- AUSTERIDADE FISCAL E
ÓLEO DIESEL; COMO SEU SACRIFÍCIO PROPORCIONA A FELICIDADE DE WALL STREET
- A GUERRA COMO FORMA DE
READEQUAÇÃO DO MERCADO INTERNACIONAL DO PETRÓLEO
Por Wladmir Coelho
1 – As sanções do império
equivalem aos cercos promovidos pelos antigos exércitos naquele tempo o
objetivo era forçar a rendição a partir da fome e proliferação de doenças
sacrificando, como sempre, o povo.
2 – Os Estados Unidos
promovem os modernos cercos, ou sanções, a partir da bandeira da “liberdade”, dos
“direitos humanos”, da “democracia” e por aí vai sempre apresentando como
resultado a morte por inanição de milhões de trabalhadores em todo o planeta.
3 – A mais recente sanção
diz respeito aos russos e sua justificativa ocorre a partir da bandeira da “paz”
a guerra, todavia, continua e amplia-se inclusive com fornecimento, pelos pacifistas,
de armamentos e mão de obra através das lucrativas empresas especializadas em
fornecimento de mercenários bem treinados recrutados em diferentes pontos do
planeta.
4 – Outra consequência das
sanções do império encontra-se em nossas mesas, no transporte coletivo, na
movimentação de mercadorias. Trata-se especificamente do óleo diesel o novo
vilão da inflação e pior; do aprofundamento do desabastecimento de alimentos, medicamentos
da inviabilidade do transporte de cargas e passageiros.
5 – ABRINDO PARÊNTESES:
o Brasil iniciou em 1953 uma política econômica do petróleo amparada no princípio
da autossuficiência através de uma empresa petrolífera mista representante do
Estado na efetivação do MONOPÓLIO ESTATAL DO PETRÓLEO. A Petrobras
deveria desta forma controlar todo o processo do “POÇO AO POSTO” garantindo
a segurança do abastecimento e fornecimento de matéria-prima ao setor industrial
nacional. Este projeto não transcorreu de forma harmoniosa, todavia a empresa
petrolífera brasileira desenvolveu uma capacidade técnica reconhecida
mundialmente possibilitando o desenvolvimento de um setor petroquímico sem
falar nas refinarias a fornecer, inclusive, óleo diesel aos transportadores de
cargas, passageiros e máquinas agrícolas.
6 – FECHANDO
PARÊNTESES: Em nossos dias a Petrobras, em nome de uma ideologia somada a
tradicional subordinação ao imperialismo de nossas classes dominantes, não
cumpre a sua função original inclusive o monopólio estatal foi transferido ao
setor privado controlado a partir de Wall Street, ou seja, a remuneração dos
acionistas da empresa é realizada em dólares retirados dos nossos suados reais
uma espécie de tributo que pagamos ao império em nome dos elevados lucros dos
ditos investidores internacionais. As classes dominantes daqui, subordinadas as
de lá, aplicam seus lucros em Nova York que depois são colocados a salvo nos
paraísos fiscais enquanto ficamos engolindo a seco o discurso da AUSTERIDADE
FISCAL feita para atender a garantia do pagamento dos juros dos títulos comprados
com parte daqueles recursos saqueados, roubados do trabalhador brasileiro.
7 – VOLTANDO AO ÓLEO
DIESEL: os jornais brasileiros deste domingo – 17 de abril – apresentam matérias
apontando uma crise no abastecimento deste derivado do petróleo enquanto a
imprensa internacional revela desde o desabastecimento na Europa até a elevação
dos preços enquanto isso o novo presidente da Petrobras anuncia, para a
felicidade geral do mercado, o prosseguimento da política de PRIVATIZAÇÃO
DAS REFINARIAS na prática a continuidade da entrega do monopólio do Estado
aos “investidores” internacionais e subordinados daqui em nome dos lucros elevadíssimos
as custas do sacrifício do povo.
8 – PARA TERMINAR E
MEDITAR: os Estados Unidos apresentam-se como maiores produtores de diesel
do planeta seguidos pela Rússia. A Europadepende da importação do diesel russo
os estadunidenses pressionam para ocupar este espaço. A guerra representa um
importante meio para a conquista de novos mercados.