O TIRO NO PÉ DAS SANÇÕES
A SITUAÇÃO DOS REFUGIADOS
NA EUROPA E EUA
WALL STREET: O PODER DA
INDÚSTRIA BÉLICA
Por Wladmir Coelho
COMO ERA PREVISTO: A imprensa livre ocidental
vai confirmando as previsões mais pessimistas a respeito do “tiro no pé” da adoção
pura e simples das sanções contra a Rússia determinadas a partir dos interesses
de Wall Street. A agência de notícias britânica Reuters – tradicional porta-voz
dos interesses imperialistas – aponta em material publicado em 30 de março as
amargas consequências da submissão da União Europeia aos Estados Unidos a
começar pelo risco de recessão na Alemanha, a inflação espanhola próxima dos
10%, os riscos de aprofundamento da crise energética.
TRISTEZA DE UNS: A
informação da Reuters segue revelando algumas contradições: o governo da
Alemanha anuncia a retomada do programa nuclear para superar a crise energética
em função da clássica dependência do gás da Rússia. A postura da presidenta do
Banco Central Europeu – feito barata tonta – percorrendo os órgãos da imprensa
livre gaguejando a revelar o seu “dilema” entre implementar políticas classificadas
pelos ortodoxos do liberalismo como “populistas” e aquelas voltadas a maior
exploração possível e impossível do trabalhador.
ALEGRIA DE OUTROS:
O governo alemão como forma de superar a crise econômica – utilizando um antigo
recurso – aumentou em 100 BILHÕES DE LIBRAS os gastos militares e dá-lhe valorização
das ações da indústria bélica. Material do Financial Times em 30 de março
revela a euforia diante do repentino aumento dos lucros dos controladores e
acionistas do setor de armas de guerra diante da intervenção estatal no setor. O
Estado alemão segue comprando tanques e outros artefatos enviados como ajuda humanitária
à Ucrânia.
O PREÇO DA LIBERDADE É A
ETERNA VIGILÂNCIA: Diferentes
jornais publicaram a seguinte manifestação do Citigroup: “A eclosão da guerra
alertou os governos e investidores europeus para o importante papel que as
empresas de defesa desempenham na proteção das democracias liberais e seus
valores”.
VAI LÁ EM CASA: O
jornal chinês Global Times do dia 29 de março publicou uma longa matéria a respeito
da situação dos ucranianos na Europa notadamente na Polônia. O material chinês utilizou
desde depoimentos de refugiados a publicações da imprensa europeia e revelou um
descompasso entre o discurso do amor e acolhimento e a dura realidade dos
ucranianos alojados em estações de trem e abrigos precários expostos aos
traficantes de mulheres, de órgãos e escravos.
QUAL O ENDEREÇO? A
maior parte dos ucranianos refugiados, revela o Global Times, é constituída por
mulheres, crianças e idosos aspecto a dificultar o interesse dos capitalistas
europeus que buscam trabalhadores a baixo custo e não pessoas em
vulnerabilidade aumentando, segundo a reportagem, os gastos sociais dos
governos e como sabemos a ordem é queimar dinheiro na indústria bélica e
continuar alimentando a GUERRA DA OTAN/ ESTADOS UNIDOS.
HOME SWEET HOME:
Os Estados Unidos prometeram receber 100 mil ucranianos existindo na fronteira
com o México milhares destes esperando o cumprimento da promessa. A questão da
imigração nos EUA conhecemos muito bem e segundo a CNN o critério adotado nos
postos fronteiriços é o tipo físico; branco, louro, olhos azuis passa os demais
ficam e mesmo assim o Global Times aponta inúmeras dificuldades para os
ucranianos entrarem na terra prometida. Segundo a BBC a Rússia recebeu 350.632
refugiados enquanto os Estados Unidos ainda não conseguiram informar o número
total que segundo o Global Times não alcançaria uma dezena.