terça-feira, 22 de dezembro de 2020

CONGRESSO DOS EUA AMPLIA INTERVENÇÃO NA ECONOMIA


 


* CONGRESSO DOS EUA AMPLIA INTERVENÇÃO NA ECONOMIA 

* AUXÍLIO EMERGENCIAL LÁ, RIGOR FISCAL NA COLÔNIA

* GOVERNO VAI DOAR DINHEIRO AOS PEQUENOS EMPRESÁRIOS... NOS EUA

Por Wladmir Coelho

1 – A classe dominante brasileira auxiliada pela classe média infantilizada utilizando toda a estrutura de difusão ideológica colonial, incluindo o fanatismo religioso, alimenta o culto ao conservadorismo político e econômico uma espécie de alucinógeno distribuído fartamente via pacotes de aculturamento importados diretamente da pátria das oportunidades, do “Sonho Americano”. O conservador brasileiro, neste caso, defende a elevação do modo de vida estadunidense aos céus assumindo este mitológico modelo a meta a ser atingida em nossas terras nas quais não habitam estadunidenses e sim brasileiros carregando, portanto, um processo histórico bastante diferente daquele observado na matriz. Este conservadorismo, em termos práticos, apenas mantém (conserva) um modelo de submissão ignorando os elementos de exploração e dominação presentes no imperialismo.

2 – No passado utilizavam o discurso pretensamente cientifico da inferioridade racial base da cultura racista impregnada no desejo de partir para Miami dos ricos e teologia da loucura e alienação total manifestada no sucesso individual, do cada um por si transformando em concorrentes familiares, vizinhos, amigos legitimando o discurso falso do “Estado paternalista” inibidor do empreendedorismo e da liberdade. Este discurso da conservação derrubou os nacionalistas, os reformistas, matou lutadores revolucionários, cria ilusões inclusive a mítica impossibilidade da intervenção do Estado na economia como prática necessária a superação, pelo menos, da crise econômica ou do atraso nacional.  

3 – Enquanto o culto ao liberalismo ao modo Hayek faz a alegria da classe dominante brasileira e confunde os trabalhadores  o  Congresso dos Estados Unidos aprovou em 22 de dezembro um pacote de quase DOIS TRILHÕES DE DÓLARES direcionados as ações de intervenção estatal na economia destinando deste total US$ 892 bilhões em ações para manutenção dos empregos, segurança alimentar, auxilio emergencial de US$ 300 aos desempregados excluídos do auxílio oficial, continuidade do programa de cheques agora reduzidos ao valor de US$ 600, pagamento de alugueis e hipotecas moratória nos despejos até 31 de janeiro. Intervenção até na propriedade privada? é isso mesmo?

 4 – Do referido pacote estadunidense vou destacar uma das medidas de socorro ao pequeno empresário denominada Paycheck Protection Program (PPP) ampliado em US$ 284 bilhões. O PPP possibilita o acesso aos recursos necessários para a folha salarial, pagamento de juros de hipotecas, aluguel e serviços públicos. O recurso é destinado aos bancos que através de empréstimos como no máximo 1% de juro repassa os valores aos interessados recebendo este, mediante o comprometimento de manutenção dos empregos por 8 semanas, o perdão da dívida. No Brasil encontramos de forma similar o Programa Emergencial de Acesso a Crédito (Peac) através desta iniciativa o micro e pequeno empresário oferece ao banco “8% dos direitos creditórios sobre vendas futuras realizadas na maquininha” pagando juros anuais de 6% com prazo de pagamento de 36 meses.

5 – O governo dos Estados Unidos adota para salvar o que vai restando das pequenas empresas a simples doação de dinheiro público e ainda não vi os comentaristas de nosso amado torrão classificarem mr. Trump, os parlamentares democratas e republicanos de “populistas” ou “comunistas” e “irresponsáveis fiscais” diante do evidente desrespeito ao fundamentalismo liberal. Preferem comentar o fato no geral sem descer aos detalhes mantendo a fé inabalável no processo de extinção dos direitos sociais através das privatizações, demissão de funcionários públicos, venda das empresas de água, energia, Petrobras e ainda consideram símbolo de maturidade, responsabilidade e centrismo acima de tudo, o fim do auxílio emergencial.

6 – A presidenta da Câmara, Mrs. Pelosi, logo após a aprovação do pacote declarou, para horror da classe média moralista brasileira, algo do tipo: este pacote ainda será ampliado, esta versão é para manter a estabilidade política no primeiro mês do Biden. Trump não discordou e já assinou sem vetos a lei indicando a gravidade da situação confirmando o quanto os trabalhadores encontram-se insatisfeitos e a classe dominante preocupada com os riscos de levantes superiores aos registrados após o assassinato, pela polícia, do cidadão negro George Floyd. Basta uma faísca.  

7 – As medidas intervencionistas dos EUA quando comparadas as medidas adotadas no Brasil revelam o quanto o  fundamentalismo fiscal é coisa de país colonizado, submisso aos interesses do capital guardando recursos para financiar os gastos da matriz inclusive criando os meios para os conglomerados de lá assumirem o restante das empresas estratégicas controladas pelo Estado brasileiro contribuindo para a transferência de recursos ou tributos salvando assim a pátria do Destino Manifesto. Eis o patriotismo dos atuais detentores do poder no Brasil incluindo os 6 mil militares – pelo menos -  das forças armadas instalados confortavelmente em diferentes postos da administração pública prontos para a defesa e conservação  da tradição entreguista, imperialista.


domingo, 13 de dezembro de 2020

UM RETRATO SEM MÁSCARAS DA ELITE BRASILEIRA


 

* RACISMO, COLONIZAÇÃO CULTURAL TUDO JUNTO E MISTURADO NO MINISTÉRIO DA SAÚDE

* UM RETRATO SEM MÁSCARAS DA ELITE BRASILEIRA 

Por Wladmir Coelho

1 - Na foto ilustrativa desta postagem aparecem o exmo. sr. ministro da saúde o general Eduardo Pazuello, o sr. Zezé di Camargo, um governador e demais autoridades civis, militares e eclesiásticas.

2 – O sr. Mandetta, um antigo ministro da saúde do sr. Bolsonaro, comparou o uso da cloroquina para evitar a COVID ao uso da fita do Senhor do Bonfim ou recorrer a benzedeira.

3 – Os ditos sertanejos ao estilo do comensal da residência do sr. governador do Distrito Federal e onde mais existir um palácio faz tempo apresentam-se, sem o menor constrangimento, como cantores de música “country” e dá-lhe chapelão, fivelão, calça apertadinha com enchimento e carrão Hilux para exibir poder e ocultar sofrimentos explicados, segundo a lenda, pelo dr. S. Freud.

4 – A fotografia da ágape, a declaração do antigo ministro revela a ideologia dos governantes fundada no deboche, no escárnio público da cultura popular a favor do discurso importado, colonizado e desrespeitoso.

5 – O cantor revela-se um oportunista político e musical colocando-se à disposição do imperialismo na exaltação ao enlatado estadunidense divulgando a estética da dominação, legitimando o “agro é pop” incapaz, este setor, de garantir o fornecimento dos alimentos básicos ao nosso povo, mas pronto para patrocinar o festival de sabujice ao império.

6 – O general dispensa comentários e sabemos que devidamente acompanhado de pelo menos 6 mil outros oportunistas fardados, entreguistas encontra-se no ministério para garantir, para além da boquinha, os interesses nada patrióticos da substituição dos direitos sociais por prestação de serviços garantindo assim a continuidade da irrigação com dinheiro do trabalhador brasileiro o cassino de Wall Street.

7 – O antigo ministro vai misturando, e muitos da direita ou esquerda aplaudem, o velho e carcomido discurso da desvalorização de nossa cultura associada ao atraso em função da sua originalidade diante do modelo europeu ou daquele transferido para os Estados Unidos com as práticas diversionistas do sr. Bolsonaro em nada relacionadas ao conjunto de mitos de nosso povo. O sr. Mandetta culpa a “ignorância” do povo e coloca-se em condição de superior por representar uma “ciência” pura, não ideológica, ou seja, recorre ao estrutural preconceito, ao racismo apenas utiliza um contorcionismo verbal para surgir como descolado, moderninho e assim distanciar-se do antigo chefe. Eis as origens dos aplausos de O Globo, Folha e demais representantes das elites nacionais.

8 – Recorro, para terminar esta postagem, ao filosofo Álvaro Vieira Pinto quando aponta a limitação da elite nacional autoproclamada culta na realidade pobre possuidora do saber alguma coisa importado e mesmo assim pronta a debochar, desprezar a classe popular por ignorar algo. Lima Barreto lá no início do século passado apontou esta prática colonizada, racista, antinacional a foto sem máscaras do cantor e demais autoridades vai além da COVID, passa pela Revolta da Vacina, recua aos tempos dos levantes negros, percorre a miséria dos latifúndios chega aos supermercados proibidos, em função dos elevados preços dos alimentos básicos, ao trabalhador brasileiro.

  


quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

O MERCADO ESTÁ DE OLHO NO FUNDEB ; A PEC 32 VAI PERMITIR




* O MERCADO ESTÁ DE OLHO NO FUNDEB

* CONSENSO UMA PALAVRA BONITA PARA ESCONDER A TRAGÉDIA

* REFORMA ADMINISTRATIVA E DINHEIRO DO FUNDEB PARA AS MULTINACIONAIS

* A NOVA CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA EFETIVADA A PARTIR DAS DETERMINAÇÕES DO MERCADO  

Por Wladmir Coelho

1 – Em letras grandes anuncia o jornal Valor Econômico em 8 de dezembro: “Pearson põe à venda sistemas de ensino” completando a informação com letras pequenas: “Cogna e Arco participam de processo competitivo para compra das apostilas COC e Dom Bosco.” No dia anterior o mesmo Valor anunciava: “Regulamentação do novo Fundeb será votada até quarta, diz relator insinuando a matéria uma derrota do governo considerando a negativa de ampliação do quantitativo de instituições privadas sem fins lucrativos – via de regra religiosas – “aptas a receber verbas do Fundeb para toda a educação básica, do infantil ao ensino médio.”  E assim termina o texto em questão insinuando uma derrota pessoal do sr. Bolsonaro aspecto, para muitos, considerado o máximo e espécie de purificação para qualquer projeto votado no Congresso Nacional prática da qual resulta, em termos práticos, a seguinte ordem: voltem aos seus afazeres está tudo resolvido a favor do povo. Será?

2 – No mesmo dia 8 de dezembro foi aprovada a aceleração da tramitação do projeto de lei regulamentando a distribuição dos recursos do FUNDEB fundamentada esta no relatório do sr. Felipe Rigoni deputado do PSB – Partido Socialista Brasileiro – do Espírito Santo. O relatório foi incensado pela imprensa comercial e criticado em diferentes aspectos pelos representantes sindicais e setores comprometidos verdadeiramente com a educação pública, gratuita, laica e de qualidade.

3 - Em nota pública dodia 17 de novembro a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) a respeito do relatório do sr. Rigoni apontou, dentre outras questões, o seguinte: “A meritocracia é outro ponto de destaque no parecer do relator. Ela será a base para os repasses da complementação da União pelo sistema VAAR (2,5%), que acontecerá a partir de 2023, mediante a implementação da metodologia de cálculo do Índice de Aprendizagem com Equidade. Este, por sua vez, considerará três variáveis: i) resultados dos estudantes nos exames nacionais de larga escala (língua portuguesa e matemática), ponderados pela taxa de participação de cada rede escolar nos exames, que não poderá ser inferior a 80% das matrículas; ii) taxa de aprovação dos estudantes e iii) taxas de atendimento escolar confrontadas com a evasão (algo similar ao atual IDEB).”

3 – Vejam neste exemplo, existem outros, que o Rio Jordão do sr. Rigoni não passa da velha e repetida prática ilusionista criada unicamente para confundir e desmobilizar os trabalhadores tudo devidamente temperado com a frase da moda ao estilo o Centro é tudo: “Rigoni afirmou estar ´orgulhoso` do seu parecer, mas disse que estava aberto a discuti-lo. ´Com certeza`, dialogaremos com a oposição para chegar a um texto mais consensual possível". Consensual com quem? Pergunto aqui considerando a movimentação dos grupos internacionais para apoderarem-se dos recursos do FUNDEB.

4 – Com a pergunta retorno ao fato venda da participação da Pearson no Brasil dos sistemas COC e Dom Bosco e a movimentação dos grupos Cogna (atual apelido da Kroton) e Arco assumindo o eventual comprador o controle de um setor que atinge 250 mil estudantes consumidores de apostilas, videoaulas, análises – com aquele festival de gráficos -  de resultados das diferentes avaliações,  cursos para professores, pedagogos, e os famosos “gestores” um título mais adequado diante da transformação do atual diretor escolar em elemento “técnico” assassinando a sua função política de representante da comunidade escolar tudo isso conforme determinado no relatório do sr. Rigoni o centrista amigo.

5 – Controlando a venda destes produtos à 250 mil almas fica a questão: qual o motivo da oferta pela multinacional Pearson deste suculento setor? A resposta é muito simples a multinacional precisa de dinheiro diante dos prejuízos acumulados desde 2016 agora, prá variar, jogados nas costas da “pandemia” igualzinho aos demais setores todos dependentes da compra e recompra de ações gerando os lucros fictícios dependendo estes, todavia, do mínimo de faturamento ou recursos reais em caixa para pagar dividendos e principalmente vender e comprar novamente as novas ações criando aquele sobe e desce noticiado diariamente.

6 – Encontrando-se a Pearson com dívidas e prejuízos considera-se natural a venda e aquelas empresas saudáveis – duas habilitaram-se – correm para comprar, correto? No mundo real seria assim, mas vejamos o que acontece na Disney de Wall Street: a Cogna registrouno terceiro trimestre deste 2020 o prejuízo de  R$ 1,29 bilhão e sua situação não estava lá essas coisas acumulando a empresa “brasileira” repetidas quedas nos lucros omesmo verificado na Arco também tratada nos noticiários econômicos como “nacional”. Culpa da pandemia afirmam os jornais da burguesia em sua intensa campanha negacionista diante da maior crise do capitalismo desde 1929.

7 – Duas empresas com sucessivos prejuízos querem comprar uma terceira em iguais condições qual a lógica disso? qual a relação deste rolo com o FUNDEB? Primeiro vamos acrescentar ao enredo o projeto de emenda constitucional 32 de 2020 (PEC-32) também conhecido como Reforma Administrativa hoje a menina dos olhos do equilibrado centro político representado pelo sr. Rodrigo Maia – o bom rapaz – contendo este projeto os elementos necessários para oficializar a entrega dos recursos públicos ao setor privado incluindo neste rol o nosso FUNDEB com o qual o sr. Maia revela profunda preocupação e imediata aprovação da proposta do sr. Rigoni.

8 – A título de curiosidade: o texto da PEC 32, não apresenta em momento algum a palavra direito substituída por serviços buscando – conforme sua justificativa –permitir ao Estado brasileiro estabelecer “firmes instrumentos de cooperação com órgãos públicos e privados para a execução de serviços públicos, inclusive com compartilhamento de estrutura  física e a utilização de recursos humanos de particulares com ou sem contrapartida financeira, garantindo assim que um Estado moderno, que cumpre os mais diversos tipos de parceria com a segurança jurídica necessária a garantir a prestação de serviços essenciais  à população.”

9 – Em termos objetivos a simples aprovação da regulamentação do FUNDEB não vai garantir a utilização dos recursos de forma exclusiva na educação pública caso a PEC 32 venha a ser aprovada e para este fim não é necessário, como verifica-se no texto da emenda em questão, a privatização direta das escolas de ensino básico bastando para este fim a “cooperação” dos segmentos privados como garantia da “prestação de serviços essenciais à população” e no caso do relatório do sr. Rigoni a brecha já está aberta ao condicionar os recursos do sistema VAAR ao desempenho nas famosas avaliações externas e escolha dos gestores “técnicos” prontos a implantar com o chicote da subserviência ao imperialismo a ideologia dos interessados em lucrar na educação pública.

10 – A PEC 32 vai anular qualquer tentativa de manutenção dos direitos sociais e possibilitar aos grupos privados o acesso aos recursos do FUNDEB aprofundando a infiltração nas escolas – sabemos todos que boca destes encontram-se abertas podendo fechar em breve – surgindo desta prática “cooperativa” a salvação dos diferentes grupos privados educacionais todos controlados por condomínios de fundos de investimentos com sede em paraísos fiscais e negociados em Wall Street vivendo  e sobrevivendo da especulação sem gerar um emprego, ao contrário, caracterizados pela prática de intensificação do trabalho daqueles que permanecem constantemente chantageados com a visão da fila gigantesca de desempregados obrigados a aceitar todo tipo de precarização.

11 – A crise capitalista de nossos dias ampliou o saque promovido pelos grandes grupos econômicos aos recursos públicos cumprindo a PEC 32 a função de legaliza-lo inutilizando o fato de encontrar-se o FUNDEB no corpo da Constituição como forma de uso exclusivo de seus recursos no setor público visto a possibilidade de efetivação dos “serviços essenciais” a partir de parcerias drenando o dinheiro do trabalhador brasileiro para os cofres dos controladores dos fundos de investimentos a saber os grandes bancos, os milionários interessados na manutenção de seus lucros.

12 – O caso Pearson apenas revela a movimentação dos fundos de investimentos e dos bancos no sentido de garantir a concentração do segmento educacional privado facilitando o saque a partir do sequestro dos direitos sociais e sinaliza para a necessária atenção ao processo de criação de uma nova Constituição a partir da substituição gradual dos fundamentos da atual um grave ataque a democracia.     


 


terça-feira, 1 de dezembro de 2020

ALÔ, ALÔ ZEMA: REVISTA NATURE – AQUELA LÁ DA ANTIGA MATRIZ – DEFENDE FECHAMENTO DE ESCOLAS

LIBERDADE RELIGIOSA:
Multidão reunida numa sinagoga de Nova Iorque durante um
casamento em meio ao crescente aumento de contaminação por COVID-19 



* ALÔ, ALÔ ZEMA: REVISTA NATURE – AQUELA LÁ DA ANTIGA MATRIZ – DEFENDE FECHAMENTO DE ESCOLAS

* A MERCADORIA VIDA HUMANA DESVALORIZADA NA BOLSA

* CLASSE MÉDIA O CAVALO DO CENTRO

POR WLADMIR COELHO

1 - Os casos de COVID-19 na cidade de Nova Iorque aumentaram em 36% comparados aos números registrados no dia 22 de novembro.

2 -  O prefeito nova-iorquino, Bill de Blasio (DEMOCRATA), diante destes números optou por atender aos interesses de Wall Street apresentando o discurso repetido em nossas terras pelos representantes da sabujice colonial: “os pais precisam trabalhar” determinando em seguida a reabertura das escolas.

3 – A aplicação prática desta frase, repetida entusiasticamente pelos colonizados auriverdes ocupantes de cargos governamentais,   encontra-se na exposição da população ao vírus através da chamada “imunidade de rebanho” ação típica do capitalismo pouco interessado nas vidas dos trabalhadores ainda mais neste momento de elevado desemprego e consequente aumento do famoso exército de reserva – favor não confundir com aquele outro exército formado por pelo menos 6 mil militares reempregados no governo como forma de engordar os soldos – pouco importando aos senhores idosos controladores dos fundos de investimentos jogados na Bolsa o número de mortos ou sequelados; afinal a oferta de gente é superior a procura desvalorizando assim a mercadoria . As mortes, o medo, a desconfiança diante da epidemia funcionam ainda como elemento para o aumento dos lucros destes especuladores – a Mirian Leitão prefere investidores - bastando para este fim anunciar desde remédios encalhados transformados em milagrosos até vacinas tais ou quais observando-se em seguida a elevação das cotações dos respectivos laboratórios. Eis a ética capitalista.

4 – Somente um total alienado ignora a diferença quanto aos cuidados médicos oferecidos aos ricaços ou seus representantes nos diferentes governos constituindo a COVID, para esta gente, realmente uma “gripezinha” restando ao povo a crença nos vermífugos, cloroquinas, aplicação de ozônio anal somados aos métodos amparados no fanatismo representados nos feijões de um mega empresário do setor religioso. Diga-se de passagem, lá na matriz a Suprema Corte resolveu liberar geral a abertura dos templos religiosos com aglomerações de cristãos, judeus ...

5 – Retomando o caso da reabertura das escolas: a revista Nature publicou em 16 de novembro um relatório com conclusões a respeito das diferentes práticas adotadas para o enfrentamento a COVID-19 e deste extraímos as seguintes informações: “Embora em estudos anteriores, com base em um número menor de países, o fechamento de escolas tenha sido atribuído como tendo pouco efeito na disseminação do COVID-19, evidências mais recentes têm sido a favor da importância desta medida” completando: “o fechamento das escolas nos Estados Unidos reduziu a incidência e mortalidade da COVID-19 em aproximadamente 60%”.

6 – Liberdade, liberdade a palavra mágica a justificar o predomínio dos interesses do capital diante daqueles valores não monetários – notadamente a vida do trabalhador – impedindo a implementação de políticas econômicas para o socorro do desempregado permitindo, todavia, a compra das dividas daqueles muito ricos das empresas zumbis “aliviando a barra” dos banqueiros transferindo para o patrimônio público os títulos podres, impagáveis enquanto ao povo resta o SPC, SERASA.

7 – Segue a festa democrática brasileira da classe média colonizada festejando a vitória da entidade CENTRO afinal vamos manter a mesma ideologia sem o Capitão repetindo a antiga fórmula adotada historicamente representada no golpe militar (cívico, religioso, empresarial, jornalístico...) de 1964 quando esta mesma gente saiu às ruas comemorando a derrubada de um governo legitimo chefiado por João Goulart impedindo assim a reforma agrária – prevista para o latifúndio não atingindo as chácaras ou sítios de veraneio – o controle das remessas de lucros – a lei não proibia a remessa, mas a sua regulamentação e reinvestimento  e a classe média ficou doida com isso achando que seria proibida de lucrar em suas padarias, escolas de datilografias e outros segmentos – regulamentação do despejo e a classe média achando que seria despejada do apartamento transformado este em espécie de abrigo público para famílias sem casa, aliás este papo rolou recentemente em SP. Esta classe média medrosa continua atrasando o desenvolvimento nacional, a superação do colonialismo graças a sua submissão ideológica aos interesses do imperialismo iludida em pertencer ao andar de cima, doce engano. 


 

sábado, 28 de novembro de 2020

DEU NO NEW YORK TIMES: ISRAEL E EUA ENVOLVIDOS NO ASSASSINATO DO CIENTISTA IRANIANO MOHSEN FAKHRIZADEH


 

*DEU NO NEW YORK TIMES: ISRAEL E EUA ENVOLVIDOS NO ASSASSINATO DO CIENTISTA IRANIANO MOHSEN FAKHRIZADEH

*A INFANTILIZAÇÃO E FANATISMO RELIGIOSO; A ARMA DO IMPERIALISMO

Por Wladmir Coelho

1 - “Oficial das Forças Armadasdos EUA e mais dois agentes de inteligência – eufemismo para ESPIÃO – afirmaram que Israel estava por trás do assassinato do cientista iraniano” o New York Times ainda insinua a participação direta da CIA no episódio.

2 – O cientista Mohsen Fakhrizadeh era um especialista em tecnologia nuclear e chefiou o Centro de Pesquisas em Física do Irã seu assassinato revela uma prática antiga amparada primeiro na cooptação de cérebros pelo imperialismo não funcionando este método a morte constitui a resposta.

3 – Os governos dos Estados Unidos e Israel entendem o desenvolvimento do poder nuclear no Irã como ameaça ao controle imperialista do petróleo e consequente entrave à expansão territorial israelense aspecto camuflado em disputas religiosas infantilizando o noticiário, confundindo tudo para ocultar os interesses econômicos. A infantilização desta questão, diga-se de passagem, serve muito bem aos interesses fora da Ásia criando argumentos a favorecer o expansionismo do fanatismo religioso e destes aquelas figuras oportunistas eleitas, reeleitas cuja prática interessa ao imperialismo bastando para este fim verificar a associação destes a TODOS OS PROJETOS contrários aos trabalhadores e por consequência FAVORÁVEIS AOS CAPITALISTAS.

4 - Devemos aqui recordar a crescente aproximação do Irã com a China – transformada em única opção quando recordamos os bloqueios impostos pelos sucessivos governos democratas e republicanos dos EUA -  simbolizado no acordo que prevê investimentos de US$ 280 bilhões no setor de energia, petroquímica, infraestrutura e naturalmente para proteger estes investimentos o segmento militar não fica de fora envolvendo financiamentos para compra de armas e desenvolvimento de tecnologias militares notadamente aquelas relativas a comunicação envolvendo em termos práticos o famoso 5G.

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

DIA DE AÇÃO DE GRAÇAS COM ALIMENTOS DOADOS E FOME NOS EUA

TEXAS (EUA) Visão parcial de um local de distribuição de alimentos por organizações de caridade

 

* DIA DE AÇÃO DE GRAÇAS COM ALIMENTOS DOADOS E FOME NOS EUA

* ENQUANTO O BRASIL PRIVATIZA O IMPERIALISMO PROTEGE SUAS EMPRESAS

* BRASIL ENTREGANDO A PETROBRAS; QUAL O PROBLEMA?

* OS RICOS SAQUEANDO A COLÔNIA

POR WLADMIR COELHO

1 – Agência Reuters informa previsão de redução na demanda de petróleo para 2021: “A OPEP + [Organização dos Países Exportadores de Petróleo acrescida de países grandes produtores] esperava aumentar a produção em 2 milhões de barris ao dia em janeiro - cerca de 2% do consumo global - como parte de uma flexibilização constante dos cortes recordes de oferta implementados este ano.”

2 – Os grandes produtores de petróleo ainda não falam em reduzir a produção atual preferindo manter os níveis atuais contando com a redução dos estoques atuais nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

3 – Enquanto isso nos Estados Unidos, o maior consumidor e produtor de petróleo do mundo, as filas nas portas dos bancos de alimentos e abrigos continuam aumentando inclusive no Estado do Texas que segundo um relatório do HSBC de 2019 "se fosse um país, (...) seria o terceiro maior produtor mundial, atrás da Rússia e da Arábia Saudita".    Somente naquele Estado foram distribuídos através do North Texas Food Bank, para o Dia de Ação de Graças, 7000 perus e toneladas de alimentos destinados a pelo menos 25.000 pessoas.

4 – Retornando ao petróleo; a previsão de queda na demanda para 2021 seria motivo de alegria caso associada a ampliação do uso de combustíveis e matérias primas não poluentes, contudo, o aviso revela a continuidade da estagnação na produção em diferentes setores da economia.

5 –  Exemplo de estagnação encontra-se na maior economia do mundo, os EUA, apresentando este país no mês de outubro, queda no consumo de combustíveis em 5,9 milhões de barris  ao dia, quando comparado ao mesmo período de 2019, conforme dados do Energy Information Administration (EIA). O EIA revela também uma previsão, para 2020, de queda no consumo de eletricidade apresentando o comércio redução em 6,4% e 8,8% na indústria confirmando a estagnação na produção.

6 – Esta estagnação não encontra-se diretamente associada a pandemia e seus sinais remontam, pelo menos, ao ano de 2018 com reduções nas taxas de crescimento nas principais potências econômicas e do comércio internacional acompanhado do direcionamento de capitais à especulação nos fundos de investimentos dominando estes as bolsas de valores e negócios com títulos de dívidas públicas e privadas.

7 – O capital é destinado, deste modo, à especulação ficando a produção, investimentos em tecnologia para escanteio ou reduzidos surgindo desta uma economia do lucro fictício gerado a partir de empresas zumbis (zombies) sobreviventes graças a injeção de recursos oficiais, mas sem aumentar a produção, contratar trabalhadores. Nos Estados Unidos, segundo levantamento publicado no Bloomberg  20% das 3000 maiores empresas estadunidenses de capital aberto encontram-se nesta condição somando uma dívida superior a US$ 1,36 trilhão em títulos corporativos que transformam-se em espécie de moeda comprada pelo ESTADO e todas elas felizes na Bolsa jogando com papeis novos. Em termos gerais a pandemia foi até positiva para a manutenção do modelo econômico amparado na especulação e nos EUA, o governo brasileiro acumula pólvora e já anuncia o mesmo, o Estado garante a compra destes títulos corporativos encalhados nos bancos. Que maravilha viver!

8 – O PETRÓLEO ZOMBIE : A EXXONMOBIL – petrolífera sediada no Texas (sim as multinacionais possuem sede e nacionalidade) aquele mesmo do North Texas Food Bank encontra-se na lista da Bloomberg e devemos recordar tratar-se da poderosa herdeira da Standard Oil velha conhecida dos brasileiros que controlou e controla o petróleo de parcela significativa do mundo espalhando, desde o final do século 19, seus geólogos pelo planeta , com destaque para mr. Link,  carregando estes em suas malas “estudos científicos” negando a existência de petróleo em terra no Brasil e financiando toda aquela campanha contra os nacionalistas incluindo o escritor Monteiro Lobato, os militares patriotas (sim, eles existiram) e todos aqueles defensores do “petróleo é nosso” culminando na crise do suicídio do presidente Getúlio Vargas em 1954.

9 – A EXXONMOBIL, apesar da situação de morta viva mantém a pose e circula livremente nas listas da FORBES além de negociar suas ações em Wall Street com total desembaraço e qual o segredo de tamanha desfaçatez? Respondo: o poder econômico do petróleo.

10 – Os Estados Unidos possuem mais de 800 bases militares em todos os continentes prontas para intervir sempre em nome da “segurança nacional” traduzido este termo como controle das áreas com reservas ou produtoras de petróleo elemento vital à manutenção do poder imperialista consumindo este objetivo (somente para manter em funcionamento o transporte de suas tropas, aviões de combate, embarcações) segundo estimativa do Pentágono para o ano fiscal de 2020 aproximadamente 88 milhões de barris transformando a força militar estadunidenses na 47ª maior emissora de carbono do mundo.

11 – Contudo o poder econômico do petróleo vai além dos combustíveis apresentando-se como matéria prima influenciando de forma direta todos os segmentos industriais constituindo o seu controle elemento estratégico à elaboração das políticas econômicas colocando em vantagem aqueles com acesso, controle, exploração e refino.

12 – A previsão de redução na produção petrolífera para 2020, desta forma, representa menor utilização do transporte de cargas e pessoas, redução na utilização de matéria prima originada na indústria petroquímica aspectos que indicam a continuidade ou aprofundamento da crise econômica com ou sem vacina e muito distante da mitológica recuperação em V gerando um quadro de continuidade da disputa pelo controle dos recursos estatais e como podemos notar com vantagem para as grandes corporações.

13 – O velho e carcomido discurso individualista, a balela da incompetência estatal devidamente acompanhada da crença meritocrática surgem, deste modo, como elementos a legitimar o saque aos cofres públicos, no caso brasileiro, a partir da extinção dos direitos sociais, demissão de funcionários públicos responsáveis pela efetivação da educação, saúde, assistência social, pesquisa e ensino superior.

14 – Contudo o imperialismo acolhe, protege suas empresas patrocinando a política de concentração de um setor tradicionalmente oligopolizado revelando os motivos dos governos dominados, entreguistas em privatizar a Petrobras notadamente suas refinarias e segmento petroquímico a base para qualquer política econômica de superação do atraso. O Brasil desde os anos 90 aprofunda a sua condição de exportador de comodities devidamente acompanhado de intensa propaganda ocultando esta a condição de renuncia fiscal presente na prática, a prática predatória agora liquida os meios estratégicos para a superação da crise econômica preferindo contribuir com recursos nacionais a manutenção do sistema de especulação econômica sem gerar empregos e ainda cortando dos trabalhadores os direitos mínimos.   

 

sábado, 21 de novembro de 2020

EMPRESA FRANCESA É LIVRE PARA MATAR NO BRASIL AFIRMA A CLASSE MÉDIA COLONIZADA


 

* CARREFOUR A MULTINACIONAL FRANCESA QUE APLICA OS MÉTODOS COLONIAIS DE DOMINAÇÃO

* EMPRESA FRANCESA É LIVRE PARA MATAR NO BRASIL AFIRMA A CLASSE MÉDIA COLONIZADA

* O BRASIL NÃO CONTROLA NEM SEUS SUPERMERCADOS, O QUE SERÁ DE NÓS?

Por Wladmir Coelho

1 – TRÈS CHIC: Os maiores supermercados do Brasil são estrangeiros e controlam 15% das vendas DE TODO O VAREJO o Carrefour ocupa a primeira posição e depois dele o Pão de Açúcar – igualmente uma multinacional francesa – seguidos de pertinho pelo Grupo Big dos nossos irmãos do norte também conhecidos por Walmart.

2 – SEGURANÇA ALIMENTAR: Estas multinacionais decidem aquilo que vamos comer, beber, vestir e controlam a produção de milhares de pequenos agricultores, avicultores, pecuaristas amarrados e submetidos as diretrizes administrativas – POLÍTICA ECONÔMICA – decididas lá em Paris ou Nova Iorque representando no final a mesma coisa; LUCRO para os especuladores de capital fictício nas bolsas.

3 – O BRASIL NÃO CONTROLA A SUA REDE DE ABASTECIMENTO ALIMENTAR ISSO É GRAVE, MUITO GRAVE!

4 - COLONIALISMO: A elite econômica francesa massacrou com LIBERDADE, IGUALDADE, FRATERNIDADE na África, Oriente Médio, América Latina incluindo o Haiti que levantou-se através de uma revolução tornando-se o primeiro país da região a extinguir a escravidão liderados por um negro Toussaint Louverture.

5 – A ELITE FRANCESA E SEUS MÉTODOS COLONIAIS jamais perdoou os haitianos e aplica – igualzinho aos demais imperialistas – os métodos para extrair ao máximo de lucro com o mínimo ou nenhum investimento e permite correr frouxo a repressão interna seja contra os seus funcionários revistados, vigiados, ameaçados ou clientes transformados em suspeitos em função da cor e espancados até a morte com auxilio de elementos das forças estatais retomando o modelo da antiga Guarda Nacional dos coronéis exportadores beneficiários do modelo colonial.

6 – O poder econômico da multinacional francesa Carrefour é gigantesco a ponto dos jornais estamparem sem nenhuma nota critica a cínica declaração do presidente da empresa, Alexandre Bompard, afirmando direto de Paris: “Meus valores e os valores do Carrefour não compactuam com racismo e violência”. CHEGA DE LOROTA! os valores que importam à multinacional, sabemos todos, encontram-se no total a ser retirado pelos FUNDOS DE INVESTIMENTOS controladores daquela empresa e ao modo colonial esta gente pouco tem interesse na vida dos trabalhadores – seus e aqueles consumidores – constituindo a repressão interna um fator de disciplina para aceitação e subordinação ao modelo ECONÔMICO DE BASE COLONIAL.

7 – MONSIEUR BOMPARD FICOU HORORIZADO E QUER UMA REPRESSÃO MELHOR FORMADA NAS LOJAS DA MULTINACIONAL FRANCESA: matem, espanquem, revirem as bolsas dos funcionários, mas sem perder o charme da LIBERDADE, IGUALDADE, FRATERNIDADE para os de cima é claro.   

8 – Quando esta gente mata através de seu exército de capangas simplesmente reproduz as práticas de DOMINAÇÃO COLONIAL historicamente responsável pelo enriquecimento da elite francesa, inglesa, estadunidense justificada no RACISMO aspecto assimilado aqui na classe dominante prazerosamente reproduzido na classe média hoje submetida ao colonialismo estadunidense, mas formada na escola francesa de dominação.    


sábado, 31 de outubro de 2020

PROFESSOR UBERIZADO?






 

* PROFESSOR UBERIZADO?

* AS AVENTURAS DE UM PROFESSOR NO REINO DO RENTISMO

POR WLADMIR COELHO

1 - NO REINO DAS ILUSÕES: A Microsoft, apenas para ilustrar, criou o seu Office 365 uma vez “alugando” o direito de uso deste produto por um ano e não gasta mais nada afinal não tem custo de reprodução ao contrário, por exemplo, do fabricante de pincel que precisa fabricar um novo para coloca-lo no mercado.

2 - O trabalhador do UBER paga pelo carro, bicicleta, motocicleta enquanto o professor paga pelo computador, internet para usar os aplicativos elaborados pelos mesmos senhores do Vale do Silício. Tudo isso com a ilusão da inexistência de patrão enquanto a realidade mostra uma subordinação aos grandes senhores da chamada tecnologia de informação definindo estes nossa jornada de trabalho e no caso do professor o que e como desenvolver com seus estudantes.   

3 - E QUEM FINANCIOU ISSO? Ainda existem aqueles iludidos com a propaganda venha esta através de livros biográficos – na verdade obras de ficção – filmes igualmente ficcionais, palestras e outras armas da dominação cultural sempre com aquela conversa da genialidade do Bill Gates, Mark  Zuckerberg, Larry Page, Esteve Jobs ocultando o principal: O ESTADO foi e continua a ser o principal financiador destes e outros senhores através de suas encomendas para matar, espionar, destruir. Os bancos chegam para unificar os projetos e quando financiaram estes gênios o fizeram diante das necessidades do capital e para este fim assumiram, como fazem com tudo que financiam, o controle deste setor irrigando com aqueles recursos dos famosos fundos de investimentos mantendo assim o cassino das bolsas.

4 – Nestes cassinos negociam-se papeis e mais papeis a partir de lucros fictícios sustentados pela maior exploração possível e para este fim retiram-se direitos trabalhistas, sociais sempre em busca do apoderamento dos recursos públicos através da negociação de títulos, privatizações drenando do Estado para os bancos, fundos e destes aos rentistas uma gente que produz pouco e ganha muito como vamos observar a seguir.  

5 - Colega professor de Minas Gerais narrou o seguinte: “Wladmir paguei quase R$ 200,00 para renovar o Office 365.” Prosseguiu: “renovei para manter e continuar o meu trabalho remoto e cumprir os prazos dos anexos, correções, reuniões cujo acesso ocorre a partir da internet que pago todo mês”.

6 – PARE, OLHE, ESCUTE: o custeio das aulas remotas é pago em parte com recursos privados do servidor público professor servindo estes para encher os cofres de mr. Bill Gates e demais rentistas do Vale do Silício aquele paraíso dos exploradores hipócritas do discursinho moderninho, do sapatênis, dos pufes coloridos.

7 - Rentista é quem não trabalha e vive de renda, ou seja, aquele explorador confortavelmente instalado em sua mansão ecológica, inteligente; ocioso graças ao trabalho dos outros e nestes outros vamos incluir os professores hoje subordinados aos caprichos da Microsoft, Google, Facebook, empresas representantes da boa vida dos ricos e defensoras daquele discursinho fajuto da meritocracia.

8 – Os meios para legitimar a boa vida dos ricos incluem entorpecer, drogar através de vídeos chorosos relatando casos isolados do sucesso daquele ou daquela sempre associado ao indivíduo, ao esforço pessoal decorrente do “projeto de vida” um modo perfumado de adaptar o indivíduo ao modelo transformando o professor em instrutor de autoajuda um papagaio a repetir: “você faz a sua história”, “só o empreendedorismo liberta”, “o mundo não tem mais patrão”, “o paternalismo estatal é mau”... Tudo isso no Brasil que somente conquistou o direito à escola básica pública, gratuita em 1988, o mesmo servindo para o ensino superior e a saúde. Eis que da noite para o dia começa o povo brasileiro a perder tudo isso e mais aqueles conquistados duramente a partir dos anos 1930 em nome do fim de um paternalismo estatal isso no último país a acabar com a escravidão marcado por relações de trabalho próprias de uma economia de base colonial.

9 - Somente a ilusão decorrente do entorpecimento cultural legitima uma escola na qual o professor paga aluguel dos instrumentos que utiliza para trabalhar e ainda é obrigado a participar de cursos para adequar o estudante ao modelo com certificado e tudo. Certifico que fulano é agora um feliz defensor do mundo dos rentistas, no qual é proibido falar em classes sociais, dominação imperialista encontrando-se apto para oferecer uma formação ligeira na qual conhecimento é saber operar a tecnologia – veja bem operar e não criar mantendo a nossa condição de consumidor e  comprador -  a ser ofertada pouco importando tratar-se da máquina de fazer macarrão numa fábrica, operar o aplicativo de entregas ou utilizar as apostilas depositadas no Google Classroom  ou tudo junto considerando o trabalho por hora isso quando conseguir este privilégio, pois de resto fica a possibilidade de empreender a venda de panos de prato no sinal. 


sábado, 3 de outubro de 2020

BANQUEIROS QUEREM AULAS PRESENCIAIS E MORTE DOS PROFESSORES


 

* BANQUEIROS QUEREM AULAS PRESENCIAIS E MORTE DOS PROFESSORES

* DEMOCRACIA À MINEIRA; FAÇA O CURSINHO DE DOUTRINAÇÃO OU RUA

* A MORTE DO DIREITO E O NASCIMENTO DOS SERVIÇOS; AS BONECAS DESLUMBRADAS DA EDUCAÇÃO E SUAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS

* A POLÍTICA EDUCACIONAL CHACRINIANA DE MINAS GERAIS

Por Wladmir Coelho  

1 - Os banqueiros, os fabricantes de bebidas alcoólicas, as bonecas deslumbradas com seu papo furado de entidade sem fins, mas começos prá lá de lucrativos realizam a sua pressão diária para o retorno das atividades presenciais tudo muito bem divulgado na imprensa adestrada, ensaiada, doutrinada sempre com a conversa de defesa “da população” e superação da “crise da pandemia”. Esta mesma gente nunca apresenta uma solução para a crise na qual o trabalhador não fique ainda mais prejudicado, ao contrário, tratam de defender os ricos e garantir o patrocínio, a boiazinha gratuita nos jantares das associações empresariais, das viagens e viagens – entenderam né – nos jatinhos exclusivos.

2 – A suspensão das atividades presenciais nas escolas resulta na suspensão daquelas intervenções – sem fins lucrativos – simbolizadas nos projetos em mais projetos de salvação dos jovens e seu futuro a partir da adequação a disputa do salve-se quem puder, do cada um por si e principalmente a valorização do discurso carcomido da meritocracia. Todo professor conhece muito bem os chorosos filminhos de superação da pobreza reduzido este fato a vontade individual, não precisa mudar a estrutura não, basta ao jovem seguir a bíblia do capital e vai tudo bem. Entendam uma coisa; na realidade estes monstros devoradores de recursos do povo encontram-se irritados com a suspensão de suas intervenções sem fins lucrativos simbolizadas naquelas "formações" doutrinárias em defesa da escola pública lucrativa transformando direito em serviço a ser oferecido a partir de suas plataformas digitais, material e professores contratados de forma precária. Não está acreditando? faça uma leitura do texto da REFORMA ADMINISTRATIVA.

3 - Apenas para ilustrar; a palavra DIREITO no texto da dita reforma não existe e foi substituída por SERVIÇO. E quem vai prestar o serviço? Ora, as entidades das bonecas deslumbradas que por sua vez associam-se aos bancos e fabricantes de bebidas alcoólicas devidamente contratadas pelo Estado tudo isso sem gastar um tostão utilizando os prédios públicos, inclusive escolas, a partir da exploração do trabalho dos professores P R E C A R I Z A D O S, entendeu, P R E C A R I Z A D O S, ou seja, trabalho por hora sem direito a mais nada, N A D A!

4 - Isso quer dizer o seguinte; não tem estabilidade, concurso a seleção para exploração será realizada a partir do grau de submissão ideológica adquirida a partir dos cursinhos de doutrinação que todo professor conhece muito bem tanto faz se na  versão de encontros com belíssimas mesas de coffee break, escrito assim mesmo prá ficar evidente o grau de colonização desta gente. Para ilustrar a forma de subordinação; dizem que uma determinada secretaria de educação colocou na rua os diretores que recusaram participar de um deste cursinhos apesar destes gestores ocuparem os cargos por legitimação das comunidades escolares. Eis a democracia desta gente, não pensou igual é rua, chicote, humilhação.

5 - Um procurador exige, segundo os jornais, o fim das atividades presenciais do Colégio Militar de Belo Horizonte - não confundir com Colégio Tiradentes e muito menos ainda com aquela caricatura do modelo denominado Escolas Cívico-Militares - afirmando que não foram cumpridas as promessas de não obrigatoriedade da presença dos alunos e professores.

6 – Enquanto isso em Minas Gerais um festival de resoluções, ofícios, memorandos, reuniões online, inundam diariamente os grupos de WhatsApp dos professores com a evidente intenção de aplicar o método de governo Chacrinha fundamentado na filosofia do “eu vim para confundir e não para explicar” a ponto de hoje ninguém possuir clareza quanto ao dito retorno das condições de legalidade do ato e menos ainda da forma de organizar a resistência.

7 – Este dito retorno e aquela aparente  confusão  do governo de Minas Gerais vai funcionando – em tempo de grandes queimadas – para criar uma cortina de fumaça ocultando os interesses das dondocas das entidades sem fins lucrativos, a necessidade oficial de aprovar o retorno do coronelismo, de intensificação da exploração do trabalho dos docentes através da famosa e triste reforma administrativa.


sábado, 19 de setembro de 2020

TIKTOK E NACIONALISMO ECONÔMICO


 

* TIKTOK E NACIONALISMO ECONÔMICO

* TRUMP E BIDEN DEFENDEM A INTERVENÇÃO NO MERCADO EM NOME DA SEGURANÇA NACIONAL

* SOBERANIA E SEGURANÇA NACIONAL, NÓS TAMBÉM TEMOS DIREITO

* OS NACIONALISMOS ECONÔMICOS

Por Wladmir Coelho

1 – A notícia do banimento de uma empresa estrangeira é tratada nos jornais burgueses como mera extravagância trumpista afinal qual a importância de uma empresa voltada ao público adolescente com vídeos de qualidade duvidosa? Bom, a conversa é mais profunda e envolve interesses de empresas associadas ao imperialismo estadunidense e controle da informação que circula na internet sem falar nos bilhões envolvidos. Olha ai o dedo do Youtube, Netflix e por ai vai.

2 – Não foi sem motivação imperialista que Mr. Trump proibiu a empresa chinesa TIK TOK de atuar nos EUA e, anotem, vai conseguir em breve a adesão, o termo correto não é este e sim obediência, dos países satélites.

3 - Antes de proibir mr. Trump apresentava – e continua apresentando - como solução a transferência do controle da TIK TOK para uma empresa estadunidense a Microsoft, uma organização mundial sim, globalizada sim, mas sediada no império, portanto, nacional de lá igualzinho à Netflix e seus filmes e seriados descolados. Precisamos falar de COLONIALISMO CULTURAL, olha o Álvaro Vieira Pinto ai gente!

4 - Desta conversa toda é espantoso verificar a existência de economistas, comentaristas, generais e até historiadores batendo o pezinho e reafirmando a crença no livre mercado conforme defende a Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE.

5 – Para entender melhor o quanto é baseada em mentiras a conversa do livre mercado recomendo a leitura da PEC 32/20020 um primor de documento entreguista e privatistas no qual encontraremos, por exemplo, a extinção do termo “direito” substituído por “serviço” tudo dentro das normas da OCDE. Livre mercado para os ricos e exportação de arroz, feijão, soja e minério para os pobres.

6 – Voltando ao TIK TOK; a justificativa para o banimento da empresa nos EUA, por enquanto, fundamenta-se na defesa da SEGURANÇA NACIONAL, prestem atenção não estou falando de DOUTRINA DA SEGURANÇA NACIONAL um monstrengo utilizado para sepultar a ideia de soberania contida na defesa da SEGURANÇA NACIONAL.

7 – Considerando este princípio – da SEGURANÇA NACIONAL -  como justificativa do banimento ou mesmo a nacionalização - inclusive utilizando para este fim uma empresa privada de alcance mundial, mas sediada no país interessado em expulsar uma organização estrangeira a partir da  intervenção e apoio direto do Estado – fica evidente o predomínio do interesse econômico nacional estadunidense e tratando-se de uma potência imperialista com repercussões em sua área de influência ou dominação.

8 – ATENÇÃO; amanhã mesmo diante de acordos internacionais com algum tipo de vantagem ou interesse econômico de um país qualquer da área de dominação do imperialismo estadunidense, o Brasil por exemplo, cria-se um impedimento com base nas necessidades do império e aqui temos em marcha o caso do 5G no nas comunicações e desenvolvimento da chamada internet das coisas. Tudo isso em nome da SEGURANÇA NACIONAL de lá confundida ou transformada em interesse auriverde patriótico cuja tradução é SUBORDINAÇÃO, INTEGRAÇÃO AO IMPERIALISMO. Estamos entendendo o significado de SOBERANIA? ficou claro que existindo esta é necessário falar de SEGURANÇA NACIONAL?      

9 – Vejamos; o setor energético, incluindo a Petrobras, Eletrobras, CEMIG, também aquele dos minérios, das águas a exemplo da COPASA, a indústria aeroespacial, a pesquisa, a educação apresenta-se de forma estratégica para a economia brasileira, logo, de interesse da SEGURANÇA NACIONAL.

8 – Estabelecer um programa de governo defendendo a nacionalização da Vale ou da Petrobras, por exemplo, não pode ser entendido como desrespeito às normas internacionais conforme prática ideológica dos defensores da lenda do livre comércio incluindo os generais entreguistas e aquela gente que bate continência diante da bandeira dos EUA.

10 - Naturalmente Miriam Leitão e sua patota não vê o caso assim e vai atribuir o fato a “loucura” de mr. Trump ocultando ao máximo o apoio de Joe Biden a nacionalização da comunicação estadunidense em nome da SEGURANÇA NACIONAL. E qual o motivo desta movimentação dos EUA inclusive com o apoio de sua classe dominante republicana ou democrata? ora o sistema econômico nacional não é uma ficção.   

11 – Nacionalismo econômico na sede do imperialismo representa os meios para os interesses econômicos locais continuem sua ação destrutiva e exploratória enquanto nos países dominados implica em ação para a libertação. Eis a diferença.    


quinta-feira, 10 de setembro de 2020

A ECONOMIA DE BASE COLONIAL E O PREÇO DO ARROZ


 

* A ECONOMIA DE BASE COLONIAL E O PREÇO DO ARROZ

* QUEM GANHA COM A ALTA NOS PREÇOS DOS ALIMENTOS

*VOCÊ JÁ OUVIU FALAR EM TAXA DE LUCRO?

* ESTADO MÍNIMO E PANELA VAZIA

POR WLADMIR COELHO

1 – Pesquisa do InstitutoBrasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontando a situação do comércio conclui: "Em julho de 2020, apenas a atividade de hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo não registrou alta" mantendo a estagnação do setor no Brasil.

2 – Possivelmente desconhecendo a informação do IBGE o sr. Hamilton Mourão tratou de espalhar nos jornais que “Uma porção de gente está comprando porque o dinheiro que o governoinjetou na economia foi muito acima do que as pessoas estavam acostumadas,tanto que está havendo grande compra de alimentos e de material de construção” uma afirmativa assim faz subir os índices das bolsas reforçando a intenção oficial de reservar os recursos públicos aos bancos, contudo o mesmo sr. Mourão, delicadamente deixava escapar: “Também estamos vendendo bastante para o mercado externo”.

3 - Temos neste ponto a seguinte questão: atribuir o aumento de preço dos gêneros alimentícios a elevação do consumo não parece razoável verificando-se exatamente o contrário, ou seja, o povo está comendo menos segundo as informações do IBGE contribuindo esta situação para a queda nas taxas de lucro dos supermercados compensada da forma tradicional através das demissões, redução de salários e aumento nos preços aspecto reforçado a partir dos números do Ministério da Economia sintetizados no Cadastro Geral de Empregos (CAGED) apontando demissões no setorde hospedagem e alimentos no mês de julho.

3 – O fato preço dos alimentos e merece ainda nossa atenção considerando a concentração existente no setor de supermercados apresentando as multinacionais Carrefour e Pão de Açúcar (franceses) somados ao estadunidense Walmart, controladora de sete diferentes bandeiras, a liderança no Brasil revelando um quadro de insegurança nacional quanto a distribuição de alimentos e controle de preços considerando a elaboração das políticas econômicas destas empresas no exterior.

4 – Estas empresas apresentam-se controladas por fundos de investimentos interessados na valorização das respectivas ações utilizando o truque financeiro da moda a saber a recompra de ações base do lucro fictício, todavia, existente e nestes tempos de crise manter a taxa de lucratividade através da elevação dos preços dos alimentos constitui uma das práticas.

5 – Apresentado este quadro vamos as observações; Empresas multinacionais controlam os preços no varejo dos alimentos tornando inócuo o apelo ao patriotismo como forma de solucionar a alta do arroz, do óleo e por ai vai e o motivo é simples; reduzir preços em nosso auriverde torrão significa queda nas taxas de lucro e consequente prejuízo ao processo especulativo internacional.

6 – Importar alimentos, neste caso o arroz, foi a solução anunciada recentemente como forma de amenizar os preços no varejo. Vejamos; a importação – paga em dólar – será apropriada por estas mesmas empresas estrangeiras auxiliadas, vejam quanta bondade, pelo governo através da redução ou isenção das taxas de comércio externo sem nenhuma imposição aos supermercados de preço diferenciado, tabelamento resumindo a solução oficial a crença na mão invisível do mercado.

7 – O Brasil vai importar arroz enquanto o agro é pop ainda curte a ressaca do aumento de 96% da exportação deste mesmo produto alimentício ou 212.623 toneladas encontrando, como observa-se, dificuldades para entregar internamente pouco mais de 12 milhões de toneladas previstas para o consumo.

8 – A carne segue o mesmo destino registrando o abate e exportação de suínos, segundo o IBGE, quantidades superiores ao recorde de 1997 e sabem o motivo? O governo da China está preocupado com a segurança alimentar da população e para garantir o abastecimento e preço está estocando, ou seja, os chineses possuem uma política nacional de segurança alimentar instituída a partir dos interesses nacionais desprezando, neste caso, a ajuda da mítica mão invisível.

9 – Somado ao projeto de insegurança alimentar encontra-se a liberalização do setor de energia envolvendo principalmente o petróleo e eletricidade sem falar na privatização da água retirando a fúria neoliberal as mínimas condições para qualquer tipo de intervenção em defesa dos interesses da população traduzidos estes em termos de sobrevivência.

10 – A crise dos alimentos, a destruição da Petrobras, a privatização dos recursos da educação e a volta da indicação política para os cargos públicos presentes na dita reforma administrativa, a intensificação do modelo agro/extrativista exportador constituem elementos da redução do Brasil a condição de uma economia colonial integrada por baixo ao imperialismo estadunidense. 

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

REFORMA ADMINISTRATIVA FEDERAL


 

* REFORMA ADMINISTRATIVA BOLSONARISTA; O MERCADO ACIMA DE TUDO

*FIM DO CONCURSO PÚBLICO COMEMORADO NA IMPRENSA LIVRE

* BANCOS E FUNDAÇÃO BAFO DE ONÇA DE OLHO NO FUNDEB DELA

* SERVIÇO PÚBLICO SERÁ REDUZIDO A CONDIÇÃO DE BICO

POR WLADMIR COELHO

1 – O sr. Jair Bolsonaro comunica, e os jornais repetem efusivamente, o envio da PEC que “Altera disposições sobre servidores, empregados públicos e organização administrativa” acompanhado, o projeto, da seguinte frase: “as novas regras não afetam os servidores atuais e só valem para os novos” repetindo a mesma conversa desmobilizadora da reforma da previdência cujo resultado prático encontra-se na redução dos salários dos servidores e ampliação do tempo de trabalho transformando a aposentadoria em sonho.  

2 – A reforma administrativa dos srs. Bolsonaro, Guedes, generais carreiristas e Bom Rapaz Maia representa o desmonte dos instrumentos necessários a efetivação dos direitos sociais representados na educação pública e gratuita, saúde, assistência social dentre outros cujo financiamento, a exemplo do FUNDEB recentemente aprovado, continua a cargo do Estado, contudo, aprovada a reforma em questão, estes recursos ficam a disposição do mercado ampliando ou consolidando o saque.

3 – O texto do projeto ainda não foi divulgado, mas os meios de comunicação associados aos ditos investidores comemoram as facilidades para privatização anunciadas no último parágrafo do release da Secretária Geral da Presidência da República no qual podemos ler o seguinte: “Por fim, visando maior aproximação do setor público com a iniciativa privada, a PEC estabelece a possibilidade de cooperação dos entes públicos com entes privados, inclusive com o compartilhamento de estrutura física e utilização de recursos de particulares, com ou sem contrapartida financeira.”  

4 – Esta orgia neoliberal vai autorizar, por exemplo, a entrada dos bancos e fundações bafo de onça e por lá permanecerem com seus funcionários de tempo parcial e sem vínculo empregatício aplicando “projetos” de tempo integral amparados no princípio da melhoria da qualidade da mão de obra e aumento da produção uma conversa mole voltada a formação de jovens aptos ao manuseio de múltiplas teclas em tempos de intensificação do trabalho e redução do número de empregados.

5 – Redução do número de empregados eis a outra questão a ser observada na proposta de reforma administrativa; segundo o comunicado oficial a estabilidade transforma-se em privilégio das carreiras típicas de Estado e mesmo sem ficar claro quais seriam estas, e considerando as reformas anteriores, tenho absoluta certeza da sensibilidade do leitor em apontar os segmentos a compor as ditas carreiras.

6 – A futura reforma administrativa, segundo informe do governo, “(...) apresenta o fim do que é conhecido hoje como `regime jurídico único` e institui os: vínculo de experiência, vínculo por prazo determinado, cargo com vínculo por prazo indeterminado.” A modernização do sr. Bolsonaro, em termos práticos, promove o retorno ao coronelismo, ao apadrinhamento e todas aquelas práticas anteriores a Revolução de 1930 somado ao sepultamento definitivo do modelo instituído a partir da Constituição de 1988, salvo no caso daquelas carreiras típicas de Estado.

7 – Acabou? ainda não. A reforma administrativa assume a precarização do servidor público transformando em “bico” as atividades de professores, profissionais da saúde, observando, o comunicado da secretaria geral da presidência, o seguinte: “Mais limitações ao exercício de outras atividades para ocupantes de cargos típicos de Estado e menos limitações para os servidores em geral.” Para entender este ponto vamos retornar aos professores das escolas abertas aos projetos dos bancos e fundações bafo de onça; o mesmo profissional diante da redução de jornada provocada, por exemplo, a partir da aplicação da reforma do ensino médio fica liberado para assumir nova carga horária através de contrato destas empresas recebendo a menor do mesmo recurso público agora repassado aos banqueiros com jornada semelhante ou superior a original.

8 – A reforma ainda acaba com a progressão por tempo de serviço, férias prêmio, possibilita a redução de carga horária e salário jogando fora a carreira duramente conquistada, no caso dos professores, com piso salarial e tudo.

9 – A reforma administrativa segue a estrutura de sempre; primeiro uma longa campanha contra os servidores apontados como parasitas a partir de intensa campanha da imprensa livre – neste caso livre de qualquer compromisso com a verdade – prometendo a população um mundo fantástico após a privatização de tudo entregando a precarização em nome da liberdade de mercado.


Programa Escuta Educativa da Rádio Educare.47 do Instituto de Educação de Minas Gerais

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