPLIA INTERVENÇÃO NA ECONOMIA


 


* CONGRESSO DOS EUA AMPLIA INTERVENÇÃO NA ECONOMIA 

* AUXÍLIO EMERGENCIAL LÁ, RIGOR FISCAL NA COLÔNIA

* GOVERNO VAI DOAR DINHEIRO AOS PEQUENOS EMPRESÁRIOS... NOS EUA

Por Wladmir Coelho

1 – A classe dominante brasileira auxiliada pela classe média infantilizada utilizando toda a estrutura de difusão ideológica colonial, incluindo o fanatismo religioso, alimenta o culto ao conservadorismo político e econômico uma espécie de alucinógeno distribuído fartamente via pacotes de aculturamento importados diretamente da pátria das oportunidades, do “Sonho Americano”. O conservador brasileiro, neste caso, defende a elevação do modo de vida estadunidense aos céus assumindo este mitológico modelo a meta a ser atingida em nossas terras nas quais não habitam estadunidenses e sim brasileiros carregando, portanto, um processo histórico bastante diferente daquele observado na matriz. Este conservadorismo, em termos práticos, apenas mantém (conserva) um modelo de submissão ignorando os elementos de exploração e dominação presentes no imperialismo.

2 – No passado utilizavam o discurso pretensamente cientifico da inferioridade racial base da cultura racista impregnada no desejo de partir para Miami dos ricos e teologia da loucura e alienação total manifestada no sucesso individual, do cada um por si transformando em concorrentes familiares, vizinhos, amigos legitimando o discurso falso do “Estado paternalista” inibidor do empreendedorismo e da liberdade. Este discurso da conservação derrubou os nacionalistas, os reformistas, matou lutadores revolucionários, cria ilusões inclusive a mítica impossibilidade da intervenção do Estado na economia como prática necessária a superação, pelo menos, da crise econômica ou do atraso nacional.  

3 – Enquanto o culto ao liberalismo ao modo Hayek faz a alegria da classe dominante brasileira e confunde os trabalhadores  o  Congresso dos Estados Unidos aprovou em 22 de dezembro um pacote de quase DOIS TRILHÕES DE DÓLARES direcionados as ações de intervenção estatal na economia destinando deste total US$ 892 bilhões em ações para manutenção dos empregos, segurança alimentar, auxilio emergencial de US$ 300 aos desempregados excluídos do auxílio oficial, continuidade do programa de cheques agora reduzidos ao valor de US$ 600, pagamento de alugueis e hipotecas moratória nos despejos até 31 de janeiro. Intervenção até na propriedade privada? é isso mesmo?

 4 – Do referido pacote estadunidense vou destacar uma das medidas de socorro ao pequeno empresário denominada Paycheck Protection Program (PPP) ampliado em US$ 284 bilhões. O PPP possibilita o acesso aos recursos necessários para a folha salarial, pagamento de juros de hipotecas, aluguel e serviços públicos. O recurso é destinado aos bancos que através de empréstimos como no máximo 1% de juro repassa os valores aos interessados recebendo este, mediante o comprometimento de manutenção dos empregos por 8 semanas, o perdão da dívida. No Brasil encontramos de forma similar o Programa Emergencial de Acesso a Crédito (Peac) através desta iniciativa o micro e pequeno empresário oferece ao banco “8% dos direitos creditórios sobre vendas futuras realizadas na maquininha” pagando juros anuais de 6% com prazo de pagamento de 36 meses.

5 – O governo dos Estados Unidos adota para salvar o que vai restando das pequenas empresas a simples doação de dinheiro público e ainda não vi os comentaristas de nosso amado torrão classificarem mr. Trump, os parlamentares democratas e republicanos de “populistas” ou “comunistas” e “irresponsáveis fiscais” diante do evidente desrespeito ao fundamentalismo liberal. Preferem comentar o fato no geral sem descer aos detalhes mantendo a fé inabalável no processo de extinção dos direitos sociais através das privatizações, demissão de funcionários públicos, venda das empresas de água, energia, Petrobras e ainda consideram símbolo de maturidade, responsabilidade e centrismo acima de tudo, o fim do auxílio emergencial.

6 – A presidenta da Câmara, Mrs. Pelosi, logo após a aprovação do pacote declarou, para horror da classe média moralista brasileira, algo do tipo: este pacote ainda será ampliado, esta versão é para manter a estabilidade política no primeiro mês do Biden. Trump não discordou e já assinou sem vetos a lei indicando a gravidade da situação confirmando o quanto os trabalhadores encontram-se insatisfeitos e a classe dominante preocupada com os riscos de levantes superiores aos registrados após o assassinato, pela polícia, do cidadão negro George Floyd. Basta uma faísca.  

7 – As medidas intervencionistas dos EUA quando comparadas as medidas adotadas no Brasil revelam o quanto o  fundamentalismo fiscal é coisa de país colonizado, submisso aos interesses do capital guardando recursos para financiar os gastos da matriz inclusive criando os meios para os conglomerados de lá assumirem o restante das empresas estratégicas controladas pelo Estado brasileiro contribuindo para a transferência de recursos ou tributos salvando assim a pátria do Destino Manifesto. Eis o patriotismo dos atuais detentores do poder no Brasil incluindo os 6 mil militares – pelo menos -  das forças armadas instalados confortavelmente em diferentes postos da administração pública prontos para a defesa e conservação  da tradição entreguista, imperialista.


domingo, 13 de dezembro de 2020

UM RETRATO SEM MÁSCARAS DA ELITE BRASILEIRA


 

* RACISMO, COLONIZAÇÃO CULTURAL TUDO JUNTO E MISTURADO NO MINISTÉRIO DA SAÚDE

* UM RETRATO SEM MÁSCARAS DA ELITE BRASILEIRA 

Por Wladmir Coelho

1 - Na foto ilustrativa desta postagem aparecem o exmo. sr. ministro da saúde o general Eduardo Pazuello, o sr. Zezé di Camargo, um governador e demais autoridades civis, militares e eclesiásticas.

2 – O sr. Mandetta, um antigo ministro da saúde do sr. Bolsonaro, comparou o uso da cloroquina para evitar a COVID ao uso da fita do Senhor do Bonfim ou recorrer a benzedeira.

3 – Os ditos sertanejos ao estilo do comensal da residência do sr. governador do Distrito Federal e onde mais existir um palácio faz tempo apresentam-se, sem o menor constrangimento, como cantores de música “country” e dá-lhe chapelão, fivelão, calça apertadinha com enchimento e carrão Hilux para exibir poder e ocultar sofrimentos explicados, segundo a lenda, pelo dr. S. Freud.

4 – A fotografia da ágape, a declaração do antigo ministro revela a ideologia dos governantes fundada no deboche, no escárnio público da cultura popular a favor do discurso importado, colonizado e desrespeitoso.

5 – O cantor revela-se um oportunista político e musical colocando-se à disposição do imperialismo na exaltação ao enlatado estadunidense divulgando a estética da dominação, legitimando o “agro é pop” incapaz, este setor, de garantir o fornecimento dos alimentos básicos ao nosso povo, mas pronto para patrocinar o festival de sabujice ao império.

6 – O general dispensa comentários e sabemos que devidamente acompanhado de pelo menos 6 mil outros oportunistas fardados, entreguistas encontra-se no ministério para garantir, para além da boquinha, os interesses nada patrióticos da substituição dos direitos sociais por prestação de serviços garantindo assim a continuidade da irrigação com dinheiro do trabalhador brasileiro o cassino de Wall Street.

7 – O antigo ministro vai misturando, e muitos da direita ou esquerda aplaudem, o velho e carcomido discurso da desvalorização de nossa cultura associada ao atraso em função da sua originalidade diante do modelo europeu ou daquele transferido para os Estados Unidos com as práticas diversionistas do sr. Bolsonaro em nada relacionadas ao conjunto de mitos de nosso povo. O sr. Mandetta culpa a “ignorância” do povo e coloca-se em condição de superior por representar uma “ciência” pura, não ideológica, ou seja, recorre ao estrutural preconceito, ao racismo apenas utiliza um contorcionismo verbal para surgir como descolado, moderninho e assim distanciar-se do antigo chefe. Eis as origens dos aplausos de O Globo, Folha e demais representantes das elites nacionais.

8 – Recorro, para terminar esta postagem, ao filosofo Álvaro Vieira Pinto quando aponta a limitação da elite nacional autoproclamada culta na realidade pobre possuidora do saber alguma coisa importado e mesmo assim pronta a debochar, desprezar a classe popular por ignorar algo. Lima Barreto lá no início do século passado apontou esta prática colonizada, racista, antinacional a foto sem máscaras do cantor e demais autoridades vai além da COVID, passa pela Revolta da Vacina, recua aos tempos dos levantes negros, percorre a miséria dos latifúndios chega aos supermercados proibidos, em função dos elevados preços dos alimentos básicos, ao trabalhador brasileiro.

  


quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

O MERCADO ESTÁ DE OLHO NO FUNDEB ; A PEC 32 VAI PERMITIR




* O MERCADO ESTÁ DE OLHO NO FUNDEB

* CONSENSO UMA PALAVRA BONITA PARA ESCONDER A TRAGÉDIA

* REFORMA ADMINISTRATIVA E DINHEIRO DO FUNDEB PARA AS MULTINACIONAIS

* A NOVA CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA EFETIVADA A PARTIR DAS DETERMINAÇÕES DO MERCADO  

Por Wladmir Coelho

1 – Em letras grandes anuncia o jornal Valor Econômico em 8 de dezembro: “Pearson põe à venda sistemas de ensino” completando a informação com letras pequenas: “Cogna e Arco participam de processo competitivo para compra das apostilas COC e Dom Bosco.” No dia anterior o mesmo Valor anunciava: “Regulamentação do novo Fundeb será votada até quarta, diz relator insinuando a matéria uma derrota do governo considerando a negativa de ampliação do quantitativo de instituições privadas sem fins lucrativos – via de regra religiosas – “aptas a receber verbas do Fundeb para toda a educação básica, do infantil ao ensino médio.”  E assim termina o texto em questão insinuando uma derrota pessoal do sr. Bolsonaro aspecto, para muitos, considerado o máximo e espécie de purificação para qualquer projeto votado no Congresso Nacional prática da qual resulta, em termos práticos, a seguinte ordem: voltem aos seus afazeres está tudo resolvido a favor do povo. Será?

2 – No mesmo dia 8 de dezembro foi aprovada a aceleração da tramitação do projeto de lei regulamentando a distribuição dos recursos do FUNDEB fundamentada esta no relatório do sr. Felipe Rigoni deputado do PSB – Partido Socialista Brasileiro – do Espírito Santo. O relatório foi incensado pela imprensa comercial e criticado em diferentes aspectos pelos representantes sindicais e setores comprometidos verdadeiramente com a educação pública, gratuita, laica e de qualidade.

3 - Em nota pública dodia 17 de novembro a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) a respeito do relatório do sr. Rigoni apontou, dentre outras questões, o seguinte: “A meritocracia é outro ponto de destaque no parecer do relator. Ela será a base para os repasses da complementação da União pelo sistema VAAR (2,5%), que acontecerá a partir de 2023, mediante a implementação da metodologia de cálculo do Índice de Aprendizagem com Equidade. Este, por sua vez, considerará três variáveis: i) resultados dos estudantes nos exames nacionais de larga escala (língua portuguesa e matemática), ponderados pela taxa de participação de cada rede escolar nos exames, que não poderá ser inferior a 80% das matrículas; ii) taxa de aprovação dos estudantes e iii) taxas de atendimento escolar confrontadas com a evasão (algo similar ao atual IDEB).”

3 – Vejam neste exemplo, existem outros, que o Rio Jordão do sr. Rigoni não passa da velha e repetida prática ilusionista criada unicamente para confundir e desmobilizar os trabalhadores tudo devidamente temperado com a frase da moda ao estilo o Centro é tudo: “Rigoni afirmou estar ´orgulhoso` do seu parecer, mas disse que estava aberto a discuti-lo. ´Com certeza`, dialogaremos com a oposição para chegar a um texto mais consensual possível". Consensual com quem? Pergunto aqui considerando a movimentação dos grupos internacionais para apoderarem-se dos recursos do FUNDEB.

4 – Com a pergunta retorno ao fato venda da participação da Pearson no Brasil dos sistemas COC e Dom Bosco e a movimentação dos grupos Cogna (atual apelido da Kroton) e Arco assumindo o eventual comprador o controle de um setor que atinge 250 mil estudantes consumidores de apostilas, videoaulas, análises – com aquele festival de gráficos -  de resultados das diferentes avaliações,  cursos para professores, pedagogos, e os famosos “gestores” um título mais adequado diante da transformação do atual diretor escolar em elemento “técnico” assassinando a sua função política de representante da comunidade escolar tudo isso conforme determinado no relatório do sr. Rigoni o centrista amigo.

5 – Controlando a venda destes produtos à 250 mil almas fica a questão: qual o motivo da oferta pela multinacional Pearson deste suculento setor? A resposta é muito simples a multinacional precisa de dinheiro diante dos prejuízos acumulados desde 2016 agora, prá variar, jogados nas costas da “pandemia” igualzinho aos demais setores todos dependentes da compra e recompra de ações gerando os lucros fictícios dependendo estes, todavia, do mínimo de faturamento ou recursos reais em caixa para pagar dividendos e principalmente vender e comprar novamente as novas ações criando aquele sobe e desce noticiado diariamente.

6 – Encontrando-se a Pearson com dívidas e prejuízos considera-se natural a venda e aquelas empresas saudáveis – duas habilitaram-se – correm para comprar, correto? No mundo real seria assim, mas vejamos o que acontece na Disney de Wall Street: a Cogna registrouno terceiro trimestre deste 2020 o prejuízo de  R$ 1,29 bilhão e sua situação não estava lá essas coisas acumulando a empresa “brasileira” repetidas quedas nos lucros omesmo verificado na Arco também tratada nos noticiários econômicos como “nacional”. Culpa da pandemia afirmam os jornais da burguesia em sua intensa campanha negacionista diante da maior crise do capitalismo desde 1929.

7 – Duas empresas com sucessivos prejuízos querem comprar uma terceira em iguais condições qual a lógica disso? qual a relação deste rolo com o FUNDEB? Primeiro vamos acrescentar ao enredo o projeto de emenda constitucional 32 de 2020 (PEC-32) também conhecido como Reforma Administrativa hoje a menina dos olhos do equilibrado centro político representado pelo sr. Rodrigo Maia – o bom rapaz – contendo este projeto os elementos necessários para oficializar a entrega dos recursos públicos ao setor privado incluindo neste rol o nosso FUNDEB com o qual o sr. Maia revela profunda preocupação e imediata aprovação da proposta do sr. Rigoni.

8 – A título de curiosidade: o texto da PEC 32, não apresenta em momento algum a palavra direito substituída por serviços buscando – conforme sua justificativa –permitir ao Estado brasileiro estabelecer “firmes instrumentos de cooperação com órgãos públicos e privados para a execução de serviços públicos, inclusive com compartilhamento de estrutura  física e a utilização de recursos humanos de particulares com ou sem contrapartida financeira, garantindo assim que um Estado moderno, que cumpre os mais diversos tipos de parceria com a segurança jurídica necessária a garantir a prestação de serviços essenciais  à população.”

9 – Em termos objetivos a simples aprovação da regulamentação do FUNDEB não vai garantir a utilização dos recursos de forma exclusiva na educação pública caso a PEC 32 venha a ser aprovada e para este fim não é necessário, como verifica-se no texto da emenda em questão, a privatização direta das escolas de ensino básico bastando para este fim a “cooperação” dos segmentos privados como garantia da “prestação de serviços essenciais à população” e no caso do relatório do sr. Rigoni a brecha já está aberta ao condicionar os recursos do sistema VAAR ao desempenho nas famosas avaliações externas e escolha dos gestores “técnicos” prontos a implantar com o chicote da subserviência ao imperialismo a ideologia dos interessados em lucrar na educação pública.

10 – A PEC 32 vai anular qualquer tentativa de manutenção dos direitos sociais e possibilitar aos grupos privados o acesso aos recursos do FUNDEB aprofundando a infiltração nas escolas – sabemos todos que boca destes encontram-se abertas podendo fechar em breve – surgindo desta prática “cooperativa” a salvação dos diferentes grupos privados educacionais todos controlados por condomínios de fundos de investimentos com sede em paraísos fiscais e negociados em Wall Street vivendo  e sobrevivendo da especulação sem gerar um emprego, ao contrário, caracterizados pela prática de intensificação do trabalho daqueles que permanecem constantemente chantageados com a visão da fila gigantesca de desempregados obrigados a aceitar todo tipo de precarização.

11 – A crise capitalista de nossos dias ampliou o saque promovido pelos grandes grupos econômicos aos recursos públicos cumprindo a PEC 32 a função de legaliza-lo inutilizando o fato de encontrar-se o FUNDEB no corpo da Constituição como forma de uso exclusivo de seus recursos no setor público visto a possibilidade de efetivação dos “serviços essenciais” a partir de parcerias drenando o dinheiro do trabalhador brasileiro para os cofres dos controladores dos fundos de investimentos a saber os grandes bancos, os milionários interessados na manutenção de seus lucros.

12 – O caso Pearson apenas revela a movimentação dos fundos de investimentos e dos bancos no sentido de garantir a concentração do segmento educacional privado facilitando o saque a partir do sequestro dos direitos sociais e sinaliza para a necessária atenção ao processo de criação de uma nova Constituição a partir da substituição gradual dos fundamentos da atual um grave ataque a democracia.     


 


terça-feira, 1 de dezembro de 2020

ALÔ, ALÔ ZEMA: REVISTA NATURE – AQUELA LÁ DA ANTIGA MATRIZ – DEFENDE FECHAMENTO DE ESCOLAS

LIBERDADE RELIGIOSA:
Multidão reunida numa sinagoga de Nova Iorque durante um
casamento em meio ao crescente aumento de contaminação por COVID-19 



* ALÔ, ALÔ ZEMA: REVISTA NATURE – AQUELA LÁ DA ANTIGA MATRIZ – DEFENDE FECHAMENTO DE ESCOLAS

* A MERCADORIA VIDA HUMANA DESVALORIZADA NA BOLSA

* CLASSE MÉDIA O CAVALO DO CENTRO

POR WLADMIR COELHO

1 - Os casos de COVID-19 na cidade de Nova Iorque aumentaram em 36% comparados aos números registrados no dia 22 de novembro.

2 -  O prefeito nova-iorquino, Bill de Blasio (DEMOCRATA), diante destes números optou por atender aos interesses de Wall Street apresentando o discurso repetido em nossas terras pelos representantes da sabujice colonial: “os pais precisam trabalhar” determinando em seguida a reabertura das escolas.

3 – A aplicação prática desta frase, repetida entusiasticamente pelos colonizados auriverdes ocupantes de cargos governamentais,   encontra-se na exposição da população ao vírus através da chamada “imunidade de rebanho” ação típica do capitalismo pouco interessado nas vidas dos trabalhadores ainda mais neste momento de elevado desemprego e consequente aumento do famoso exército de reserva – favor não confundir com aquele outro exército formado por pelo menos 6 mil militares reempregados no governo como forma de engordar os soldos – pouco importando aos senhores idosos controladores dos fundos de investimentos jogados na Bolsa o número de mortos ou sequelados; afinal a oferta de gente é superior a procura desvalorizando assim a mercadoria . As mortes, o medo, a desconfiança diante da epidemia funcionam ainda como elemento para o aumento dos lucros destes especuladores – a Mirian Leitão prefere investidores - bastando para este fim anunciar desde remédios encalhados transformados em milagrosos até vacinas tais ou quais observando-se em seguida a elevação das cotações dos respectivos laboratórios. Eis a ética capitalista.

4 – Somente um total alienado ignora a diferença quanto aos cuidados médicos oferecidos aos ricaços ou seus representantes nos diferentes governos constituindo a COVID, para esta gente, realmente uma “gripezinha” restando ao povo a crença nos vermífugos, cloroquinas, aplicação de ozônio anal somados aos métodos amparados no fanatismo representados nos feijões de um mega empresário do setor religioso. Diga-se de passagem, lá na matriz a Suprema Corte resolveu liberar geral a abertura dos templos religiosos com aglomerações de cristãos, judeus ...

5 – Retomando o caso da reabertura das escolas: a revista Nature publicou em 16 de novembro um relatório com conclusões a respeito das diferentes práticas adotadas para o enfrentamento a COVID-19 e deste extraímos as seguintes informações: “Embora em estudos anteriores, com base em um número menor de países, o fechamento de escolas tenha sido atribuído como tendo pouco efeito na disseminação do COVID-19, evidências mais recentes têm sido a favor da importância desta medida” completando: “o fechamento das escolas nos Estados Unidos reduziu a incidência e mortalidade da COVID-19 em aproximadamente 60%”.

6 – Liberdade, liberdade a palavra mágica a justificar o predomínio dos interesses do capital diante daqueles valores não monetários – notadamente a vida do trabalhador – impedindo a implementação de políticas econômicas para o socorro do desempregado permitindo, todavia, a compra das dividas daqueles muito ricos das empresas zumbis “aliviando a barra” dos banqueiros transferindo para o patrimônio público os títulos podres, impagáveis enquanto ao povo resta o SPC, SERASA.

7 – Segue a festa democrática brasileira da classe média colonizada festejando a vitória da entidade CENTRO afinal vamos manter a mesma ideologia sem o Capitão repetindo a antiga fórmula adotada historicamente representada no golpe militar (cívico, religioso, empresarial, jornalístico...) de 1964 quando esta mesma gente saiu às ruas comemorando a derrubada de um governo legitimo chefiado por João Goulart impedindo assim a reforma agrária – prevista para o latifúndio não atingindo as chácaras ou sítios de veraneio – o controle das remessas de lucros – a lei não proibia a remessa, mas a sua regulamentação e reinvestimento  e a classe média ficou doida com isso achando que seria proibida de lucrar em suas padarias, escolas de datilografias e outros segmentos – regulamentação do despejo e a classe média achando que seria despejada do apartamento transformado este em espécie de abrigo público para famílias sem casa, aliás este papo rolou recentemente em SP. Esta classe média medrosa continua atrasando o desenvolvimento nacional, a superação do colonialismo graças a sua submissão ideológica aos interesses do imperialismo iludida em pertencer ao andar de cima, doce engano. 


 

Programa Escuta Educativa da Rádio Educare.47 do Instituto de Educação de Minas Gerais

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