AGU VAI INSTALAR O CAOS EM MINAS GERAIS?

* AGU VAI INSTALAR O CAOS EM MINAS GERAIS?

* A QUEM INTERESSA O COLAPSO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS MINEIROS?

* O INAPTO E INEPTO ZEMA APOSTA NO GOLPE PARA SOBREVIVER

Por Wladmir Coelho

1 – A Advocacia Geral da União (AGU) enviou ao STF uma petição solicitando a suspensão da liminar que desobriga o Estado de Minas ao pagamento das parcelas da chamada dívida pública com a União afirma o jornal O Globo.

2 - Lamentavelmente a advocacia não revela a mesma disposição quando o tema vai no sentido contrário, ou seja, o pagamento dos prejuízos de Minas Gerais decorrentes da Lei Kandir ultrapassando estes valores o montante da dívida com a União.

3 – A decisão da AGU, convenhamos, faz parte do pacote de chantagens anunciado desde a fala do sr. Bilac Pinto durante a reunião da Comissão de Segurança Pública jurando de pés juntos, o então secretário, a assinatura pelo sr. Romeo Zema do aumento de 41% para os policiais mineiros.

3 – No dia seguinte as juras foram desfeitas autorizando o autor das promessas de 41% aumento apenas 13% para a categoria que já estranhava a demora da decisão, mas mantinha-se iludida diante das garantias oferecidas através de discursos dos deputados ligados aos policiais em exaltação a honra, a competência e honestidade do sr. Zema agora um desonesto, mentiroso e traidor confirmando os versos de Augusto dos Anjos: “O beijo, amigo, é a véspera do escarro.”     

4 – A chantagem–justiça seja feita – não era desconhecida dos deputados que apresentam-se como responsáveis pela “negociação que durou um ano” com o sr. Zema e foi largamente utilizada durante a fala do sr. Bilac Pinto como único obstáculo a efetivação do acordo afirmando o antigo secretário a respeito da suspensão da liminar: “neste caso o governo acaba”.

5 – Chantagem, esta palavra apareceu em diferentes situações ao longo da negociação com os policiais e agora retorna de forma clara diante de um pedido amparado, segundo a imprensa, na impossibilidade do cumprimento do Regime de Recuperação Fiscal.

6 – Agora espera aí, Regime de Recuperação Fiscal! como assim? Isso não existe em Minas o sr. Zema nem enviou o projeto de adesão e mesmo enviando não existem, em caso de futura aprovação, as metas a cumprir. Esta iniciativa da AGU é no mínimo açodada.

6 – Retomando o veto do sr. Romeo Zema devemos observar a existência de outras categorias profissionais prejudicadas exigindo os servidores da educação básica e superior, os trabalhadores da saúde, do meio ambiente, assistência social os seus direitos representados na emenda número 2 ao projeto de autoria do sr. Zema vetada, sem dó nem piedade, em nome superávit primário, responsabilidade fiscal e outros dogmas  popularmente conhecidos como a parte dos banqueiros nacionais e internacionais confiscada dos trabalhadores.

7 – O pagamento da derrama aos banqueiros constitui a principal sangria do Brasil exigindo esta prática a superlotação das salas de aulas, o fechamento de escolas, a precarização da saúde e pesquisa sem falar nas dificuldades operacionais observadas nas instituições policiais tudo justificado a partir da ideologia do Estado Mínimo. Pera aí! os jornais anunciaram a decretação de Estado de Calamidade Pública pela União possibilitando, inclusive, a elevação dos gastos públicos independente dos valores previstos para o superávit primário e a AGU quer parar o processo?  

8 – Neste ponto precisamos parar e analisar com a frieza necessária; o mundo inteiro anuncia como forma de superar a crise econômica, detonada a partir do coronavírus, o aumento de gastos públicos incluindo a estatização de empresas, ampliação dos serviços de saúde e educação pública, oferta de crédito e segundo o jornal O Globo do dia 17 de março o governo de mr. Trump vai além e “quer distribuir dinheiro a americanos.”

9 – Diante deste quadro fica o estranhamento com a atitude da AGU  em ampliar o arrocho aos estados através da chantagem da inviabilização dos serviços públicos em Minas Gerais em tempo de pandemia colocando em risco a vida de milhões de pessoas.

10 – Fica desta conversa toda outra questão ligada a sempre ameaça de um golpe; a quem interessa o caos em Minas Gerais? A resposta é obvia envolvendo interesses ainda ocultos a respeito da sucessão precoce do cambaleante sr. Zema cuja incompetência constitui consenso nas diferentes correntes políticas.