domingo, 17 de abril de 2022

AUSTERIDADE FISCAL E ÓLEO DIESEL; COMO SEU SACRIFÍCIO PROPORCIONA A FELICIDADE DE WALL STREET

 



- AUSTERIDADE FISCAL E ÓLEO DIESEL; COMO SEU SACRIFÍCIO PROPORCIONA A FELICIDADE DE WALL STREET

- A GUERRA COMO FORMA DE READEQUAÇÃO DO MERCADO INTERNACIONAL DO PETRÓLEO

Por Wladmir Coelho

1 – As sanções do império equivalem aos cercos promovidos pelos antigos exércitos naquele tempo o objetivo era forçar a rendição a partir da fome e proliferação de doenças sacrificando, como sempre, o povo.

2 – Os Estados Unidos promovem os modernos cercos, ou sanções, a partir da bandeira da “liberdade”, dos “direitos humanos”, da “democracia” e por aí vai sempre apresentando como resultado a morte por inanição de milhões de trabalhadores em todo o planeta.

3 – A mais recente sanção diz respeito aos russos e sua justificativa ocorre a partir da bandeira da “paz” a guerra, todavia, continua e amplia-se inclusive com fornecimento, pelos pacifistas, de armamentos e mão de obra através das lucrativas empresas especializadas em fornecimento de mercenários bem treinados recrutados em diferentes pontos do planeta.

4 – Outra consequência das sanções do império encontra-se em nossas mesas, no transporte coletivo, na movimentação de mercadorias. Trata-se especificamente do óleo diesel o novo vilão da inflação e pior; do aprofundamento do desabastecimento de alimentos, medicamentos da inviabilidade do transporte de cargas e passageiros.

5 – ABRINDO PARÊNTESES: o Brasil iniciou em 1953 uma política econômica do petróleo amparada no princípio da autossuficiência através de uma empresa petrolífera mista representante do Estado na efetivação do MONOPÓLIO ESTATAL DO PETRÓLEO. A Petrobras deveria desta forma controlar todo o processo do “POÇO AO POSTO” garantindo a segurança do abastecimento e fornecimento de matéria-prima ao setor industrial nacional. Este projeto não transcorreu de forma harmoniosa, todavia a empresa petrolífera brasileira desenvolveu uma capacidade técnica reconhecida mundialmente possibilitando o desenvolvimento de um setor petroquímico sem falar nas refinarias a fornecer, inclusive, óleo diesel aos transportadores de cargas, passageiros e máquinas agrícolas.

6 – FECHANDO PARÊNTESES: Em nossos dias a Petrobras, em nome de uma ideologia somada a tradicional subordinação ao imperialismo de nossas classes dominantes, não cumpre a sua função original inclusive o monopólio estatal foi transferido ao setor privado controlado a partir de Wall Street, ou seja, a remuneração dos acionistas da empresa é realizada em dólares retirados dos nossos suados reais uma espécie de tributo que pagamos ao império em nome dos elevados lucros dos ditos investidores internacionais. As classes dominantes daqui, subordinadas as de lá, aplicam seus lucros em Nova York que depois são colocados a salvo nos paraísos fiscais enquanto ficamos engolindo a seco o discurso da AUSTERIDADE FISCAL feita para atender a garantia do pagamento dos juros dos títulos comprados com parte daqueles recursos saqueados, roubados do trabalhador brasileiro.

7 – VOLTANDO AO ÓLEO DIESEL: os jornais brasileiros deste domingo – 17 de abril – apresentam matérias apontando uma crise no abastecimento deste derivado do petróleo enquanto a imprensa internacional revela desde o desabastecimento na Europa até a elevação dos preços enquanto isso o novo presidente da Petrobras anuncia, para a felicidade geral do mercado, o prosseguimento da política de PRIVATIZAÇÃO DAS REFINARIAS na prática a continuidade da entrega do monopólio do Estado aos “investidores” internacionais e subordinados daqui em nome dos lucros elevadíssimos as custas do sacrifício do povo.

8 – PARA TERMINAR E MEDITAR: os Estados Unidos apresentam-se como maiores produtores de diesel do planeta seguidos pela Rússia. A Europadepende da importação do diesel russo os estadunidenses pressionam para ocupar este espaço. A guerra representa um importante meio para a conquista de novos mercados.  


terça-feira, 5 de abril de 2022

ALEMANHA NACIONALIZA EMPRESA ENERGÉTICA RUSSA

 



ALEMANHA NACIONALIZA EMPRESA ENERGÉTICA RUSSA

GOVERNO BRASILEIRO SEGUE A PROCURA PRESIDENTE ENTREGUISTA PARA A PETROBRAS

Por Wladmir Coelho

1 – O jornal Valor Econômico, representante da burguesia paulista e da OTAN, noticiou timidamente a nacionalização, pelo governo alemão, de uma subsidiária da petrolífera russa Gazprom.

2 - “O governo alemão está fazendo tudo o que é necessário para salvaguardar a segurança do abastecimento da Alemanha” justificou o Robert Habeck ministro da economia daquele país.

3 – O governo brasileiro, ao contrário dos alemães, continua a procurar de um presidente ainda mais entreguista para a Petrobras mantendo assim a política de insegurança energética em nome da  remessa dos tributos à Wall Street e seus ricaços.

4 – A notícia quase escondida do Valor revela o quanto as sanções dos Estados Unidos – chefe da OTAN – contra a Rússia colocam em risco a economia mundial incluindo a ameaça de fome fato observado em diferentes países.

5 – A guerra indireta, por procuração dos Estados Unidos contra a Rússia apresenta-se como um sintoma da decadência ao modelo econômico dito globalizado.


domingo, 3 de abril de 2022

DEPUTADO PEDE SACRIFÍCIO AOS PROFESSORES E TRABALHADORES DA SEGURANÇA PÚBLICA

 


- DEPUTADO PEDE SACRIFÍCIO AOS PROFESSORES E TRABALHADORES DA SEGURANÇA PÚBLICA

- A BALELA DO TUDO É RELATIVO COMO FORMA DE PERPETUAR A EXPLORAÇÃO

Por Wladmir Coelho

1 – “TUDO É RELATIVO” eis o bordão dos interessados na mistificação da realidade entendida como permanente, imutável restando aos mortais a busca de formas para adaptar-se ao que está aí ou cair fora do planeta.

2 - Os defensores desta imutabilidade apresentam-se de forma sofisticada com carinha de austeridade e sempre com aquela pinta de bem sucedido na vida, um “meritocrata”, reduzindo as questões econômicas a condição mágica base para a crença no deus mercado a quem todos devemos levar nossas ofertas e sacrifícios inclusive da vida.

3 – Este culto ao deus mercado naturalmente apresenta uma teologia, um clero voltado a manutenção e continuidade dos ritos além de administrar as ofertas e regularizar os sacrifícios conforme a interpretação dos desejos da divindade em questão. Vejam: a religião do “TUDO É RELATIVO” prega uma realidade imutável, mas submetida aos humores de um deus alimentado a partir de ofertas materiais e quando estas sofrem algum tipo de queda a divindade exige sacrifícios para retomar a forma ideal. E quem decide como será? Naturalmente aqueles possuidores dos meios necessários para reconhecer e interpretar os desejos do deus mercado afinal são eles a governar o templo.

4 – Vejamos em termos práticos a questão da mística mercadológica e sua associação ao fim da história ou imutabilidade a partir de um pequeno artigo publicado no jornal O TEMPO, no dia 2 de abril, assinado pelo deputado Marcus Pestana que também é economista, intitulado “Minas: laboratório para responsabilidade fiscal II.”

5 – O autor do texto em questão inicia revelando o mundo das anormalidades em Minas Gerais, mostra o “caos” seguido de uma enxurrada de números revelando os baixos salários do grosso da população e reconhecendo, inclusive, a necessidade de valorização dos funcionários públicos citando especificamente os professores e policiais.

6 – Realizadas as constatações obvias o autor assume o discurso místico relativista da “responsabilidade fiscal” citando índices e médias revelando um quadro econômico terrível pedindo, como de costume, o famoso SACRIFÍCIO, afinal gasta-se muito com escolas, hospitais, segurança pública e “tudo tem limite” insinuando a necessidade de redução destes direitos como é possível observar na frase destacada pelo jornal: “O JUSTO NEM SEMPRE É POSSÍVEL. TUDO É RELATIVO, E OS PARÂMETROS DEVEM SER REALISTAS.”

7 – Sem o menor pudor o sr. Pestana defende o não cumprimento das determinações constitucionais incluindo o piso nacional dos professores somado a relativização dos direitos sociais sempre apoiado na mística dos números manipulados gerando o discursinho ao gosto da “imprensa livre” ingenuamente degustado pela classe média.  A doutrina do TUDO É RELATIVO, também vulgarmente apelidada de cada um por si, encontra-se na escola em apostilas ricamente ilustradas prometendo ao jovem um mundo fantástico bastando para isso aceitar o credo da imutabilidade, do fim da história resumido na adaptação as condições impostas pelo deus mercado.

8 – Os PARÂMETROS REALISTAS do sr. Pestana não passam do velho e desgastado discurso do “sempre foi assim” a negar a condição histórica da realidade e desta os elementos a gerar a forma de enriquecimento a partir da exploração do trabalho. O senhor Pestana entende como realidade o prosseguimento da exploração do povo com o único objetivo de manter os meios de enriquecer aqueles muito ricos.   


Programa Escuta Educativa da Rádio Educare.47 do Instituto de Educação de Minas Gerais

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