* EM MINAS DIREITO A
EDUCAÇÃO PÚBLICA NÃO EXISTE MAIS
* A FARSA DO GOVERNO
TÉCNICO
* UM HERDEIRO CONTRA OS
TRABALHADORES
Por Wladmir Coelho
1 – Os jornais mineiros
apontam o retorno das filas para matrículas nas escolas estaduais com pais e
estudantes preocupados em garantir a vaga, em muitos casos, na única escola
urbana do município.
2 – Em Minas este
fenômeno da fila para conseguir uma vaga na escola pública era por muitos
considerado extinto, contudo a “modernização” da administração revelou o quanto
um governo de “técnicos” oriundos do setor privado, notadamente aqueles
assalariados das fundações mantidas por fabricantes de bebidas alcoólicas e
bancos somados aos carreiristas de plantão, podem através de seus gráficos, tabelas, sapatênis e
tesouras afiadas simplesmente acabar com direitos resultantes da mobilização
histórica dos trabalhadores.
3 – Temos neste caso a
aplicação plena do mítico e místico discurso liberal meritocrático no qual a pessoa (aqui no
sentido de individuo em luta contra
todos com um “projeto de vida” fundamentado no egoísmo e necessidade de
eliminação do “concorrente” para alcançar o sucesso empreendedor ) deve empenhar-se para acessar os meios e
condições colocados a disposição de todos para a ascensão social destacando-se
a educação entendida, na ideologia liberal, como forma de valorização
individual e portanto distante das obrigações do Estado ou traduzindo: cada um
por si.
4 – A transformação –
segundo a resolução que regulamentou as matrículas em Minas – do jovem em
candidato a vaga em uma escola pública ao contrário do direito a educação
previsto na Constituição revela o nível de contaminação ideológica do governo
chefiado pelo sr. Romeo Zema e seu blá, blá, blá de administração técnica.
5 – O discurso do governo
técnico, não político, amparado na meritocracia apresenta em sua fundamentação
elementos míticos e místicos constituindo, desta forma, uma obra da irracionalidade
negando uma história da pobreza, das condições de vida do trabalhador, da falta
de acesso a saúde e educação.
6 - Convenhamos: um
herdeiro é educado para dominar, explorar ao máximo a sua fonte de riquezas e
prazeres a saber a mão de obra, o suor do trabalhador e não será a classe dos
ricos a defensora da escola, saúde e pesquisa financiadas a partir do Estado
estes simplesmente defendem, no caso brasileiro, a manutenção do modelo do
atraso subordinado ao imperialismo.
7 – O político demagogo
encarna esta condição mítica e mística – irracional - apresentando-se para o
povo como símbolo do sucesso entendido este como resultante de “muito trabalho”
sempre ocultando a sua origem ou classe social verdadeiro fundamento do alegado
sucesso individual.
8 – Herança do papai, do
sogro, entrega a condição de agregado dos grupos econômicos nacionais e
estrangeiros representam as conhecidas fórmulas para o sucesso individual
meritocrático do político demagogo um farsante pronto para ampliar as formas de
exploração do povo.
9 – Outra variação do
demagogo surge do interior do Estado através do carreirismo ao modo do
politiqueiro profissional do discursinho moralista e patrioteiro ritualístico
localizado, predominantemente, no setor militar apresentando seus líderes, em
função da ausência do pedigree, a condição de cooptados dos grandes grupos
econômicos internacionais atuando este tipo, sem o menor pudor, no sentido de
implantar uma ditadura contra o povo.
10 – Estes grupos de
demagogos (civis e militares) – nos momentos de crise – revelam-se ainda mais
unidos apresentando o elemento reacionário fardado com evidente papel de manter
a “ordem” ameaçada diante da insatisfação popular com o desemprego,
dificuldades ou impossibilidade de tratamento de saúde, inexistência de moradia
digna, falta de escolas...
Nenhum comentário:
Postar um comentário