sábado, 30 de janeiro de 2021

LEMANN: “O DESCONFORTO DO BRASILEIRO GERA OPORTUNIDADE”


 

* PRESIDENTE DO BRADESCO É CONTRA AUXÍLIO EMERGENCIAL

* LEMANN: “O DESCONFORTO DO BRASILEIRO GERA OPORTUNIDADE”

* GREVE DOS CAMINHONEIROS

* IMPEACHMENT, OS MUITO RICOS AINDA NÃO QUEREM

Por Wladmir Coelho

1 – “A questão do auxílio emergencial é humanitária” esta frase não é parte de um pronunciamento do Papa e sim do presidente do Bradesco o sr. Luiz Trabuco publicada no jornal O Estado de São Paulo do dia 29 de janeiro. Estranho.  Os banqueiros, como sabemos, prezam o dinheiro, o lucro, o acumulo de capital e neste momento andam a reclamar do lucro de “apenas” R$ 53 bilhões em 2020 e buscam formas e meios de ampliar a taxa e foi por isso mesmo que o banqueiro em questão, após passar a língua em seus acentuados caninos,  completou sua piedosa frase reafirmando sua posição contrária a prorrogação do auxílio justificada na necessidade, segundo o sr. Trabuco, do governo “encontrar uma nova fonte de arrecadação.” O diabo corre da cruz os banqueiros dos impostos entendida a cobrança como forma de expropriação um sacrilégio contra a propriedade privada e por isso mesmo atacam toda forma de direito social e defendem a dita meritocracia um eufemismo para justificar o controle oligárquico das finanças.  

2 – A simples hipótese de cobrança de impostos assusta os banqueiros e grandes corporações formando estas um emaranhado de aquisições, fusões todos sócios dos fundos de investimentos administrados, em grande parte, pelos bancos e estes constituem um bilionário contingente de devedores apresentando o Bradesco do sr. Trabuco um calote de pelo menos R$ 7.9 bilhões. Por falar em fundos de investimentos e calotes o sr. Jorge Paulo Lemann saiu a declarar aos jornais: “o desconforto do brasileiro gera oportunidade.” Oportunidades não são poucas para os controladores dos fundos internacionais de investimentos todos lucrando como nunca enquanto o desemprego e a morte seguem sua marcha.

3 – O sr. Lemann além de fabricar cerveja controla parcela significativa da educação básica brasileira instituindo, através de parcerias, a forma “empresarial” de gestão pautada na ideologia do quanto menor melhor. Menores salários,  menor número de alunos,  menos professores e prédios escolares prática denominada de austeridade sempre seguida daquelas comparações ridículas do Estado com a mítica dona de casa, empresas privadas ou frases ao estilo: quer um carro novo? pare de jantar fora, uma conversa prá boi – Caracu – dormir existindo apenas para justificar os seguidos cortes orçamentários em benefício do “equilíbrio fiscal” um eufemismo para o pagamento em dia das dividas com os bancos.

4 – O sr. Lemann, residente na Suíça, eventualmente coloca seus muito ricos pezinhos em território brasileiro para verificar as condições do feudo e as vezes fala de casa mesmo revelando a sua condição de bom marido e pai zeloso: “eu tenho uma preocupação grande, com membros da minha família, por terem muito conforto e facilidades”, a paternal declaração emenda com aquela do desconforto e ainda a questão humanitária do sr. Trabuco – que nome! – ambos interessados em ampliar a taxa de lucros a partir da superexploração da mão de obra aqui no Brasil e controle imediato dos monopólios da energia elétrica, do petróleo, das águas tudo sem o mínimo de regulação – ao modo da mão invisível – apenas cobrando tarifas elevadas sem investir um centavo em infraestrutura construída desde os anos 30 varguistas. Os muito ricos detestam o monopólio estatal dos setores econômicos assim caracterizados, mas adoram cobrar preços de monopólios privados. Vejamos em termos práticos o significado de controle monopolístico privado:  

5 - Em 1953 o presidente Getúlio Vargas assinou a Lei 2004 estabelecendo o monopólio estatal do petróleo e criando a Petrobras para o seu cumprimento uma vitória dos diferentes segmentos da sociedade reunidos no movimento conhecido como “O PETRÓLEO É NOSSO” do qual participaram trabalhadores, estudantes, militares, comunistas, políticos liberais, empresários, nacionalistas enfim todos aqueles patriotas conscientes estes da condição estratégica da energia para o desenvolvimento econômico nacional em bases burguesas, capitalistas e principalmente do poder econômico decorrente da exploração petrolífera. Passados 68 anos da criação da Petrobras a empresa, sempre boicotada por interesses internacionais, foi desmantelada e hoje é oferecida em partes à iniciativa privada impedindo a criação de uma política econômica, inclusive, para o transporte de mercadorias.

6 – Exemplo prático: O sr. Jair Bolsonaro, diante da ameaça de greve dos caminhoneiros, correu à sede do Ministério da Economia – o normal seria o chefe convocar o subordinado ocorrendo o inverso no Brasil, qual a razão? – em busca de algum agrado à categoria e saiu de lá do jeito que entrou e ainda recebeu uma aulinha de neoliberalismo com aqueles chavões de costume: “o mercado regula os preços”, “o governo não tem como intervir na economia” ocultando o principal: o controle do monopólio petrolífero do Brasil passou do Estado à iniciativa privada interessada esta nos índices da bolsa e por isso mesmo aumentando constantemente o gás de cozinha, os combustíveis para garantir o lucro em Wall Street reduzindo, é verdade, a lucratividade dos grandes empresários de transporte, mas estes ganhando muito com suas ações nos fundos de investimentos.

7 – Ficam de fora desta farra dos bilhões os motoristas e auxiliares ameaçados pelo desemprego, na forma de demissão ou inexistência de fretes para os autônomos, integrando o grupo dos superexplorados alimentados com discursos diversionistas na forma de louvação ao laissez faire uma entidade sagrada a sofrer, conforme a narrativa oficial, ataques dos defensores do dito isolamento social.

8 – O mundo de faz de conta neoliberal garante o lucro dos muito ricos, justifica o sofrimento do trabalhador, mantém no poder os demagogos a partir da construção de inimigos imaginários alimentando a autodestruição, inclusive física, daqueles sem recursos financeiros para comprar o oxigênio ou vacina  negando o acesso aos recursos resultantes do trabalho, uma atividade social, para permitir a concentração dos resultados dos esforços comuns nas burras dos muito ricos.  

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

A EMPÁFIA DE GUEDES O HOMEM DA GRANADA NO BOLSO DOS TRABALHADORES


 * A EMPÁFIA DE GUEDES O HOMEM DA GRANADA NO BOLSO DOS TRABALHADORES

* OS RICOS FICARAM MAIS RICOS NA PANDEMIA

* O MITO DO DISCURSO TÉCNICO

Por Wladmir Coelho

1 – Surge o sr. Paulo Guedes nos jornais, do alto de sua empáfia tecnocrática, a bradar pelo congelamento dos salários dos funcionários públicos, desvinculação dos gastos em educação, vedação de qualquer recurso suplementar para a segurança enquanto incrédulos perguntam os trabalhadores: qual motivo das novas ameaças? a resposta está no debate sem fim a respeito da renovação do auxílio emergencial até o momento negado pelos srs. Bolsonaro, Bom Rapaz Maia e demais extremistas de direita, centristas a escolha do freguês.

2 – Relatório da OXFAM revela que em 9 meses as 1000 pessoas mais ricas do planeta recuperaram as eventuais perdas decorrentes da pandemia de COVID-19 restando aos trabalhadores a expectativa – segundo o mesmo relatório – de pelo menos uma década para voltar aos níveis de vida perdidos. A receita para o sucesso dos muito ricos e tragédia para os trabalhadores como sabemos encontra-se na mítica da liberdade total do mercado possibilitando esta lenda o controle (seja por fusão, compra eliminação física, privatização) pelas grandes corporações de segmentos inteiros da economia  mantendo a taxa de lucro positiva a partir do aumento dos preços, redução dos salários, de empregos e intensificação do trabalho de quem permanece encontrando-se este submetido ao chicote do capital interessado em reduzir ou mesmo extinguir antigos direitos, no Brasil entendidos como privilégios, conforme discurso amplamente difundido ao longo da última eleição presidencial pelo candidato vitorioso.

3 – Para apresentar os seus números a OXFAM ouviu 295 economistas de 79 países revelando ainda dados assustadores como o valor – na casa dos trilhões – acumulado pelos 10 mais ricos  desde o início da pandemia resultando este lucro da minoria da minoria  em recurso suficiente para garantir a vacinação dos demais seres humanos e ainda financiar um programa de recuperação da economia.

4 – Voltando ao sr. Guedes: A negativa do governo brasileiro em estabelecer um programa de apoio aos trabalhadores encontra-se exatamente na subordinação da economia nacional aos interesses destes muito ricos interessados em saquear o Brasil a partir da privatização do Banco do Brasil, Eletrobras e do restante da Petrobras sem falar na engorda liquida e certa dos bancos através do pagamento e compra dos títulos emitidos lá nos Estados Unidos para salvar as grandes corporações.

5 – As ameaças do sr. Guedes em tradução livre significam o seguinte: o governo entreguista do Brasil é comprometido com a prática colonial de exportar dinheiro e cobrar comissão para a burguesia local e caso os trabalhadores venham a exigir um “tiquinho” deste montante eu vou desmontar a escola, a segurança, a assistência social, a faculdade. A tradução apresentada surge em versão mais leve, ideológica no Jornal Nacional, nas páginas do Valor e daí reproduzidos nos demais da seguinte forma: “a postura do ministro da economia apresenta fundamentos técnicos.”

6 – A dita técnica, desta forma, transforma-se em elemento para a conservação de um modelo com as características apresentadas neste texto revelando-se a favor de uma determinada classe social, logo, contrária as demais revelando a existência no governo brasileiro de um grupo de indivíduos comprometidos com os interesses daqueles muito ricos pouco interessando a vida dos trabalhadores, dos pequenos empresários abandonados à própria sorte.    

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

O MODELO ECONÔMICO COLONIAL NÃO PERMITE O DESENVOLVIMENTO DA CIÊNCIA NACIONAL


 * O MODELO ECONÔMICO COLONIAL NÃO PERMITE O DESENVOLVIMENTO DA CIÊNCIA NACIONAL

* O ESTADO FORA DA ECONOMIA UM MANTRA A MATAR O NOSSO POVO

* PFIZER NÃO CONSEGUE ENTREGAR O PROMETIDO NA EUROPA

* NACIONALIZAR A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA NACIONAL

Por Wladmir Coelho

1 – O discurso carcomido da incompetência estatal diante da eficiência do setor privado constitui a principal bandeira dos muito ricos em suas federações de indústrias, bancos, transportes com ampla repercussão na dita imprensa livre e seus comentaristas econômicos com aquele aspecto sisudo vendendo ideologia como verdade técnica esta elevada aos céus da imparcialidade e neutralidade transformando-se em entidade sobrenatural e tome austeridade fiscal, superávit primário, redução dos direitos sociais, privatização e outros remédios amargos para o povo e adocicado para os ricos.

2 – O material a ilustrar esta postagem vai apontando a contradição do discurso da incompetência estatal embora a matéria propriamente dita resuma-se ao fato da “falta de recursos”, neste caso o financeiro considerando a existência dos instrumentos necessários ao desenvolvimento da vacina brasileira, veja bem, brasileira com tecnologia criada e aplicada em laboratórios nacionais e não a partir do modelo Coca-Cola ou daquelas maquiladoras hoje amplamente difundidas. Em determinado momento o jornalista até consegue furar o bloqueio ao comparar os R$ 9 milhões prometidos pelo  Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações – aquele chefiado por um coronel reformado da Aeronáutica conhecido por ser o primeiro brasileiro a passear de foguete – diante dos US$ 2 bilhões entregues a Pfizer, pagando 100 milhões de doses, pelo governo dos Estados Unidos para o desenvolvimento da vacina.  

3 – A Pfizer, uma empresa privada, também recebeu apoio financeiro do Estado alemão de pelo menos US$ 445 milhões e com relação aos valores pagos pelos Estados Unidos devemos recordar a condição contratual para aquisição de mais 500 milhões de doses para além daquelas primeiras 100 milhões, ou seja, a pesquisa da multinacional somente ocorreu em decorrência do financiamento público estatal na forma de compra antecipada. O patrocínio oficial possibilitou o avanço das pesquisas e o simples anúncio da conclusão da primeira fase resultou no salto de 15% nos valores das ações lucrando, somente o sr. Albert Bourla (que não se perca pelo nome), CEO da Pfizer, a bagatela de US$ 5,6 milhões com a venda de 132 mil ações de sua propriedade.

4 – Animada com os números a competente multinacional Pfizer não parou de assinar contratos prometendo entregas na mesma velocidade do aumento de seus lucros, mas o fato de concentrar os recursos da maior potência econômica e da União Europeia não garantiu a superação das restrições impostas para uma empresa garantir a sua taxa de lucro, ou seja, redução do número de funcionários devidamente acompanhada da intensificação do trabalho. Resultado: a quantidade prometida de doses começou a atrasar conforme informam os jornais europeus expressando o sr. Comissário de Saúde daquela comunidade “profunda insatisfação”. E parou por ai com medo de provocar uma baixa na bolsa.

5 – Retornando ao caso brasileiro ainda mais grave considerando a inexistência de um plano efetivo de vacinação originando este o atraso na contratação do produto acrescido da falta de uma alternativa nacional. Este quadro, devemos recordar, ocorre em  descumprimento a determinação constitucional da saúde como direito social aspecto a obrigar a destinação dos recursos necessários ao desenvolvimento dos meios para o tratamento e prevenção incluindo a pesquisa e criação de tecnologias. Como sabemos a não observação desta e outras determinações constitucionais foi legitimada via instrumentos ideológicos de costume e naturalizada a partir  discurso da austeridade, do combate aos “privilégios” dos funcionários públicos, um antigo moralismo dos muito ricos consumido colonizadamente na classe média amplamente utilizado para inibir, reduzir e por fim aniquilar o cumprimento da Constituição apresentando em seu lugar a redução do país a simples importador dos remédios produzidos pelas multinacionais. As universidades e órgãos de pesquisa públicos foram satanizados e sufocados financeiramente em nome desta política colonial hoje elevada aos céus em nome da “estabilidade” econômica confundida esta com índices positivos da bolsa.

6 – A intervenção do Estado na economia constitui a única forma de superação do atraso nacional e não será efetivado no formato estadunidense conforme apontamos no caso da Pfizer considerando o interesse desta multinacional – e das demais -  em manter a elevada concentração do setor farmacêutico apresentando em seu apoio os interesses da burguesia brasileira que segue  acumulando seus elevados lucros a partir da simples integração ao modelo dependente, submisso ao imperialismo.

  

domingo, 24 de janeiro de 2021

NÃO CONCORDO COM O SR. SÉRGIO GABRIELLE


 

NÃO CONCORDO COM O SR. SÉRGIO GABRIELLE

Por Wladmir Coelho 

1 - O sr. Gabrielle está completamente EQUIVOCADO! um governo popular e nacionalista não deve ficar apenas na superfície da regulação estatal como insinua em sua entrevista o antigo presidente da PETROBRAS.

2 - O caminho está na NACIONALIZAÇÃO das refinarias e toda a cadeia petrolífera brasileira assumindo o ESTADO o controle dos setores estratégicos incluindo a energia elétrica bases para um plano de recuperação econômica SOBERANO.

3 - O projeto da PETROBRAS iniciado em 1953 através da LEI 2004 assinada pelo presidente Getúlio Vargas após a vitoriosa campanha popular do Petróleo é Nosso JAMAIS FOI APLICADO EM SUA PLENITUDE sabotado até o seu sepultamento durante o governo do sr. FHC.

4 - As diferentes constituições brasileiras desde 1934 reservaram a possibilidade de atuação empresarial do Estado exatamente para criar os meios de superação do ATRASO NACIONAL.

Não será com conformismos e lamentações alcançada a nossa SOBERANIA ECONÔMICA e sim com medidas ousadas e corajosas.

sábado, 23 de janeiro de 2021

BANQUEIROS RECLAMAM DO LUCRO DE APENAS R$ 63,584 BILHÕES


 


*  BANQUEIROS RECLAMAM DO LUCRO DE APENAS R$ 63,584 BILHÕES

* SAFRA RECORDE NÃO GARANTE ALIMENTO NA MESA DOS BRASILEIROS

* IMPEACHMENT ESTÁ NAS RUAS E OS DEPUTADOS NA CÂMARA

Por Wladmir Coelho

1 -  Os banqueiros reclamam do “pequeno” lucro de  R$ 63,584 bilhões e exigem aumento nas taxas de juros para ganhar mais e mais enquanto o desemprego cresce, os direitos sociais transformam-se em pecado, os pequenos e médios empresários fecham as portas, a inflação dos alimentos revela o fantasma da fome, este último contradizendo a entusiástica comemoração dos meios de comunicação e do governo a respeito da “safra recorde” um eufemismo para o direcionamento da produção de comodities  ao mercado externo enquanto o IBGE registra queda no consumo de alimentos em outubro e novembro de 2020. Lucram os proprietários de terras e aqueles dos supermercados – um setor dominado por multinacionais – perdendo os últimos na quantidade compensada nos elevados preços. Um grande viva à mão invisível!

2 – As grandes empresas de comunicação do Brasil também lucraram e muito graças ao cassino da bolsa e sua associação aos grandes bancos formando a santa aliança responsável pela pressão por mais suor do trabalhador na forma de juros ainda maiores, redução de impostos para os ricos e privatizações da energia elétrica, água uma forma de entupir os cofres das multinacionais associadas aos tubarões nacionais através da cobrança de tarifas elevadíssimas sem a necessidade de gastar um centavo considerando que toda a estrutura foi construída pelo Estado – inclusive para o atendimento daquelas empresas estrangeiras que agora partem depois de extrair o máximo -  bastando para este fim utiliza-la até esgotar como verificou-se recentemente no Amapá.

3 – A pandemia, é possível verificar, não representou para os muito ricos dificuldade alguma o mesmo não podemos afirmar em relação aos trabalhadores e pequenos empresários os primeiros perdendo seus empregos e direitos os demais simplesmente fechando as portas ambos sem o mínimo apoio do governo sofrendo de forma imediata os assalariados agora desprovidos do auxílio emergencial enquanto a classe média aguarda na fila das carreatas contra o fechamento do comércio para conter a pandemia, apresentando dentre seus componentes, uns ainda iludidos com a mágica da bolsa e por isso apostando tudo na continuidade da política econômica destruidora do mercado interno e excludente esquecendo a condição do grande de controlador da reduzida, mas existente, produção nacional da qual é extraída, a partir da superexploração do trabalho, os meios para jogar no mundo dos títulos ficando o empresário de classe média a contribuir com sua própria ruina considerando a prática predatória dos muitos ricos resultando esta na exclusão de um contingente gigantesco de famílias impedidas de frequentar a padaria, o salão de beleza, a loja de roupas e calçados e mesmo pagar colégio particular do filho.

4 – Alegria dos muito ricos, ilusão da classe média e desespero entre os trabalhadores este quadro acaba por contribuir diretamente para a impopularidade do sr. Jair Bolsonaro verificada em diferentes pesquisas, afinal o poder econômico concentra-se em poucas famílias enquanto a massa vai sentindo as dificuldades e desta vez sem o auxílio emergencial tratado nos grandes veículos de comunicação como espécie de demônio a ampliar o déficit primário eufemismo para garantia de pagamento aos banqueiros. A defesa do arrocho aos trabalhadores atinge o ridículo quando verificamos na edição de O Globo do dia 23 de janeiro na primeira página: “Biden amplia ajuda contra efeitos da COVID: O presidente dos EUA, Joe Biden, assinou decretos para reforçar a ajuda federal aos americanos mais atingidos pelos efeitos econômicos da pandemia. Milhões de pessoas receberão vale-refeição e cheque de assistência e terão direitos trabalhistas restaurados” enquanto da página 2 da mesma edição a opinião do citado jornal é a seguinte: “Recriação do auxílio emergencial exige cuidados. Cresce a pressão para a volta do benefício. É fundamental que haja cuidado com o risco fiscal.” O Globo apresenta o seu tradicional louvor colonial exaltando o auxílio emergencial do Biden, mas para os nossos defende o salve-se quem puder uma espécie de continuidade de política da morte com as muitas páginas em defesa da vacina, mas sem comida afinal os muito ricos precisam do mínimo de segurança sanitária e como sabemos há momentos nos quais , apesar de todo o isolamento, acabam aqueles ricaços por aproximarem-se de um jardineiro, motorista, mordomo estes em contato direto com os excluídos existindo evidente risco de contaminação daqueles. A fome? a fome não pega.   

5 – O quadro nacional revela ainda uma satisfação dos empresários com o governo do sr. Bolsonaro, segundo a última pesquisa da Folha de São Paulo 51% deles seguem acreditando no capitão exercendo esta numericamente reduzida, mas poderosa gente, a sua influência através de organizações como FIESP, FEBRABAN e outras representações bem nutridas todas contentes com a política econômica do sr. Paulo Guedes a garantir a mão de obra desocupada em  fartura , salários baixos, inexistência de direitos trabalhistas e obrigações previdenciárias acrescidas da promessa de isenção de impostos a ser votada depois da eleição do sr. Lira ou sr. Baleia para a presidência da Câmara dos Deputados. Nos corredores da FIESP seus diretores cantam “que maravilha viver!”.

6 – Os muito ricos apesar do poder econômico não garantem o mandato do sr. Bolsonaro e o impeachment está nas ruas como resultado, inclusive, das mortes por COVID, rondando o vírus as famílias, aquelas defendidas nos discursos moralistas, assustadas com a possibilidade de sofrimentos terríveis revelados a partir da falta de oxigênio hospitalar no Amazonas. A dúvida está na seguinte questão: impeachment é decidido no Congresso Nacional uma patota, em sua maioria, conhecida pela dependência direta dos recursos dos muito ricos para o financiamento das respectivas campanhas eleitorais convertendo, por isso mesmo, os ditos representantes do povo em assalariados dos capitalistas estes, como demonstrou a pesquisa da Folha de São Paulo, satisfeitos com o atual governo. Corremos assim o risco de aprovado o processo resulte apenas em substituição do capitão por seu superior hierárquico um general igualmente reacionário e seguidor da cartilha do Gustavo Corção no lugar daquela do Olavo Carvalho. O general não gosta de palavrões em público e talvez venha a restituir a liturgia do cargo. É isso o que queremos?

7 – Os mesmos jornais a exigir o impeachment defendem a continuidade do modelo econômico e o fazem a partir da defesa da “austeridade” da redução dos gastos, contra o “populismo” sinônimo, para os comentaristas econômicos, de direitos sociais causa, segundo estes, do custo Brasil recentemente apontado como origem do fechamento das fábricas da multinacional Ford. A questão, deste modo, está a exigir uma leitura mais atenta revelando o fato impeachment um aprofundamento da crise entre as classes sociais resultando a aprovação deste a partir de um acordo entre os muito ricos e o Congresso Nacional na famosa troca de 6 por meia dúzia represando a insatisfação decorrente das condições econômicas desfavoráveis aos trabalhadores e classe média contribuindo para um quadro político ainda mais conturbado tornando necessário a organização de um movimento em defesa do impedimento presidencial com exigências mínimas de alterações econômicas a favor dos trabalhadores, garantia da manutenção dos direitos sociais e recuperação da soberania nacional decorrendo desta postura a convocação imediata de eleições.


quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

MOURÃO RESSUSCITA VELHAS TEORIAS RACISTAS

 



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* MOURÃO RESSUSCITA VELHAS TEORIAS RACISTAS

* INDISCIPLINADO É O GOVERNO

Por Wladmir Coelho

1 -  O governo brasileiro e deste governadores e prefeitos transformaram a crise sanitária em verdadeiro circo de horrores incluindo falsos tratamentos, incentivo a manifestações de classe média contra o isolamento sem falar na ausência de um plano efetivo para proteger pequenos e médios empresários e pelo menos a manutenção dos empregos.

2 – Agora surge o general Mourão a jogar a responsabilidade do descontrole total da pandemia nas costas do povo recorrendo para este fim aos fundamentos racistas do final do século 19 e inicio deste amparados na dita ciência produtora de absurdos como a crença na existência da sub-raça brasileira decorrente da miscigenação apontando esta condição como causa dos males econômicos, sociais ocultando esta superstição a condição colonizada da classe dominante brasileira e seu eterno sonho de tornar-se branca e europeia ou em nossos dias uma habitante do mundo encantado de Disney.

3 -   O sr. Mourão não falou sem pensar e sua terrível declaração encontra apoio não somente entre os ricos, mas em nossa miscigenada classe média Wellaton loiro 16 a concordar plenamente com a seguinte pérola do general: “o nosso povo não tem essa imposição de disciplina, algo que não ocorreria em vários outros países que estão, frente a uma segunda onda da pandemia da covid-19.”

4 – Os vários outros países do general, sabemos todos, estão lá na Europa conforme anunciam diariamente os jornais e toma inferiorização racista de nosso povo uma prática imperialista antiga algo a justificar o assassinato de milhares a partir da dita indisciplina.  




terça-feira, 19 de janeiro de 2021

DONOS DE ESCOLAS EM BH ERRAM O ENDEREÇO E BUZINAM NA PORTA DO PREFEITO


 


* DONOS DE ESCOLAS EM BH ERRAM O ENDEREÇO E BUZINAM NA PORTA DO PREFEITO

* ENQUANTO A CLASSE MÉDIA QUER ABRIR A EUROPA FECHA AS ESCOLAS

* ENSINO HÍBRIDO E GRANA PÚBLICA PARA OS CONTROLADORES DOS SISTEMAS PRIVADOS DE EDUCAÇÃO

Por Wladmir Coelho

1 – Os donos de escolas particulares de Belo Horizonte saíram em carreata com balõenzinhos nas cores verde e amarelo reivindicando o retorno das aulas presenciais alegando, segundo reportagem do jornal Estado de Minas, que “o comércio já teve a oportunidade de retomada e fechou novamente, mas as escolas não tiveram oportunidade de fazer a abertura” uma declaração no mínimo contraditória revelando o quanto estavam inseguros em seus argumentos os proprietários da atividade comercial – a comparação é dos manifestantes -  educação.

2 – Devemos recordar a condição daqueles proprietários de escolas majoritariamente localizadas em bairros da capital mineira oferecendo o ensino infantil, anos iniciais do fundamental e alguns colégios ainda não engolidos totalmente por determinado grupo estrangeiro controlado por fundos de investimentos interessados nos resultados de Wall Street. Deste modo a presença majoritária na carreata em questão era daqueles conhecidos empresários de classe média reclamando, prá variar, na porta errada.

3 – Estes empresários continuam a cobrar do prefeito uma solução para a qual ele não possui poderes, mas preso aos elementos ideológicos do liberalismo econômico não consegue, o sr. Alexandre Kalil, esclarecer aos seus confrades de classe social a necessidade de reformulação da politica econômica nacional incluindo um programa de apoio  e financiamento da folha salarial, pagamento dos alugueis, proibição dos despejos, ampliação do acesso à internet um programa mínimo de socorro igualzinho ao dos Estados Unidos promovendo o governo a distribuição de trilhões aos bancos, mas doando – e o termo é este mesmo – alguma coisa aos médios e pequenos empresários incluindo as escolas privadas.

4 – A ideologia econômica liberal à brasileira transforma a classe média em consumidora do veneno a destruí-la considerando a prática de arrocho salarial e extinção dos direitos, incluindo os trabalhistas em nome da redução do “custo Brasil” em termos práticos o caminho para a inviabilização do mercado interno traduzido na impossibilidade, inclusive, do pagamento das mensalidades escolares. A crença na retomada da plenitude da economia após a normalização do comércio revela o elevado grau de ingenuidade dos ditos empresários de classe média.

5 – Os proprietários de escolas da carreata com seus balangandãs nas cores verde e amarelo acabam, de forma ingênua, a servir de instrumento aos grandes especuladores internacionais controladores dos sistemas de ensino amplamente conhecidos interessados em retomar o processo da onda, a saber, a implantação do dito ensino hibrido de preferência com recursos do FUNDEB. Estes não precisam sair às ruas e mandam brasa pelos Rodas Vivas, artigos em grandes jornais, entrevistas nos programas de TV sempre em nome do “direito” com vozinha meiga e aquele festival de gráficos e casos isolados de superação sempre com aquelas frases feitas facilitando a degustação ideológica.  

6 – A respeito da reabertura das escolas o The Wall Street Journal,  o porta-voz dos jogadores do cassino de Nova Iorque, informa o seguinte em sua edição de 16 de janeiro: “os países da europeus abandonam as promessas de manter as escolas abertas a medida que aumentam as preocupações com a transmissão do vírus por crianças” estabelecendo o material uma comparação com as medidas adotadas nos Estados Unidos – com o devido apoio de mr. Biden o mal menor - pela retomada das aulas presenciais.

7 – A publicação estadunidense aponta as medidas restritivas para o funcionamento das escolas adotadas no Reino Unido, Alemanha, Irlanda, Áustria, Dinamarca e Holanda considerando a presença da nova cepa de coronavírus detectada na Inglaterra gerando esta situação aquelas restrições, amplamente divulgadas, aos viajantes brasileiros.

8 – O Wall Street apresenta ainda declarações do diretor do  Institute of Global Health,  Antoine Flahault, apontando o seguinte: “A segunda onda, revelou mais evidências de que as crianças em idade escolar são quase igualmente, se não mais dispostas a infecção  pelo SARS-CoV-2 do que outras”, mostrando o quanto é temerário o retorno das aulas presenciais amparadas, em grande medida, na crença da imunidade do rebanho – neste caso o infantil – acrescidas das comparações entre o funcionamento das lojas, bares e padarias.

 

 


segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

GOVERNO FRANCÊS IMPEDE VENDA DO CARREFOUR PARA EMPRESA ESTRANGEIRA


 

* GOVERNO FRANCÊS IMPEDE VENDA DO CARREFOUR PARA EMPRESA ESTRANGEIRA

* GOVERNO BRASILEIRO QUER ENTREGAR TUDO PARA EMPRESAS ESTRANGEIRAS

* SALVE, SALVE O HERÓI OPOSICIONISTA DO DIA

Por Wladmir Coelho

1 – O presidente francês Emmanuel Macron proibiu a venda do Carrefour ao grupo canadense Alimentation Couche-Tard alegando razões de Estado incluindo a segurança alimentar e os empregos dos franceses e não adiantaram as promessas canadenses de investir 3 bilhões de euros em cinco anos, manter os empregos nos próximos dois anos, e negociar ações nas duas bolsas de valores.

2 – PRÁ CIMA DE MOI! O primeiro ministro canadense entrou em campo tentando convencer Macron e dá-lhe videoconferência recordando antigas transações incluindo a compra da Bombardier pelos franceses, louvações a mão invisível, apelos ao  laissez-faire, mas o governo não aprovou o negócio internacional de US$ 20 bilhões.

3 –  Os Estados Unidos segue o mesmo caminho interferindo o governo no mercado eliminando a concorrência a exemplo do caso TikTok pressionada a vender sua filial na terra do Tio Sam à Microsoft sem falar dos trilhões de dólares destinados às corporações em crise vivas graças ao dinheiro público usado, inclusive, para a compra de dividas encalhadas nos bancos permitindo a alegria do cassino de Wall Street.

4 – O Brasil segue seu destino promovendo o governo, em sua versão civil e militar, o culto ao neoliberalismo ofertando o Banco do Brasil, a Petrobras, as empresas de água e esgoto além daquelas de energia elétrica ao primeiro fundo de investimentos estrangeiro que oferecer alguns tostões pouco ou nada interessando a condição estratégica e portanto de interesse da segurança nacional.

5 – Ao processo de privatização segue o fechamento de fábricas e calote das multinacionais abandonando o país depois de receberem de graça desde a instrução dos operários, o terreno, a infraestrutura, políticas fiscais e salariais permanecendo o governo a observar placidamente enquanto deveria criar os meios de punir e reabrir as unidades fechadas pelos caloteiros internacionais.

6 – TÁ TODO MUNDO DOIDO -  Governo e ricos brasileiros encontram-se completamente ensandecidos e passam a culpar o povo pelos últimos acontecimentos econômicos intensificando na imprensa uma campanha exigindo a redução do chamado custo Brasil, ou seja, querem salários ainda menores com extinção dos direitos e isenção de impostos acreditando assim criarem os meios de atração do dito investimento estrangeiro matando qualquer expectativa de sobrevivência do mercado interno, – com salários ainda menores quem vai comprar alguma coisa ? – jogando na miséria os trabalhadores e na pobreza absoluta os desempregados incluindo estes na lista dos mortos com ou sem vacina.

7 -  Enquanto isso vamos injetando na veia drogas alucinógenas a base de óleo de baleia, ouvindo delirantes a lira do incêndio, suspirando por novos heróis e suas vacinas, acreditando no equilíbrio do centro, enaltecendo o  opositor de ocasião ao mito sem perceber a necessidade de rompimento com um modelo econômico injusto defendido por todos do andar de cima e consumido  no andar de baixo.  


quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

* SEM VACINA, SEM EMPREGO, SEM OXIGÊNIO; VAMOS MORRER CALADOS?

* SEM VACINA, SEM EMPREGO, SEM OXIGÊNIO; VAMOS MORRER CALADOS?

* A MORTE DOS INOCENTES DE MANAUS É RESULTADO DA POLÍTICA ECONÔMICA IMPERIALISTA

* MULTINACIONAL ESTÁ ACOSTUMADA A MATAR

Por Wladmir Coelho

1 – A White Martins comanda o oligopólio de gases hospitalares no Brasil a empresa é subsidiária da multinacional estadunidense Praxair herdeira da Union Carbide Industrial Gases Inc incorporada em 1999 pela Dow Chemical  fabricante do “agente laranja” uma arma química que continuou matando e deformando mesmo após a derrota dos EUA no Vietnã a empresa também foi responsável, em 1984,pelo assassinato de 20 mil pessoas após um vazamento em sua fábrica em Bhopal na Índia.

2 – Durante a ditadura militar a Dow Chemical foi presidida, no Brasil, pelo general Golbery do Couto e Silva além de empregar, em sua subsidiária, o antigo presidente da Petrobras e ministro das Minas e Energia Shigeaki Ueki.

3 -  Em Manaus pessoas morrem por falta do oxigênio hospitalar distribuído pela multinacional White Martins revelando este quadro o quanto a devoção ideológica ao livre mercado apresentando-se incapaz o governo brasileiro e seu general da saúde – dito especialista em logística – de criar um plano de intervenção no processo de produção e distribuição do citado oligopólio em função do obvio aumento da demanda preferindo o governo do sr. Bolsonaro ajoelhar-se diante do altar neoliberal em defesa do cada um por si, quem tem dinheiro vá para o Einstein enquanto o trabalhador morre de forma dolorosa nos hospitais.

4 – O Estado brasileiro, segundo informações, não possui no momento um avião em condições de transportar os cilindros a preencher de forma provisória a necessidade dos hospitais amazonenses e mesmo diante das mortes ainda não informou a respeito da intervenção na White Martins em nome da segurança nacional. 

 

segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

EMPRESÁRIO DE CLASSE MÉDIA AINDA NÃO ACORDOU DA OVERDOSE DE CLOROQUINA


 

* LIBERDADE DE MERCADO É ISSO: FORD DÁ BYE, BYE BRAZIL 

* EMPRESÁRIO DE CLASSE MÉDIA AINDA NÃO ACORDOU DA OVERDOSE DE CLOROQUINA

* TRABALHADOR VAI A MANIFESTAÇÃO DE PATRÃO POR VONTADE PRÓPRIA?

* KALIL, UM PREFEITO BURGUÊS AMARRADO PELA IDEOLOGIA DE SUA CLASSE

Por Wladmir Coelho

1 – A multinacional Ford, lá do alto da cadeia produtiva, depois de remeter, ao longo de décadas, lucros fantásticos à matriz estadunidense graças as facilidades oferecidas pelo governo brasileiro incluindo a formação dos trabalhadores, renuncia fiscal, manutenção dos salários baixos em relação ao mercado estadunidense; os comerciantes instalados nos shoppings espalhados pelo Brasil reclamam do aumento das taxas e entopem a justiça com processos denunciando contratos abusivos e mesmo assim os despejos continuam. A culpa fica nas costas da pandemia, mas sabemos todos da limitação desta acusação existindo a necessidade de entendermos o quadro de forma abrangente.

2 – Ao lado da crise econômica temos a crise sanitária acelerando aquela isso em meio ao discurso ideológico vendido pelos ricos, copiado pela classe média e imposto ao povo este sem emprego, igualmente despejado, sem vacina vai procurando sobreviver em meio ao vendaval de desinformação construído para confundir e legitimar a inação oficial. Vejamos os últimos acontecimentos:    

3 – Postagem do jornal O Tempo informa:  empresários, comerciantes e funcionários de lojas de Belo Horizonte se reúnem em frente à sede da prefeitura, na avenida Afonso Pena, no centro da capital, para protestar contra o decreto de fechamento das atividades não essenciais na cidade, na manhã desta segunda-feira (11).” O material jornalístico apresenta ainda um vídeo e neste um homem explica, de forma chula, o motivo de negar-se ao uso da máscara, as fotos revelam pessoas com bandeiras do Brasil, camisas da seleção, nariz de palhaço e outros balangandãs típicos das manifestações da classe média colonizada de nosso auriverde torrão.

4 – Na mesma edição de O Tempo, desta vez focando a  cidade de Betim governada pelo dono do jornal, temos a seguinte informação: “no centro de Betim, apenas uma agência do Itaú/ Unibanco estava atendendo ao público nesta segunda (11); banco afirmou que locais foram fechados temporariamente por causa de casos suspeitos de Covid-19”. Este fato, fechamento de agência em função da contaminação de seus trabalhadores, não é exclusividade de Betim aqui mesmo no meu bairro em Belo Horizonte uma agência do mesmo banco fechou “temporariamente” por motivo idêntico fato possivelmente verificado em outras localidades.  

5 – O material de O Tempo a respeito da manifestação contra o decreto de fechamento das atividades não essenciais em Belo Horizonte mostra a disposição dos “empresários” em apelar para a desobediência civil e o que seria isso na visão da classe média empresarial auriverde? A resposta é muito simples; expor os trabalhadores aos riscos neste momento de evidente crescimento da contaminação igualzinho os banqueiros estão a fazer com seus trabalhadores. Estes empresários da porta da prefeitura imaginam pertencer ao mesmo mundo daqueles ricaços do Itaú, Bradesco, Santander.

6 – O PROBLEMA ESTÁ NA ESCALA – os empresários da academia, da loja de R$ 1,99, da revenda de roupas, da franquia, da padaria da porta da prefeitura não conseguem entender que a sua SUV é o jatinho particular do banqueiro, que sua lancha é o iate do trilionário, que sua varanda gourmet é o castelo europeu do controlador do fundo de investimento. O aspecto comum desta história está na exploração do trabalhador, é verdade, ricaços e classe média desprezam o trabalho esta imitando aquela sonhando em ser tratado por nhonhô e não foi por outro motivo que pressionaram, conforme relatos presentes no material de O Tempo, a presença dos trabalhadores preocupados estes com a possibilidade de contaminação naquela aglomeração.

7 – Este quadro oferece ao trabalhador uma clara percepção e entendimento das relações de trabalho no Brasil herdeira das terríveis tradições do pelourinho, da senzala revelando diariamente que sua vida não tem valor diante do capital, do lucro e percebe, pela experiência, a semelhança das formas de exploração dos bancários, dos comerciários, do industriário, daqueles trabalhadores de aplicativo.

8 - Aos manifestantes de classe média resta a ignorância das causas da própria tragédia agarrados a boia da ideologia neoliberal, colonial tratam de aplicar a receita escravocrata de intensificação da exploração, a superexploração do trabalhador. Esta classe média, atolada até o pescoço em dívidas com os bancos, encontra-se dopada, alucinada pelo discurso moralista ignorando a economia e desta ignorância a necessidade de intervenção imediata, de redistribuição dos recursos em poder dos bancos e fundos de investimentos incapazes de gerar um emprego, mas em condições de multiplicar os lucros dos trilionários. Defendem o capitalismo como se capitalistas fossem, condenam o controle dos lucros acreditando possuidores dos mesmos diretos, aplicam a receita dos ricos com medo de tornarem-se miseráveis, sem varanda gourmet, desprovidos da SUV e outras ostentações infantilizadas de fundo colonial incluindo o deslumbramento pela Disneylândia.   

7 – Os manifestantes de classe média, ignorando a sua condição social, aglomeraram-se na porta da prefeitura de Belo Horizonte carregando proprietárias de salão aqui do bairro, acreditando estas possuírem os mesmos interesses do banqueiro, obrigam a presença de seus funcionários com ameaças de demissão. Ficaram na Afonso Pena durante um tempo usando um trio elétrico, fizeram discursos dos mais variados tipos, xingaram o prefeito burguês igualmente preso as mesmas questões ideológicas da classe média, a saber, a aceitação acrítica da situação econômica incapaz de organizar uma campanha em defesa do financiamento – com perdão da dívida -  das folhas de pagamento dos pequenos comerciantes, empréstimos para pagamento de aluguel das lojas, suspensão dos despejos,  apoio para alimentação e auxílio emergencial para os trabalhadores e ampliação do seguro desemprego isso, meus amigos, não tem nada de esquerdismo, populismo e foi realizado nos Estados Unidos e vejamos as causas desta diferença de tratamento.

8 - Os banqueiros daqui subordinam-se aos de lá, a organização da economia brasileira segue as necessidades e ordens do Tio Sam, ou seja, para sobrar ou manter os gastos na matriz é preciso manter e ampliar a exploração no Brasil e demais economias subordinadas, integradas. Assim quando o Trump – a mesma receita vai repetir o Biden -  destina trilhões de dólares para salvar os bancos e corporações o faz acreditando no arrocho do trabalhador brasileiro representado nos meios de comunicação através da exaltação ao governante privatizador com coragem suficiente de cortar recursos da saúde, educação, serviço social levantando, deste modo, dinheiro para remeter aos ricaços de Nova Iorque pouco importando a quebradeira geral do empresário de classe média e como verificamos, a respeito deste sujeito, este pouco ou nenhum conhecimento possui desta realidade preferindo a overdose de cloroquina.


sábado, 9 de janeiro de 2021

IDEOLOGIA OU MOBILIZAÇÃO DE GUERRA


 * A GUERRA DO CHACO, AS AGULHAS E AS SERINGAS

* IDEOLOGIA OU MOBILIZAÇÃO DE GUERRA

Por Wladmir Coelho

1 – Nos anos 1930 o conflito entre Bolívia e Paraguai denominado Guerra do Chaco apresentou total respeito à liberdade comercial inclusive por apresentar em sua base a política econômica de empresas privadas de petróleo e foi, literalmente, uma guerra privatizada a ponto de após ter seus interesses como satisfeitos a Standard Oil cortou o fornecimento de combustíveis ao exército boliviano em PLENA GUERRA.  

2 - Alô, alô classe média colonizada do meu Brasil! Alô, alô defensores do "livre mercado" em sua plenitude na base do "Laissez-faire" olha aí o significado de um Estado não intervencionista e seguidor da crendice da mão invisível e sem condições de colocar os interesses do povo a frente daqueles do capital afinal o lucro está acima da vida.

2 – O governo do Brasil está preso às amarras ideológicas e estas impedem o abastecimento dos insumos para vacina num país rico em minério de ferro, detentor de uma indústria petroquímica desenvolvida revelando as condições mínimas para o fornecimento de matéria prima para a fabricação de agulhas e seringas as críticas da imprensa hegemônica nacional ao sr. Bolsonaro ocultam estes detalhes e ficam caladinhos apoiando a privatização do que restou da Petrobras e louvando a exploração predatória da agora privada e estrangeira Vale. O Brasil privatizou a Vale do Rio Doce, cortou a Petrobras em mil pedaços em nome do delírio concorrencial e adotou o culto ao “agro é pop o agro é tech” que além de não fornecer alimentos aos trabalhadores – o agro é exportador de comodities – é incapaz de fabricar seringas e agulhas.

3 – O general ministro da saúde – está mais para sargento Garcia do Zorro – diz requisitar seringas e agulhas diante de uma “mobilização de guerra”, mas faz isso de mentirinha preocupado em não arranhar a ideologia neoliberal e não ficar prejudicado diante do sumo sacerdote Guedes e acabar perdendo a boquinha. Para mobilizar verdadeiramente em nome da urgência da vacinação uma questão hoje de segurança nacional o ministro general precisa ORGANIZAR, PLANIFICAR a produção e isso vai implicar em “risco” aos acionistas lá de NOVA IORQUE interessados sim no AUMENTO DO PREÇO DAS MERCADORIAS SERINGA E AGULHA.

4 – A questão não é de logística é ideológica e nesta teia encontram-se as origens do discurso contraditório da imprensa burguesa e até de determinados setores da esquerda perdidos no tiroteio.  


quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

KATY MAHONEY, O DISCURSO POLICIAL E INVASÃO DO CONGRESSO DOS EUA


 

* KATY MAHONEY, O DISCURSO POLICIAL E INVASÃO DO CONGRESSO  DOS EUA

* TRUMP NÃO É UM MENINO BIRRENTO

Por Wladmir Coelho

1 – O episódio da invasão do Congresso dos Estados Unidos, e o seriado da crise  promete mais, recebeu, ao que parece, o apoio da polícia que no mínimo foi omissa fingindo não perceber a intenção da turba trumpista alucinada e delirando com as palavras do chefe momentos antes nos portões da Casa Branca.

2 – A eventual participação de policiais na invasão do Congresso vai repetindo situações observadas na Bolívia quando o golpe organizado pela embaixada dos EUA encontrou na força policial a sua versão armada. Na Argentina policiais chegaram as portas da residência do atual presidente e do governador de Buenos Aires, o Equador registrou levante semelhante contra o então presidente Rafael Correa e no Brasil recordo aqui o caso do trator apenas para resumir.

3 – As polícias assumem, deste modo, aquela imagem dos enlatados consumidos largamente através das televisões, amparados pelos quadrinhos e cinema, de instituições acima da lei responsáveis pela aplicação imediata de uma justiça particular, individual ao estilo faça você mesmo. Os heróis destes seriados apresentam o mesmo discurso daqueles programas sensacionalistas, policialescos com seus apresentadores histéricos exigindo a prisão de todos sem provar nada, a humilhação dos trabalhadores, a defesa da fé, da família, da moral e dos bons costumes e recentemente a negação da pandemia e recomendação de tratamentos ditos alternativos sempre amparados na mítica da liberdade de expressão – a deles – e defesa da democracia.

4 – Para ilustrar; tem um episódio da Dama de Ouro, aquele da  Katy Mahoney (fui professor de pelo menos duas jovens com este nome com diferentes grafias) no qual a policial heroína – feminino de herói, favor não confundir com a droga -  enquanto faz as unhas percebe pela janela do salão um assalto a banco e resolve intervir  mandando bala prá todo lado, matando sei lá quantos figurantes e depois criando o caos nas ruas de Nova Iorque com acidentes automobilísticos seguidos daquelas explosões fantásticas. A policial, com devido apoio de seus superiores, reclama quando foi chamada a explicar o fato e reforça o discurso do eu prendo a justiça solta isso no país com maior número de encarcerados no mundo. Desnecessário escrever o quanto este discurso é repetido aqui nos programas de tv e rádio.

5 – As polícias assumem o lugar dos exércitos nos golpes amparadas no discurso ideológico legitimado pela indústria cultural do império no caso dos EUA isso ficou evidente quando verificamos a diferença do tratamento oferecido nas manifestações recentes detonadas a partir das ações racistas da mesma polícia.

6 – Enquanto isso mr. Trump é tratado como menino birrento, mimado na prática uma tentativa de salvar as aparências considerando o aprofundamento da divisão, em função dos interesses, entre os ricos tentando mr. Biden algum tipo de acordo algo ao que parece difícil, mas não impossível e para a sua concretização o apoio policial será muito, muito importante.   


segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

LÍDER DO GOVERNO QUER ACABAR COM EXCESSO DE DIREITOS NA CONSTITUIÇÃO


 

* LÍDER DO GOVERNO QUER ACABAR COM EXCESSO DE DIREITOS NA CONSTITUIÇÃO

* A CLASSE MÉDIA BRASILEIRA EXULTANTE VAI DIVULGAR O TEXTO NO WHATSAPP

* VAMOS LEGITIMAR O ENTERRO DO DIREITO À VIDA?

Por Wladmir Coelho

1 – O líder do governo na Câmara dos Deputados, sr. Ricardo Barros, em artigo de sua autoria publicado no jornal Folha de São Paulo em 4 de janeiro, defende a convocação de uma Assembleia Constituinte como forma de salvar a governabilidade impedida em função da ocorrência da palavra direitos 103 vezes no texto constitucional. O nobre deputado governista afirma existir um desequilíbrio e deste uma pesada carga tributária considerando a redução do termo dever contado apenas 9 vezes.  

2 – Ao ler o texto citado verificam-se, digamos, alguns equívocos do líder do governo na Câmara dos Deputados e não estão relacionados apenas aos números apresentados com relação a repetição da palavra direitos, mas ao entendimento do termo como privilégio conforme verifica-se em sua classe social e desta forma reproduzido prazerosamente no jornal da burguesia paulista. Este entendimento elitista oculta, por exemplo, a associação do direito social ao trabalho ao dever de trabalhar constituindo este a base para o  direito à previdência social e temos ainda a condição de obrigatoriedade da educação básica, para as crianças e jovens até os 17 anos, associando o texto constitucional esta etapa da formação não somente aos interesses individuais incluindo a “qualificação para o trabalho”, ou seja, o cumprimento de um dever.

3 – O sr. líder do governo ignora ainda o direito à liberdade religiosa implicando este no dever de respeitar os “direitos e liberdades fundamentais” e para piorar a situação o sr. deputado oculta em meio aos 103 direitos aquele cuja existência possibilitou a sua eleição; os direitos políticos resultando destes os deveres de alistamento eleitoral, de votar e caso tenha interesse em ocupar cargo eletivo defender a Constituição.

4 – Vamos jogar claro; a burguesia brasileira é assim chamada por uma questão geográfica em termos objetivos encontra-se submetida ideologicamente aos interesses do imperialismo passando por diferentes metrópoles ao longo da história encontrando-se atualmente ancorada em Nova Iorque. Desta forma a existência de direitos associados ao projeto de superação do atraso econômico constitui uma ameaça ao meio de vida da classe dominante repleta de privilégios desde 1500 acostumada a viver na boa vida sem trabalhar explorando o trabalho do escravizado, do meeiro, do colono, do agregado, do diarista, do horista e ainda tratar como inferior – em determinado momento histórico recorrendo ao discurso dito cientifico – os homens, mulheres e crianças superexplorados dos quais retira o seu sustento.

5 – Dentre as supostas 103 referências ao termo direitos presentes no texto constitucional – um absurdo segundo o sr. Ricardo Barros – destaco ainda “a inviolabilidade do direito à vida” resultando esta no dever de o governo estabelecer medidas de proteção à saúde de nosso povo aspecto visivelmente negligenciado em nosso país.

6 - Como podemos perceber a campanha para retirar o termo direito da Constituição do Brasil apresenta em sua base os interesses econômicos da classe dominante nacional em ampliar a exploração dos trabalhadores e assim manter os seus privilégios.     


Programa Escuta Educativa da Rádio Educare.47 do Instituto de Educação de Minas Gerais

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