quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

A PSEUDOCIÊNCIA DA CLASSE DOMINANTE

 

* MÉDICOS PELA VIDA DEFENDEM O USO DE VERMÍFUGO COMO PREVENÇÃO AO COVID-19

* A PSEUDOCIÊNCIA DA CLASSE DOMINANTE

* GENERAL NA SAÚDE, CORONEL NA TECNOLOGIA, ESCOLAS MILITARIZADAS E MAIS 11 MIL MILITARES ESPALHADOS NA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL EIS A FORMA DE MANTER UM MODELO DECADENTE

Por Wladmir Coelho

1 – Anuncio publicado nos maiores jornais do Brasil assinado por um grupo denominado “médicos pela vida” assumiu a defesa dos vermífugos e medicamentos para o tratamento da malária como forma de prevenir ou amenizar os efeitos da Covid-19. Confesso não fiquei surpreso, afinal conheço bem os métodos e práticas das classes dominantes do nosso auriverde torrão e sua obstinação em manter a ordem (econômica, política) resultando esta prática, historicamente, na defesa da escravidão, na eliminação violenta de qualquer ato de resistência do povo, em ataques sistemáticos a qualquer iniciativa de rompimento com a  dominação imperialista recorrendo as  sinhazinhas e sinhozinhos das classes dominantes, além da repressão física, ao uso e abuso da arrogância bacharelesca fundamentando esta as teorias racistas, economicistas pseudocientíficas a justificar a condição colonial brasileira sempre ocultando a vantagem desta para os poderosos.

2 –  Vejamos: o bacharelismo colonizado deitou e rolou utilizando o discurso da ciência burguesa, veja bem burguesa, a favor da manutenção da escravidão associando este ao determinismo presente no pensamento economicista liberal, a saber, a espera paciente do caminhar, sempre pela via da subserviência, da condição colonial agrária em  independente, industrializado respeitando assim a ordem natural. Existiram, é verdade, dentre os sinhozinhos aqueles defensores da extinção da escravidão, contudo esta humanização senhorial não implica em aceitação imediata do trabalho assalariado e superação da prática colonial passando os latifúndios exportadores destes, também daqueles, a aplicar diferentes métodos de exploração servil do trabalho as vezes até pagando algum salário.  

3 – Os médicos, os advogados, os engenheiros nacionais eram recrutados principalmente entre os filhos das classes dominantes recebendo nas poucas faculdades existentes uma formação importada da Europa – depois dos Estados Unidos - aprimorando os vícios e preconceitos locais acrescidos do pensamento burguês imperialista dito científico.  Esta importação permitiu, por exemplo, classificar como fanáticos e inimigos da civilização cristã ocidental os revoltosos do campo entendidos como inferiores em função da condição dita racial, do analfabetismo associado a incapacidade intelectual. Incomodava aos poderosos a religiosidade popular, sincrética apresentando esta os fundamentos da justiça, do direito à vida distantes e destoantes da burocracia da religião associada aos interesses dominantes. Em meados do século 20 os filhos e netos destes “fanáticos” camponeses desalojados de suas posses em nome da modernização  continuaram classificados – inclusive nos órgãos de repressão -  como ameaça a civilização apresentando as classes dominantes, desta vez, uma adequação dos motivos; assim a alfabetização, a escolarização e a organização em bases políticas, em substituição a religiosa popular, passam a ser considerados uma forma de infiltração comunista entendido esta em sua condição de ameaça à ordem natural solidamente associada a santificação da propriedade privada incluindo neste caso a mão de obra alheia.

4 – Esta submissão ao imperialismo chegou ao ponto mais elevado quando transformado em regime político primeiro no formato de uma ditadura militar, depois em democracia tutelada acompanhada ou tutelada pelos defensores armados. Em crise este acompanhamento vai retomando a sua condição anterior ocupando aqueles senhores a naturalização do processo de espera de tempos melhores sempre com o sacrifício dos trabalhadores. O que tem isso com aquele anúncio dos médicos em defesa do vermífugo como forma de combater uma terrível pneumonia lá do início do texto?     

5 – Respondo: a ciência não está livre das intervenções de ordem ideológica e não foi sem motivo a ocupação militar deste setor seja em sua representação no tratamento e prevenção das diferentes enfermidades ou na pesquisa sem falar na educação. Somos um pais submetido aos interesses do imperialismo apresentando esta prática uma estrutura  dita científica mantida com o uso da força a partir de  uma estrutura repressiva fundada na alucinação da guerra total na qual o princípio da defesa interna é executado de modo a atender a manutenção de um modelo responsável pelo atraso, a fome, a miséria a doença. Ao fantasiar, ao prometer falsas curas pretendem os segmentos dominantes manter a continuidade de uma organização moribunda em nome do menor gasto possível, sempre priorizando o discurso moralista do rigor fiscal garantindo deste modo o pagamento religioso dos banqueiros e a felicidade dos sinhozinhos e sinhazinhas de sempre a ganhar, e muito, em Wall Street tenham seus recursos origem no campo ou na cidade.

6 – As mortes que presenciamos e vamos presenciar ao longo da pandemia, considerando a crendice da guerra total, assumem a condição de baixas decorrentes de uma batalha pela manutenção da marcha rumo a plenitude cujo sucesso encontra-se associado a continuidade da total submissão ao imperialismo este, conforme a visão deturpada das classes dominantes do Brasil, representando a forma de salvação da civilização ocidental dita cristã.  A distribuição de placebos como forma de economizar recursos preciosos para os banqueiros, a retomada das aulas presenciais, a negativa de auxílio financeiro aos milhões de desempregados, a retirada dos direitos dos trabalhadores, a destruição dos direitos sociais, assumem neste contexto a forma de sacrifício exigida para manter a estratégia de uma guerra. Assim estão a governar o Brasil as classes dominantes.       

domingo, 21 de fevereiro de 2021

MIRIAM LEITÃO ESPERNEIA, ESTREBUCHA E ACABA REVELANDO OS MOTIVOS DA HISTERIA EM RELAÇÃO A TROCA DE ADMINISTRAÇÃO NA PETROBRAS

 



* MIRIAM LEITÃO ESPERNEIA, ESTREBUCHA E ACABA REVELANDO OS MOTIVOS DA HISTERIA EM RELAÇÃO A TROCA DE ADMINISTRAÇÃO NA PETROBRAS

Por Wladmir Coelho

1 – A sra. Miriam Leitão confirmou em seu artigo dominical uma suspeita que vai ganhando forma a respeito da substituição no comando da Petrobras. Escreveu a jornalista de O Globo: “Eles [o general indicado e o presidente do Conselho da empresa um almirante] agora farão juras à economia de mercado e à governança da empresa. Será mentira. Alguns do mercado vão fingir acreditar.” Desta citação leitoniana destaco a expressão “alguns do mercado” e considerando o grau de exigências para pertencer ao elevado círculo das finanças e desta influir em questões como a gestão da Petrobas estamos, de forma evidente, nos referindo aos   muito ricos.

2 – A sra. Leitão a partir da frase em questão revela o tamanho da disputa envolvendo diferenças conflitantes entre frações dos muito ricos. E quais seriam as vantagens daqueles que “vão fingir acreditar”? a ilustre jornalista não explica, mas podemos começar a juntar os caquinhos e perceber os interesses no controle das empresas estratégicas, incluindo a Petrobras, seguindo o caminho óbvio do dinheiro, ou alguém acredita num capitalista a  fingir o lucro? Vejamos: o sr. Roberto Castello Branco foi conduzido à presidência da Petrobras para acelerar a privatização da empresa e assim procedeu atendendo as expectativas do dito mercado entregando a distribuidora BR, a refinaria Landulpho Alves aos apetites insaciáveis dos muito ricos representados nos fundos de investimentos entrelaçados estes, como sabemos, aos grandes bancos nacionais e internacionais.

3 – DÁ CÁ O MEU! Primeiro precisamos entender que o sr. Castello Branco não foi substituído pelo o sr. Castello Vermelho como está a sugerir a histérica reação dos comentaristas econômicos dos jornalões brasileiros criando a impressão de ter indicado, o sr. Jair Bolsonaro, um cavalo dos generais Horta Barbosa ou Estilac Leal para a presidência da Petrobras. Calma minha gente, o sr. general Joaquim Silva e Luna foi apontado para manter, ou melhor, incluir no seleto grupo de beneficiários do saque ao Estado brasileiro os setores da burguesia auriverde ainda não contemplados colocando em prática o combinado na última eleição. As alterações nas administrações das empresas controladas pelo Estado atingem, por isso mesmo, um segundo setor estratégico anunciando o sr. Bolsonaro, depois de concordar com a nomeação de um psiquiatra defensor eletroconvulsoterapia para a coordenação de saúde mental do SUS, que vai “meter o dedo na energia elétrica”.

4 - O sr. general Luna estudou na mesmíssima cartilha do sr. Castello Branco  e seu ardor nacionalista apenas representa uma fração diferente dos muito ricos e segue a tradição entreguista do Marechal Eurico Dutra, do general Juarez Távora sistematizadas pelo gênio da subserviência ao imperialismo o general Golbery do Couto e Silva e não podemos  esquecer daquele militar, homônimo do presidente demitido da Petrobras, a ocupar o posto de primeiro ditador após o golpe de 1964. Estes ilustres senhores defenderam a subserviência do Brasil aos interesses do imperialismo estadunidense e ao longo da ditadura suas ideias e práticas travaram a consolidação da Petrobras como detentora do monopólio estatal do petróleo submetendo a empresa aos limites de um nacionalismo dito “responsável”, ou seja, sem desequilibrar a segurança continental em favor dos Estados Unidos este a defender, conforme a doutrina ainda vigente nas forças armadas, o mundo da guerra total traduzida na mítica do “perigo comunista”.

5 – O sr. Bolsonaro conseguiu, em termos eleitorais, mais uma cortina de fumaça e vai utilizá-la como forma de manter a imagem – junto ao seu eleitorado – de vítima de um sistema contra o qual não possui suficiente forças para derrotar enquanto a dita democracia continuar em prática. Agrada o dito senhor os ingênuos e os sabidões arcando aqueles com a carga dos constantes aumentos dos combustíveis e gás de cozinha em nome da maior lucratividade possível aos trilionários sejam estes nacionais ou estrangeiros encontrando os interesses destes entrelaçados nos fundos de investimentos de Nova Iorque.


quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

ZEMA DORMIU DURANTE A APRESENTAÇÃO DO GENERAL DA SAÚDE?

 





O SR. DIRCEU BORBOLETA DURANTE
A TELECONFERÊNCIA COM O GENERALL PAZUELLO



* ZEMA DORMIU DURANTE A APRESENTAÇÃO DO GENERAL DA SAÚDE?

* QUEM MAIS ACREDITA NAS PROMESSAS DO GOVERNO ALÉM DO SEU ROMEO?

Por Wladmir Coelho

1 – O sr. generall Pazuello, através de videoconferência, comunicou aos governadores a remessa de milhões e milhões de doses de vacinas contra a COVID-19 a partir de abril. A notícia recebeu um balde da água fria quando os representantes dos estados, exceto um, resolveram ler com atenção os slides verificando que para efetivar a promessa ainda faltam detalhes como: aprovação na ANVISA, conclusão de negociações e assinatura de contratos dentre outros pequenos detalhes.

2 – Terminada a conferência do sr. general Pazuello o sr. Romeo Zema, com voz e cara de sono, resolveu anunciar em tom triunfalista a farta distribuição do sonhado imunizante destacando a sorte de Minas em receber milhões e milhões de doses. Vivas foram ouvidos na rádia, louvores impressos no jornal do prefeito de Betim, festa na Cidade Administrativa. Tudo ilusão; dos governadores participantes somente o sr. Zema caiu na conversa ministerial não sei se cochilou na hora do detalhamento das ações ou não entendeu o elevado número de “se” na fala do herdeiro das tradições de Caxias: "se" o contrato for assinado, “se” não faltar matéria prima, “se” não houver interrupção na produção.

3 – A realidade: depois dos atos solenes de vacinação simbólica o quadro é desesperador inexistindo um plano efetivo revelando o total desprezo dos governantes pela população brasileira considerando números insignificantes de vacinados, elevação no total de mortos tudo em nome da ideologia do Estado mínimo com lucro máximo e concentração de renda total.


ELETRICIDADE PRIVADA DO TEXAS DEIXA 4 MILHÕES SEM AQUECIMENTO NO INVERNO MAIS RIGOROSO DOS ÚLTIMOS 30 ANOS

 



* ELETRICIDADE PRIVADA DO TEXAS DEIXA 4 MILHÕES SEM AQUECIMENTO NO INVERNO MAIS RIGOROSO DOS ÚLTIMOS 30 ANOS

* O LUCRO DO SETOR PRIVADO E OS SUBSÍDIOS DO ESTADO

* O BRASIL DOS COLONIZADOS PRONTO PARA COPIAR O MODELO TEXANO

Por Wladmir Coelho

1 – O PIB do Texas ocupa a segunda posição nos Estados Unidos perdendo para a California  apresentando o primeiro um valor superior ao verificado no Brasil a liderança do Estado do Vale do Silício revela a importância do desenvolvimento e inovação tecnológica para a economia estadunidense possibilitando desde o comentarista econômico da Globonews ao mais ingênuo telespectador  perceber as origens da disputa com a China em relação ao controle do 5G.

2 - O Texas e a Califórnia pertenciam originariamente ao México anexados aos EUA a partir dos planos imperialistas justificados, para os consumidores de obras de ficção, na superstição conhecida por “destino manifesto” ainda hoje presente nas ações do império a percorrer o mundo com seu potente armamento a intervir aqui e ali em nome da democracia, dos valores cristãos do ocidente.   

3 – Destes valores cristãos, ocidentais do imperialismo estadunidense destaca-se a crença no culto a dita liberdade de mercado permitindo a transformação do ar, da água, da vida em mercadoria aspecto traduzido no conhecido modelo de saúde daquele país a conferir a quem pode pagar o acesso aos cuidados médicos o mesmo verificando-se no setor habitacional caracterizado pela eternização do pagamento de tributos aos banqueiros apresentando a mesma sorte os jovens interessados em frequentar uma universidade reservando ao modelo civilizatório de mercado, como é possível verificar, o elemento dinheiro como forma de acessar as mínimas condições de sobrevivência. Veja bem, sobrevivência.

4 – A civilização cristã de mercado proporciona uma espécie de seleção daqueles em condições de sobreviver confundindo como mais apto aquele possuidor de dinheiro para pagar e desta forma garantir a reprodução do modo de vida, veja bem agora refiro-me a vida, repleta de liberdades e luxos dos controladores dos hospitais, supermercados, universidades, empresas de tecnologia, bancos todos entrelaçados pelo interesse e necessidade de explorar ao máximo em nome da valorização de suas ações em Wall Street. Este modelo de base religiosa, confundindo os interesses do capital com aqueles de uma nação a rotular de fracassado todo explorado a residir em seu automóvel, alimentando-se da caridade permite, sem o menor constrangimento, a morte de milhares em nome da liberdade do mercado, este considerado um deus, da ausência de legislação a proteger a população da intemperes, do frio extremo. Vejamos um caso concreto:

5 – O Estado do Texas – aquele detentor de um PIB trilionário – não consegue oferecer aos produtores deste valor, a quem chamamos de trabalhadores, as garantias de sobrevivência durante o rigoroso inverno com temperaturas de até 18 graus negativos no segundo Estado mais rico da maior economia do mundo. No Estado da estrela solitária os trabalhadores estão a sofrer com o frio em função dos constantes cortes – parciais e totais – no fornecimento de energia elétrica utilizada, inclusive, para o funcionamento dos aquecedores. As empresas do setor de eletricidade naquele Estado encontram-se controladas pelo competente – e aqui não faço ironia – setor privado. Competente em sua dimensão lucrativa graças aos métodos administrativos a reduzir qualquer tipo de investimento na rede explorando ao máximo o equipamento existente resultando na sobrecarga e pane optando, os distribuidores, pela receita mais simples: cortar o fornecimento para retardar o colapso total e também evitar a compra de energia mais cara em função do aumento do consumo tudo dentro das normas capitalistas.  

6 – A CULPA: Os jornais estadunidenses, aqui em nosso amado torrão traduzidos nas páginas dos grandes veículos com as características coloniais amplamente conhecidas, andam a culpar o corte de energia como decorrência da inesperada onda de frio e devem existir por lá aqueles acreditando em castigos sobrenaturais preferindo os capitalistas a transferência das responsabilidades ao Estado resultando este último aspecto a corrida e exigência de novos incentivos dos cofres estatais. Sim, os controladores do setor de eletricidade do Texas querem mais dinheiro público para investir na ampliação da capacidade da rede e recebem da imprensa dominante o devido apoio cobrando esta a imediata satisfação dos muito ricos. O Estado, por sua vez, representado pelo governador republicano, Greg Abbott, resolveu culpar as empresas capitalistas do setor de energia eólica e as forças da natureza protegendo os donos do petróleo e aqueles da eletricidade. A disputa pelo setor energético não é brincadeira e sua desorganização provoca mortes.

7 – O modelo texano de energia elétrica aproxima-se daquele defendido pelo governo brasileiro da fragmentação – aplaudido pelos comentaristas e defensores da democracia da Globonews, Band News, CNN e outras empresas com nome e atuação colonizadas -   substituindo a prática adotada anteriormente de centralização criando, o modelo “modernizante”, uma série de geradores e distribuidores com políticas econômicas diferenciadas impedindo o planejamento e intervenções imediatas em momentos de crise gerando a lucratividade e valorização das ações em Nova Iorque e péssimos serviços no Brasil.

8 – O discurso privatista – vide o caso estadunidense – não exclui a presença do Estado transformado este em simples financiador dos apetites do capital e neste ponto encontramos os fundamentos, os interesses presentes nas chamadas reformas implantadas no Brasil todas, sem exceção, a enfraquecer, deturpar, afrontar, desrespeitar os princípios presentes na Constituição – essa exaltada em sua dimensão política nos editoriais dos grandes meios de comunicação e execrada em seu elemento econômico notadamente nos aspectos relativos aos direitos sociais – introduzidos a partir da necessidade de superação do modelo econômico de base colonial decorrendo desta as determinações para o planejamento econômico considerando, inclusive, a constituição de empresas nos setores da energia, abastecimento alimentar, da água, do esgoto da comunicação e precisamos entender; a partir da Petrobras, Eletrobras, Telebras as empresas estaduais de energia,  saneamento e telefonia o Brasil criou as bases para a superação do atraso econômico.

9 – Criou as bases, note bem, todavia a superação foi sabotada, travada pelos interesses do capital interno e externo combinado o primeiro ao segundo revelando a necessária revisão do modelo proposto um tema a confundir os ingênuos com a necessidade de privatização e entrega do patrimônio do povo brasileiro aos interesses do lucro de Nova Iorque.   


quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

OLIGOPÓLIO DAS PLATAFORMAS E DESTRUIÇÃO DO PEQUENO E MÉDIO EMPRESÁRIO

 


* HOJE NO GOVERNO AMANHÃ NA CORPORAÇÃO A PROMISCUIDADE DO CAPITAL

* OLIGOPÓLIO DAS PLATAFORMAS E DESTRUIÇÃO DO PEQUENO E MÉDIO EMPRESÁRIO

* TRABALHADORES DE APLICATIVOS E A ILUSÃO EMPREENDEDORA

* ESTADO FRACO PARA O POVO E FORTE PARA O CAPITAL

Por Wladmir Coelho

1 – Em 2019 o governo da Índia estabeleceu alguns limites ao capital estrangeiro aspecto que desagradou, dentre outros, a AMAZON responsável pelo controle naquele país da plataforma de vendas com mais de 400 mil comerciantes dos quais apenas 33 controlam um terço das vendas segundo documentos da própria multinacional estadunidense. A situação fica ainda mais assustadora quando acrescentados ao número inicial duas empresas associadas a própria AMAZON como responsáveis por 35% das transações revelando em termos práticos 35 empresas dentre 400 mil a controlar dois terços das vendas no segundo país mais populoso da Terra.

2 – Para resolver a questão a AMAZON colocou em ação o ex-secretário de imprensa durante o governo de mr. Barack Obama, Jay Carney, atual executivo da multinacional, a mexer os pauzinhos cobrando aqui e ali os favores, utilizando as informações de todos os tipos reunidas e conhecidas durante o período em que esteve no governo em defesa da corporação revelando o quanto a balela do livre mercado encontra-se ancorada na liberdade de circulação dos representantes dos interesses do capital nos diferentes segmentos da administração pública ilustrando, no caso brasileiro, os interesses presentes na dita reforma administrativa caracterizada pela extinção do concurso público liberando aos chefes de executivo, do prefeito ao presidente da república, a livre nomeação de apadrinhados e dependendo do cargo com a necessária benção dos banqueiros como ocorre com o Banco Central independente, precisamos reforçar, de qualquer compromisso com os interesses nacionais.

3 – Em 2020 a AMAZON apresentou lucro de US$ 21,3 bilhões um crescimento de 84% em relação ao ano anterior um poder econômico fantástico a serviço da destruição do pequeno em beneficio dos oligopólios comerciais passando o fato concentração despercebido dos pequenos comerciantes sustentando estes a sua própria eliminação muito bem conduzida a partir de campanhas publicitárias sofisticadas reforçando a ideologia do momento, a saber, a liberdade empreendedora entendida esta em sua dimensão individualista ocultando uma espécie de darwinismo econômico.

4 – Quando um pequeno ou médio empresário, aquele nosso vizinho de classe média, aceita participar do esquema AMAZON enquadra-se, sem perceber, aos interesses medidos em bilhões, trilhões de dólares  a divulgar de forma privilegiada outras tantas empresas controladas de forma direta ou indireta pelo proprietário da plataforma a exemplo de supermercados, industrias e revendas de vestuário, sapatos, automóveis e ainda paga, o nosso vizinho, para aumentar os valores das ações dos muito ricos tornando-se mais um explorado acreditando possuir autonomia de “empresário” igualzinho acontece aos trabalhadores da 99, Uber e demais membros do oligopólio das plataformas comerciais.

5 – O oligopólio das plataformas comerciais utiliza-se da ideologia da dita liberdade empreendedora fundada na crença das oportunidades ocultando o quanto impedem a concretização da promessa de liberdade a partir do controle das pesquisas no setor e não  resultando estas em patentes eternas – aquelas do Vale do Silício -  acrescidas do poder de escala resultante da concentração efetivada a partir das incorporações, fusões ou eliminação física de eventuais concorrentes. Neste sentido aplicam desde a redução dos preços para eliminação de potenciais rivais para em seguida utilizar valores de monopólio privado incluindo a elevação das taxas daqueles iludidos com as promessas do liberalismo ou neoliberalismo econômico.

6 – O controle oligopolizado de vastos setores do mercados interligados a partir dos fundos de investimentos internacionais não será derrotado a não ser que o Estado, notadamente nos países de economia de base colonial, assuma a função de planejar controlando diretamente os setores estratégicos – energia, alimentação, pesquisa e inovação tecnológica – aspectos ainda presentes na Constituição de 1988 enfraquecidos ou ameaçados a partir do festival de reformas a favor dos muito ricos.

7 – O Brasil, neste contexto, segue aceleradamente a transformação de seus trabalhadores – incluindo aqueles iludidos com as promessas empreendedoras – em sujeitos superexplorados  em favor dos interesses do capital e aqui devemos recordar que neste processo não há espaço para todos aspecto, quem sabe, a explicar a opção pela morte e fragilidade sanitária observada em nossos dias.    


segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

CLASSE MÉDIA ACREDITA PERTENCER AO MUNDO ENCANTADO DOS MUITO RICOS

 



* CLASSE MÉDIA  ACREDITA PERTENCER AO MUNDO ENCANTADO DOS MUITO RICOS

* NOS EUA A DÍVIDA DOS PEQUENOS E MÉDIOS EMPRESÁRIOS FOI PERDOADA

* QUEM VAI DAR O BEIJO NA BELA ADORMECIDA OXIGENADA ?

Por Wladmir Coelho

1 – A classe média auriverde adora, idolatra o discurso moralista repleto de falsidades históricas associando a tragédia econômica nacional a corrupção sem perceber o quanto este costume está a promover os interesses dos muito ricos acreditando o modesto proprietário da padaria, da lojinha de 1,99, do restaurante, do colégio do bairro enfim todos aqueles encalacrados na fúria bancária uma instituição responsável por expropriar milhares de apartamentos com varandas gourmet, carrões ao estilo SUV, suspender cartões de crédito, renegociar dívidas de modo a permitir a sua eternização transformando os iludidos com investimentos em Wall Street em superexplorados, ingênuos defensores de um modelo a destruí-los.

2 – Os senhores e senhoras dos cabelos artificialmente louros e das roupas e calçados de marca tornam-se vítimas da formação colonial reforçada na doutrinação a partir do modelo estadunidense do empresário vitorioso o indivíduo a superar os problemas graças a sua condição de empreendedor – o fundamentalismo religioso  tem papel também e para este fim basta ver o quanto determinadas empresas do setor congregam em cultos reservados os empresários de classe média –  Perceberam o problema?

3 – Respondo: a ilustração desta postagem representa a contradição da ideologia do individuo a superar as dificuldades revelando a elevada dependência ou submissão, aprisionamento da classe média ao setor bancário transformando esta em tributária dos muito ricos. Ao longo da presente crise os bancos emprestaram dinheiro a partir dos recursos recolhidos junto a massa de correntistas – inclusive de classe média – reduzindo o governo o valor a ser depositado no Banco Central sem falar nas isenções legais e oportunistas oferecidas aos tubarões com relação aos impostos ou programas especiais de financiamento com recursos públicos.

4– Os bancos centralizaram estes valores e cobraram juros desconsiderando a mínima possibilidade de perdão afiando as garras para apoderarem-se de mais apartamentos, automóveis, imóveis comerciais sempre em defesa da propriedade privada, a deles, amarrando a classe média em sua crendice ideológica impedindo a reivindicação da anulação da dívida preferindo, vejam só, o ódio aos balconistas, cozinheiros, garçons, caixas, pessoal do serviço geral entendendo como forma de superação da tragédia econômica de nossos dias uma espécie de retorno ao período anterior a 1930 a saber; sem direitos trabalhistas, sem direitos sociais.

5 – Tadinhos da sinhá e do sinhô de classe média acreditando pertencerem ao mesmo mundo do sr. Leôncio, aquele da Escrava Isaura, ignorando a sua condição de assalariados dos antigos proprietários de escravos hoje com seu capital, acumulado às custas do trabalho compulsório e devidamente bajulado pela classe média, investido nos bancos, financeiras e até no setor produtivo. A sinhá que cresceu assistindo novela das seis sonhando em andar de liteira e se casar com o sinhozinho vai às ruas com narizinho de palhaço e bandeira nacional exigindo a reabertura oficial da senzala, mas esquece de perguntar: sem escola pública, sem saúde pública o tal custo brasil vai aumentar ou diminuir? sem direitos trabalhistas e salários lá no chão quem vai comprar na minha padaria? Sem o perdão da dívida com os bancos dos pequenos e médios quem vai matricular o menino do colégio do bairro? Apenas para recordar: a metrópole endeusada pela madame do bairro autoproclamado nobre resolveu anistiar parcela considerável das dívidas dos pequenos empresários isso lá, aqui a conversa é ao estilo senhor de engenho.

6– A classe média assimila o discurso dos cursinhos das suas associações de classe, culto dos empresários na Universal e pronto! jamais entendeu a condição de dependência do Brasil, não consegue criticar a sua formação racista, antinacional destruindo qualquer possibilidade de superação do atraso, acreditando nos comentaristas ditos econômicos a cantar o investimento na bolsa como salvação da lavoura ocultando tratar-se este método em mais uma forma de transferência dos recursos do trabalho para os muito ricos. A classe média precisa urgente despertar do sono, da overdose de cloroquina. Quem vai dar o beijo na Bela Adormecida?  


domingo, 14 de fevereiro de 2021

QUEM COM O FERRO FERE; OLIGOPÓLIO DAS SIDERÚRGICAS DOS EUA RECUSA PROPOSTA INTERVENCIONISTA DE BIDEN

 


* QUEM COM O FERRO FERE; OLIGOPÓLIO DAS SIDERÚRGICAS DOS EUA RECUSA PROPOSTA INTERVENCIONISTA DE BIDEN

* AS CONTRADIÇÕES DO CAPITALISMO

* PRODUZIR O SUFICIENTE PARA GARANTIR O CAPITAL FICTÍCIO

Por Wladmir Coelho

1 – O apelo de mr. Biden ao setor siderúrgico para elevação da produção de aço recebeu do setor uma sonora gargalhada dos controladores do oligopólio interessados em manter as taxas de lucros e religar os fornos corresponde, segundo a declaração do representante da Cleveland-Cliffs Inc. e a US Steel Corp., a reduzir os preços para em seguida desativar os mesmos.

2 – O setor automobilístico, das geladeiras e fogões esperneia, estrebucha alegando falta do essencial para a produção revelando as contradições de um modelo desordenado, desorganizado no qual o vale tudo do lucro não admite o mínimo planejamento  a não ser aquele fundado nos interesses corporativos, via de regra, voltados a redução dos salários, do quantitativo de trabalhadores, extinção de direitos trabalhistas, dos imposto, concentração e financeirização da economia.  

3 – Monteiro Lobato escreveu ainda nos anos 30 “O Escândalo do Petróleo e do Ferro” denunciando o poder destas duas corporações – as famílias a controlar o setor internacionalmente continuam as mesmas e depois da 2ª Guerra Mundial associadas aos antigos financiadores do nazismo – revelando as práticas destrutivas responsáveis pela redução do Brasil a condição de economia extrativista, com relação ao minério de ferro, importadora de gasolina graças a intromissão das Sete Irmãs na geologia nacional negando a existência de petróleo em nossas terras. A forma encontrada para superar o quadro de atraso industrial era óbvio: intervenção do Estado na economia e assim procedeu o presidente Getúlio Vargas a partir do incentivo ao modelo empresarial estatal como sustentáculo da modernização econômica capitalista criando a Vale do Rio Doce para minerar, a Companhia Siderúrgica Nacional de Volta Redonda para transformar. Em 1953 assumiu a criação da Petrobras e planejou a Eletrobras sem esquecer a energia atômica, como as demais iniciativas citadas, bicotada ainda em nossos dias.  

4 – Enquanto isso na sede do capitalismo mundial os muito ricos admitem intervenção somente para a transferência de suas dívidas ao Estado aliviando o risco dos bancos e deles mesmos todos unidos, bem juntos presos numa mágica atração; aquela dos fundos de investimentos a dominar a lógica da inércia produtiva em nome da maior taxa de lucro possível uma contradição a destruir empregos mantendo, todavia, o padrão do luxo dos muito ricos. Enquanto isso mr. Biden segue com seus apelos sem a coragem e as condições de intervir.  


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

OS LIMITES IDEOLÓGICOS DO PREFEITO DE BELO HORIZONTE

 


* OS LIMITES IDEOLÓGICOS DO PREFEITO DE BELO HORIZONTE

* A BURGUESIA AURIVERDE UM CASO DE AMOR COLONIAL

Por Wladmir Coelho

1 - O limite do sr. Alexandre Kalil é ele mesmo, o limite de quem não consegue superar a sua condição ideológica a submeter a economia, a política enfim a vida aos desígnios da necessária espera da superação do atraso a partir do vencimento de etapas permitindo aqui e ali alguns ajustes, mas sempre em defesa da manutenção da forma e não é sem motivo, e basta ler as declarações inclusive de um secretário municipal, a transferência da culpa da inundação a construção das residências em local não recomendado ou ainda apontar para a presença de lixo nas galerias como  causa sem explicar a respeito das condições de manutenção e mesmo a origem dos “carrinhos de supermercado”.

2 – O mandatário belo-horizontino não consegue colocar em prática a imagem idealizada, publicitariamente construída de um destemido a defender os mais fracos preferindo bater na mesa, quando o assunto é inundação de um bairro da periferia, em nome da naturalização da crise sem apontar as causas e menos ainda sem propor a superação, eis a origem dos limites do sr. Kalil idêntica aos demais liberais, neoliberais todos aprisionados nas velhas e carcomidas crenças da burguesia colonizada a divergir quanto ao uso da Cloroquina a convergir na economia.  

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

FACEBOOK ASSUME CENSURA AOS CONTEÚDOS POLÍTICOS

 



* FACEBOOK ASSUME CENSURA AOS CONTEÚDOS POLÍTICOS

* REFORMAS E CENSURA INICIAM-SE NA MESMA SEMANA NO BRASIL, COINCIDÊNCIA?

* O QUE TEM A PETROBRAS COM A CENSURA?

* GAFAM, SETE IRMÃS O PODER DAS CORPORAÇÕES

Por Wladmir Coelho

1 – O Facebook oficializou o que todos sabíamos: os famosos algoritmos agora passam censurar os temas “políticos” primeiro no Brasil, Canadá e Indonésia ficando os Estados Unidos para as próximas semanas. A empresa não informou a fórmula para a classificação dos temas considerados políticos limitando-se a justificar a ampliação da censura ao desejo da maioria dos usuários “incomodados” com a quantidade de postagens associadas ao tema.

2 – A defesa da maioria sem explicar a qual refere-se serve muito bem para enganar os ingênuos, afinal a corporação em questão representa parcela considerável dos muito ricos incluindo o seu controlador interessado em manter a exaltação ideológica ao modelo econômico amparado na superexploração dos trabalhadores, base para a manutenção das taxas de lucro, permitindo a continuidade do processo especulativo em Wall Street e deste o aumento dos ganhos. Para manter este modelo necessitam os muito ricos concentrar o controle da produção, das finanças tornando assim evidente o domínio político aspecto vital para a regulamentação da dita liberdade de mercado caracterizada pela ausência de direitos sociais entendidos estes como ameaça a propriedade privada considerando a necessidade de tributação para a sua efetivação.

3 – A escolha do Brasil como país a iniciar a aplicação da censura corporativa coincide com o reinicio das votações das ditas reformas incluindo a aprovação da independência do Banco Central seguida esta da administrativa cujo objetivo é sepultar os direitos sociais transformados em serviços legalizando a entrega dos recursos da educação, saúde, serviços sociais aos banqueiros, fundações e institutos ligados aos fundos de investimentos internacionais seguida da reforma tributária pronta para isentar os ricos e taxar ainda mais os trabalhadores.

4 – Observe: a maioria a ser defendida através das medidas repressivas do Facebook localiza-se no interior da minoria dos muito ricos hoje, no setor tecnológico, resumidos no acrônimo GAFAM iniciais do oligopólio das Big Techs Google, Aple, Facebook, Amazon, Microsoft controladoras de valores 5 (cinco) vezes superiores ao PIB Brasileiro.

5 – Para finalizar aponto aqui uma questão prática relativa aos métodos para intervenção do GAFAM na política econômica do Brasil: como sabemos a privatização da Petrobras, empresa estratégica para qualquer projeto de emancipação nacional, ocorre a partir do fatiamento da antiga detentora do monopólio estatal do petróleo ocorrendo assim a venda da rede de distribuição ao varejo seguida das refinarias ocupando a Landulpho Alves – RELAM – a condição de primeira da fila entregue recentemente ao fundo Mubadala controlado pelos príncipes árabes. O dito fundo de base estatal possui parcela considerável de suas aplicações exatamente na corporação iniciada com G de GAFAM.

6 – Ao longo do século 20 as grandes empresas petrolíferas colocaram (?) seus interesses como norma para a elaboração das diferentes políticas econômicas a partir da divisão do planeta em áreas de influência entre as chamadas 7 Irmãs. Os príncipes árabes, controladores do Mubadala, encontram-se associados aos antigos trustes petrolíferos e estes ao GAFAM aplicando com ares de modernidade antigos métodos de submissão aos interesses do capital incluindo a CENSURA ontem e hoje apresentada como defesa das maiorias contra o perigo “comunista” uma espécie de fantasma a simbolizar a condição provisória de um modelo visivelmente decadente.       


quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

CONHEÇA O SÓCIO OCULTO DA OBSCURA VENDA DA REFINARIA DA PETROBRAS NA BAHIA

 

* CONHEÇA O SÓCIO OCULTO DA OBSCURA VENDA DA REFINARIA DA PETROBRAS NA BAHIA

* QUEM DETERMINA OS PREÇOS DOS ATIVOS DA PETROBRAS?

* O SAQUE DO ESTADO BRASILEIRO PLACIDAMENTE ASSISTIDO PELO EXÉRCITO

Por Wladmir Coelho

1 – A refinaria Landulpho Alves (RELAM) na Bahia foi vendida por US$ 1,65 bilhão, metade de seu valor real segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), para o fundo de investimentos Mubadala controlado pelo governo dos Emirados Árabes Unidos, sim um fundo de controle estatal dirigido pelos príncipes sócios da dinastia Bush comprou a reinaria baiana. O fato venda da RELAM foi amplamente divulgado, mas temos até aqui além da metade do preço a metade da informação e vejamos o motivo; o jornal Valor Econômico do dia 10 de fevereiro informa o seguinte: “Mubadala pode ter fundo americano como sócio na RLAM”  segundo o jornal da burguesia nacional o agente oculto seria a Diatoms chefiada por Todd Morley um conhecido especulador de dividas públicas e privadas aquelas controladas pelos famosos fundos abutres compradas a preço de banana e cobradas com juros de agiota através da justiça estadunidense – com jurisdição internacional em função dos cercos denominados genericamente de sanções econômicas e quando estes não funcionam através dos mísseis -  proporcionando elevados lucros aos seus detentores e prejuízos gigantescos aos endividados perdendo estes, quando países, a soberania nacional, quando indivíduos a moradia, a dignidade, a vida.

2 –Retornando ao fato valor de venda da RELAM devemos ainda observar a condição de oscilação destes conforme os interesses dos especuladores e apenas para ilustrar a fraude recordo a recente questão envolvendo, segundo os jornais, pequenos investidores que utilizando as conhecidas técnicas dos grandes inflaram as ações da decadente  GameStop elevando o valor total desta de US$ 1,3 bilhão, em apenas dois dias, para US$ 21 bilhões com ações alcançando, em 10 de fevereiro após a denúncia de manipulação e sucessivas quedas, US$ 50,31 enquanto a Petrobras era negociada em US$ 10,28.

3 - O mundo da especulação encontra-se completamente distante da realidade permitindo a valorização de uma rede decadente de lojas de jogos para adolescentes enquanto desvaloriza uma empresa petrolífera detentora de tecnologias sofisticadas, mão de obra altamente especializada, vasta rede de plataformas, rede de refino e distribuição de combustíveis. O valor atribuído a RELAM pode ser entendido como ainda mais reduzido quando observamos a sua condição estratégica para o abastecimento regional correndo os estados e  municípios atendidos, e nestes as atividades econômicas privadas e públicas, o risco de desabastecimento considerando a transferência da elaboração da política econômica do petróleo para Wall Street a partir dos interesses dos acionistas dispostos, conforme observado, a elevar ou diminuir o valor das ações utilizando de todos os meios para este fim. Imaginem amanhã a RELAM utilizada como espécie de boi de piranha a ser dilapidada para garantir os meios necessários a especulação como fica a situação econômica regional? O exemplo da empresa privada responsável pela distribuição da energia elétrica no Amapá revela o quanto a irresponsabilidade constitui um componente da forma capitalista de administrar e os compradores da refinaria baiana são conhecidos por participarem do chamado mercado de risco, manipulador por natureza.

4 – O governo brasileiro pouco ou nada preocupa-se com a segurança energética nacional dedicando seus esforços a entrega dos setores estratégicos amparado em justificativas ideológicas legitimando um verdadeiro saque semelhante aos sofridos por nações ocupadas por forças militares estrangeiras a serviço das elites econômicas vencedoras. O caso brasileiro apresenta, para nossa vergonha, a conivência daqueles encarregados constitucionalmente pela defesa dos interesses nacionais apresentando uma parcela considerável destes a preocupação em manter cargos de chefia (ministros, secretários...) ignorando totalmente a política da morte física e simbólica de nosso povo.

5 – Como é possível observar o governo brasileiro entregou a sanha das hienas da especulação internacional uma refinaria detentora de monopólio regional – outras estão prometidas aos ditos investidores internacionais -  agora incluída na lista de ativos a gerar recursos aos muito ricos as custas dos trabalhadores brasileiros submetidos aos interesses de um monopólio privado.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

SIGA O DINHEIRO; QUAL A RAZÃO DA HISTERIA PELO RETORNO DAS AULAS PRESENCIAIS EM PLENA PANDEMIA?

 





* SIGA O DINHEIRO; QUAL A RAZÃO DA HISTERIA PELO RETORNO DAS AULAS PRESENCIAIS EM PLENA PANDEMIA?

* ECONOMISTAS, PEDIATRAS TODOS OPINAM NA EDUCAÇÃO MENOS OS PROFESSORES

* A PSEUDOCIÊNCIA DA IMPRENSA BURGUESA

*  ABANDONO DA JUVENTUDE E SAÚDE MENTAL

Por Wladmir Coelho  

1 – A retomada das aulas presenciais em plena pandemia segue o clássico modelo das campanhas de interesse do capital amparadas em vasta publicidade disfarçada de artigos assinados por “técnicos” sem revelar estes a serviço de qual técnica encontram-se, reportagens pretensamente em defesa dos “mais necessitados” sempre identificada ideologicamente no discurso da  incapacidade do Estado diante do dinamismo da iniciativa privada. Estas peças publicitárias apresentam acusações contundentes contra os profissionais da área atacada, via de regra, pautadas no discurso moralista contra o funcionalismo público acusado desde possuir, de forma indistinta, elevados salários e privilégios, uma postura acomoda em função da condição estável de seu cargo ocupado a partir do concurso público criando a falsa associação entre o atraso nacional e a existência de um Estado minimamente – e reforço o minimamente – em condições de oferecer aos trabalhadores o acesso à educação, saúde, assistência social.     

2 - Neste ponto precisamos esclarecer o seguinte: considerando o ano da independência política (1822) até a Revolução de 1930 o serviço público brasileiro foi caracterizado pelo apadrinhamento político como forma de ocupação dos diferentes cargos, geralmente, voltados as questões burocráticas, recolhimento de impostos, repressão e defesa. Vejamos; o Estado mínimo dos sonhos e práticas dos neoliberais existiu ao longo de 108 anos em nosso auriverde torrão e não possibilitou nenhuma alteração do modelo econômico dependente, de base colonial, agroexportador, ao contrário, foi a forma para manter a dependência. As primeiras  alterações significativas da clássica subordinação ao imperialismo efetivam-se a partir de 1930 apresentando em sua justificativa a seguinte observação aplicada naquele momento histórico: o Brasil para superar o seu atraso deve implantar um modelo produtivo de princípio capitalista com efetiva presença do Estado indispensável para construir toda a estrutura para além do transporte, energia e comunicação incluindo a chamada indústria de base responsável pelas condições de processamento da matéria prima notadamente o minério de ferro complementada, nos anos 50, pela instituição do monopólio do petróleo exercido pela Petrobras garantindo o controle nacional deste setor estratégico.  

3 – Ao Estado brasileiro fica assim apontada a missão de planejar e executar – ainda que sem o uso efetivo das técnicas de planificação – atividades econômicas e empresariais complexas impondo esta nova realidade a necessária  criação dos instrumentos para a seleção de funcionários não mais relacionadas ao grau de parentesco com o chefete político e muito menos ainda subordinadas ao humor deste. O processo de modernização nacional efetiva-se a partir da criação de um corpo de funcionários públicos a trabalhar considerando um plano de superação do atraso incluindo neste contexto a educação entendida como instrumento de intervenção econômica. Apresenta este modelo educacional falhas? Evidente, afinal não estamos tratando de uma visão ingênua da educação amparada na imparcialidade das ciências e sim de um projeto de superação do atraso em fundamentos capitalistas priorizando este a formação, para os filhos das classes trabalhadoras, voltada ao conhecimento mínimo necessário ao trabalho repetitivo, mecanicista enquanto para os jovens de classe média preparavam-se para o gerenciamento ficando aqueles das classes dominantes em sua cômoda posição de controlar os meios de produção e por isso mesmo seguindo a prática de receberem formação em parte no Brasil em parte no exterior.

4 – A critica ao modelo educacional será uma constante ao longo dos 30 anos seguintes àquele  dos anos 30 recebendo atenção de nomes como Anísio Teixeira, Darcy Ribeiro, Álvaro Viera Pinto, Florestan Fernandes, Paulo Freire apresentando estes diferenças e convergências notadamente quanto a oferta da escola pública, laica, gratuita aspectos iniciados, devemos observar, a partir de 1930 e ainda hoje vigentes. A educação, como é possível observar, não constitui desta forma uma entidade mágica sem ligação com as necessidades e práticas da economia, da política apresentando em sua estrutura de organização – aqui recordando Álvaro Vieira Pinto ainda nos anos 50 e 60 – o formato determinado a partir dos interesses das classes dominantes e por isso mesmo elitista em sua concepção a transformar-se em  popular quando responder aos interesses dos trabalhadores assumindo estes a condição de elaboradores e executores das políticas para a sua organização possibilitando assim entender a necessária ligação entre transformação política e educacional.

5 – A Constituição de 1988 apresentou avanços relativos a educação elevada a condição de direito social e desta ao financiamento a partir da vinculação da arrecadação com recursos reunidos no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB -  apresentando este o montante de  R$ 156,3 bilhões em 2019 um prato suculento aos olhos dos banqueiros e fundos de investimentos acostumados a viver do suor alheio. Muitos professores ainda não perceberam, mas encontram-se no interior de uma disputa de grandes proporções muito além do prédio escolar envolvendo interesses sediados em Wall Street.

6 – Esta disputa envolve as técnicas apresentadas no início deste texto reduzindo, em termos práticos, a função do professor a simples aplicador de processos educacionais mecanizados elaborados a partir dos interesses empresariais a ponto de pouco ou nada interessar a posição e opinião dos profissionais da educação na elaboração das políticas do setor. Os representantes do capital de forma sutil assumem a representação da educação;  primeiro chegaram os economistas de mercado com seus múltiplos modelos de gráficos impondo um novo e “genial” formato para a organização da escola pública a partir dos fundamentos empresariais, ou seja, aplicou-se no setor público o princípio do maior lucro possível uma cópia dos modelos de administração das grandes corporações internacionais caracterizados pela incorporação, compra ou simples eliminação física da concorrência aumentando o seu poder econômico em decorrência da concentração em direção ao monopólio.

7 – Depois chegaram os descolados de sapatênis e roupas transadas das organizações mantidas pelos bancos, fundações e institutos com aquele discurso polvilhado de modernidades adotando uma escola aqui outra acolá pinçando “sucessos” individuais amplamente divulgados em seminários, encontros, filmes motivacionais, cursos mil sempre pautados na impossibilidade pós-moderna de transformação social a partir das necessidades nacionais, de um projeto popular apresentando em seu lugar a individualização, a competição e desta a eliminação de seu igual como forma de sucesso. Este formato não é apresentado em sua forma fria, mas devidamente perfumado, asséptico embrulhado em papel colorido com fotografias comoventes, geralmente, denominado projeto de vida vendido a preço de ouro via programas de capacitação, formação e aplicação nas escolas públicas.

8 – Este modelo educacional recebeu em 2017 sua estrutura legal a partir da dita reforma do ensino médio extinguindo esta, por exemplo, o ensino da História reduzido ao quadro das ciências humanas para oferecer maior espaço aos interesses do mercado buscando este vender cursos rápidos de profissionalização e ainda implantar de forma definitiva a crença na imutabilidade da sociedade restando aos jovens a simples adequação a forma, a saber, um mundo sem direitos trabalhistas, à saúde, à educação no qual trabalha-se no período da manhã na escola aplicando as apostilas vendidas pelos banqueiros através de seus prepostos, a tarde na entrega sanduíches, a noite auxiliando os demais membros da família na costura de calças e nos finais de semana ainda encontra tempo para o empreendedorismo vendendo panos de prato nos cruzamentos mais movimentados.

9 – Os muito ricos encontram na forma concentração o instrumento para reproduzir a sua riqueza e concentrar implica em necessária eliminação inclusive física de eventuais empresas concorrentes encontrando esta prática a extinção dos médios e pequenos antigos fornecedores ou dependentes dos empregos e salários dos grandes eliminados seguindo a lógica empresarial de administração escolar estes mesmos princípios representando a campanha internacional para o  retorno das atividades presenciais, em plena pandemia e sem a expectativa de vacinação, a elevação do interesse pelo lucro acima do direito à vida, naturalmente acompanhado da adocicada fala de institutos, fundações e outros meios de representação do capital apresentando-se este em nome da defesa dos direitos escudado por discurso pseudocientíficos.

10 – Exemplos para ilustrar a nefasta campanha não faltam no Brasil e no exterior e aponto aqui alguns a iniciar pelo jornal tido por muitos, inclusive esquerdistas, como isento entendido este termo como aquele que ouve os “dois lados” resultando este em incontestável verdade acima, portanto, das posições políticas de “direita” ou “esquerda”; refiro-me ao espanhol “El País” em sua edição do dia 2 de fevereiro na qual encontramos o seguinte título: “Escolas reabrem entre medo da covid-19 e do atraso no aprendizado.” Ao longo do material o jornal relata a abertura de escolas, a insegurança dos país, a posição contrária dos professores coroando a isenção jornalística com a posição científica de uma pediatra: “manter as escolas fechadas não está protegendo a maioria das crianças e ainda as expõem a uma série de outros riscos como desnutrição, violência e déficit de aprendizado.” Continuando sua caminhada no mundo da pedagogia e revelando vasto conhecimento do setor educacional completa a ilustre doutora que afirma ter estudado os famosos protocolos das redes estadual e municipal de São Paulo :“Pelo que a gente viu, tanto as escolas particulares como públicas fizeram adaptações importantes e estão se preparando para fazer uma volta às aulas segura”  e aprofunda a sua certeza cientifica: “As escolas que já reabriram ao redor do mundo não causaram uma explosão no número de casos, não foi constada essa relação de causa e efeito em lugar nenhum.”

11 – O jornal pouco interessou-se em perguntar a douta representante da ciência quais escolas foram honradas a presença física “da gente”, quais adaptações importantes foram realizadas além da origem da afirmação que a reabertura de escolas “ao redor do mundo”, confesso que o termo é dúbio podendo ser entendido como escolas na lua,  sem a constatação de uma “explosão” dos casos ou inexistência de relação causa e efeito. O jornal simplesmente limitou-se a legitimar a campanha contra a vida utilizando um discurso pretensamente técnico e isento, todavia limitado quando efetivam-se questionamentos mínimos a respeito da origem das afirmações.

12 – A campanha contra os professores, como afirmei anteriormente, não encontra-se restrita ao Brasil apresentando uma organização internacional atuando do mesmo modo, por exemplo, nos Estados Unidos utilizando os grandes jornais as mesmas práticas ditas cientificas acusando, inclusive, os professores de anti-intelectuais, negacionistas um discurso para confundir, enganar. Vejamos o exemplo do The Washington Post que através de editorial informa: “Concluíram os cientistas do CDC escrevendo no JAMA,  Journal of the American Medical Association: ‘há poucas evidências de que as escolas tenham contribuído significativamente para o aumento da transmissão na comunidade’ ”. O editorial em questão quase oferece uma legitimidade “científica”  para a nossa pediatra paulista diferenciando-se no quantitativo ficando o primeiro no “poucas evidências” enquanto a segunda radicaliza afirmando não existir relação de causa e efeito “em lugar nenhum”, contudo, o mais grave encontra-se na clara deturpação praticada pelo  jornal estadunidense que utilizou parte da informação anunciada aspecto a ser comprovado a partir da porta-voz da Casa Branca . Quando perguntada a respeito artigo do JAMA como garantia para o retorno das aulas presenciais a porta-voz procurou responder, de modo a agradar o mercado, do desejo de mr. Biden em ver reabertas as escolas destacando, todavia, as limitações da pesquisa citada no Washington Post e outros veículos de comunicação efetivada a partir de uma escola rural no Wisconsin indicando a autora da pesquisa preocupações com estabelecimentos localizados em grandes centros somados as diferenças de recursos entre as escolas destinadas aos filhos dos trabalhadores e aquelas frequentadas pelos ricos isso na maior economia do mundo diferença solenemente ignorada pelo El País.  

13 – Em artigo publicado em novembro de 2020 a revista Nature, para horror do cientifico El País e sua pediatra, publicou o resultado de uma pesquisa reforçando a necessidade de suspensão das atividades presenciais concluindo o seguinte: “o fechamento de escolas nos Estados Unidos reduziu a incidência e mortalidade do COVID-19 em cerca de 60 por cento.”  Ainda “ao redor do mundo” temos a recente pesquisa da dra. Simona Bignami da Universidade de Montreal e dr. John F. Sandberg da Universidade George Washington revelando a infecção de crianças e jovens entre 10 e 19 anos como causa da contaminação de adultos entre 30 e 49 anos desmentindo a crença da reduzida capacidade transmissiva das crianças amplamente difundida nos meios dedicados a desinformação.

14 – A campanha irresponsável em defesa da retomada das aulas presenciais surge ainda como apelo a “saúde mental” dos estudantes apontando inclusive um aumento nos casos de depressão atribuídos de forma genérica a falta das aulas na escola um ponto a ser estudado inclusive após o eventual retorno considerando o quadro extremamente complexo vivenciado pelos jovens brasileiros, como sabemos, a maior parcela de desempregados expostos a superexploração das entregas por aplicativo e outras formas de  subempregos convivendo ainda com o desemprego dos pais e sem perceber o mínimo de possibilidades para superar as dificuldades jogados daqui pra lá como simples objetos a disposição do capital a receber em troca de suas angustias promessas vazias na forma de valorização do individualismo.

15 – As contraditórias informações “científicas” das classes dominantes para justificar a retomada das aulas presenciais em plena pandemia aplicadas para confundir o trabalhador apelam ainda para o quadro de limitações do acesso da maioria da população a internet ocultando, naturalmente, a necessidade da imediata democratização deste setor através da gratuidade do acesso e subsídio dos equipamentos necessários acrescidos da utilização dos meios tradicionais como televisão e rádio para além da desfalcada rede pública – destruída em nome da concorrência que não há no setor de comunicação – recordando a condição de concessionárias de um bem público destas empresas utilizando, inclusive, o horário entre 7 e 21 horas conforme determina o artigo 10 em seus parágrafos 3º e 4º da Lei 13415/17 a dita reforma do ensino médio: “§ 3º O Ministério da Educação poderá celebrar convênios com entidades representativas do setor de radiodifusão, que visem ao cumprimento do disposto no caput , para a divulgação gratuita dos programas e ações educacionais do Ministério da Educação, bem como à definição da forma de distribuição dos programas relativos à educação básica, profissional, tecnológica e superior e a outras matérias de interesse da educação. § 4º As inserções previstas no caput destinam-se exclusivamente à veiculação de mensagens do Ministério da Educação, com caráter de utilidade pública ou de divulgação de programas e ações educacionais.” O Ministério da Educação, um dos últimos remanescentes do processo de modernização dos anos 30, em momento algum apresentou esta possibilidade preferindo omitir-se e pressionar pelo retorno das atividades presenciais uma espécie de cloroquina educativa.

16 – O discurso negacionista, como é possível observar, apresenta-se associado aos interesses do capital encontrando formas sutis de apresentação superando a forma simples e grosseira da oposição a vacina, ou reconhecimento da existência da pandemia apresentando uma condição pseudocientífica pronta para matar em nome do maior lucro possível.    


terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

MINAS É MUITAS, A DO PACHECO SABEMOS QUAL É

 




* MINAS É MUITAS, A DO PACHECO SABEMOS QUAL É

* TIRADENTES E MAGALHÃES PINTO; DUAS MINAS

* PROTAGONISMO É SINÔNIMO DE ENTREGUISMO?

Por Wladmir Coelho

1 – A manchete a ilustrar esta postagem classifica de “retomada do protagonismo de Minas” a condução do sr. Rodrigo Pacheco à presidência do Senado restando aos leitores, recordando Guimarães Rosa, a seguinte pergunta: qual Minas? Para nossa resposta O Tempo até oferece dicas importantes primeiro recordando a última vez que o cargo foi ocupado por um mineiro, o sr. banqueiro Magalhães Pinto, lá nos tempos da ditadura militar (empresarial, civil, religiosa, imperialista...) e depois os projetos “importantes” – para quem o material não explica - que aguardam na fila de votação a devida aceleração do novo presidente.

2 – Minas é muitas, mas qual encontra-se interessada em aprovar as reformas administrativa, um amontoado de absurdos contra os trabalhadores, permitindo desde a extinção do concurso público submetendo professores e trabalhadores da saúde aos caprichos autoritários dos chefetes políticos a entrega dos recursos do FUNDEB aos bancos e fundações interessadas em assumir de forma definitiva a gestão educacional transferindo recursos públicos para Wall Street?  de qual Minas surge a pressa em aprovar a imunidade fiscal dos muito ricos?

3 – A resposta é óbvia: A Minas do antigo banqueiro Magalhães Pinto é a mesma do sr. Rodrigo Pacheco submetido, o primeiro, aos generais o segundo aos alunos daqueles em tempos de discursos e práticas tenebrosas contra a vida dos trabalhadores algo a recordar as leis inglesas dos primórdios do capitalismo contra a “vadiagem” na prática uma forma de eliminar – inclusive através da forca – o excedente na mão de obra tarefa hoje entregue ao vírus.   

4 – O “protagonismo” exultado nas páginas de O Tempo não passa da comemoração da oligarquia exportadora de minério de ferro e seus satélites representados, inclusive, pelos transportadores do saque colonial agora possuindo, esta oligarquia, um representante de maior graduação para negociar o butim da Petrobras, da CEMIG, da COPASA. Magalhães Pinto, conforme vasta literatura, através de um acordo com o governo dos Estados Unidos, protagonizou um plano de traição à pátria que facilitaria a  invasão do território brasileiro por forças da Marinha de Guerra daquele país para derrubar o governo democrático de João Goulart e por isso foi saudado pela oligarquia exportadora como “grande herói de Minas” nas páginas do antecessor de O Tempo. Hoje o neoprotagonista é exaltado como aquele a garantir a entrega total dos setores estratégicos da economia e retomar o neocoronelismo.           


Programa Escuta Educativa da Rádio Educare.47 do Instituto de Educação de Minas Gerais

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