quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

O FRIO E A FRIEZA DO IMPERIALISMO








O FRIO E A FRIEZA DO IMPERIALISMO 


Por Wladmir Coelho

A imagem que vai ilustrando este texto mostra a realidade da cidade de Buffalo, no Estado de Nova York, tradicionalmente afetada por tempestades de neve. Das 60 mortes oficialmente declaradas por congelamento 30 foram registradas lá e este número ainda é provisório diante da falta de recursos - humanos e financeiros - para atender as residências sem energia elétrica, aquecimento, alimentação. Vejamos como o imperialismo trata seu próprio povo:

1- Os jornais brasileiros até noticiam as mortes por congelamento de pessoas do povo - trabalhadores - nos Estados Unidos. Ocultam essas notícias um detalhe importante: na maior economia do mundo não há serviços de resgate, socorro em condições de atender situações como as tradicionais e previsíveis tempestades de neve prevalecendo a máxima liberal do "cada um por si", uma espécie de "projeto de vida" à moda da "reforma do ensino médio" escrito em inglês lá e traduzido aqui nas fundações, institutos da grana.

2 - Curiosamente o Estado imperialista estadunidense apresenta condições de bombardear, matar, promover a derrubada e instituir governos - utilizando a mais moderna técnica - em QUALQUER PONTO DO PLANETA contando com GIGANTESCO ORÇAMENTO DE GUERRA, sem falar no poder econômico estatal que faz do Pentágono o MAIOR EMPREGADOR DO MUNDO!

3 -  Incrível, mas rigorosamente verdadeiro: o país das liberdades comerciais não apresenta a estrutura necessária para retirar da neve seus trabalhadores que morrem congelados pedindo socorro pelo 911 número que a indústria cultural divulga nas séries como modelo de assistência.

4 -  Mr. Biden liberou – emprestou aos ucranianos -  bilhões para a guerra por procuração da OTAN/EUA, entope os cofres dos tubarões do setor de armas, aumenta os lucros de sua indústria petrolífera criando barreiras comerciais e por consequência a elevação dos preços do petróleo... lógico o setor dos bancos ganhando nas transações, assumindo o controle das empresas....

5 - Voltando a imprensa auriverde: o tema Estado "mínimo", privatização, teto de gastos ė tratado de forma dogmática elegendo sacerdotes e sacerdotisas genericamente chamados de "técnicos". Estes, na verdade, não passam de agentes do imperialismo defensores de um modelo que mata o povo por toda parte.


terça-feira, 6 de dezembro de 2022

SETE EM 10 AUTÔNOMOS GOSTARIAM DE TRABALHAR COM CARTEIRA ASSINADA

 



* A CLASSE MÉDIA SOPRANDO CHIFRE DE BOI

* OS COMENTARISTAS ECONÔMICOS E SUAS NOTÍCIAS FALSAS

* DOPANDO A JUVENTUDE NAS ESCOLAS COM “PROJETO DE VIDA”

* O TRABALHADOR PAGA O PATO

 

Por Wladmir Coelho

 

1 – O discurso da uberização iludiu – e ainda ilude – os ingênuos e foi habilmente utilizado para justificar as ditas reformas trabalhistas prometendo os seus idealizadores um mundo de maravilhas a partir do sepultamento da CLT, acusada na imprensa “livre” e “defensora da democracia”, de entulho do paternalismo getulista. A classe média colonizada, herdeira direta do udenismo lacerdista e entreguista, tratou de papaguear a conversa fiada dos comentaristas econômicos a serviço do capital e debruçada na janela acreditou que a banda tocava pra ela.

2 – As promessas de tempos fantásticos dos comentaristas econômicos, com aquelas caras de azia crônica misturada com tédio incurável, não passavam de notícias falsas (“fake news” como preferem os liberais colonizados) verificando-se em pouco tempo – apesar do oba-oba das reformas - uma quebradeira geral atribuída de forma hipócrita ao vírus e não ao aumento da exploração do trabalhador.

3 – O dono da padaria, do restaurante o franqueado do chocolate continuam ingenuamente acreditando no discurso do mercado acima de tudo e muitos até investem seu capitalzinho em açõezinhas ignorando as lições de Geografia, ou seja, os grandes fundos de investimentos estão localizados em Wall Street e seus controladores recebem em dólares e além disso não compram pão, bombom, roupa ou almoçam na esquina aqui do bairro. Este consumo cabe ao trabalhador nacional, maioria da população, integrante do chamado mercado interno.

4 – A verdade é a seguinte: a classe média caiu no conto do vigário da liberdade total do mercado e contribuiu para o aprofundamento da dependência do Brasil e alucinada passou a soprar chifre de boi nas ruas acreditando que estava em Austin defendendo a redução do país a condição de exportador de minério, petróleo e soja destruindo a outra parte do “populismo” getulista, a saber, o projeto de industrialização e emancipação nacional. OBSERVAÇÃO: A pequena burguesia de nosso amado torrão sofre de colonialismo congênito aprofundado numa educação baseada na lenda do “destino manifesto” crendo, por isso mesmo, na criação de uma potência a partir da soma de atos individuais desprovidos de relações. Não conhecem a história dos Estados Unidos, desconhecem a do Brasil e defendem uma fantasia, uma alucinação.

5 – A classe média vibra com as notícias de privatização da Petrobras, da eletricidade, da água, da saúde, da educação acreditando que participa da festa ignorando o abismo no qual atira-se dopada pela ideologia do “destino manifesto”, do você pode, o Estado atrapalha somado a defesa da dependência econômica escondida na demência verde-amarelista ou entreguismo fantasiado de patriotismo.

6 – Enquanto isso nas escolas do povo – não confundir com escola popular -  a ideologia do individualismo ganha forma através do chamado “projeto de vida” um modo de transferir aos filhos dos trabalhadores a responsabilidade pela tragédia econômica criada a partir dos interesses na manutenção ou aumento das taxas de lucro, da exportação de empregos via redução da economia nacional em exportadora de produtos primários fato que não assusta os fundamentalistas religiosos e moralistas de plantão, os verde-amarelistas e menos ainda o objeto engalanado do fetiche destes.

7 – O trabalhador é o grande prejudicado pela política econômica fundada na ideologia do entreguismo, da destruição dos meios necessários a superação do atraso econômico tornando-se vítima de um modelo cínico que apresenta como solução o individualismo debochadamente vendido como empreendedorismo amparado no discurso canalha do “fim do emprego”.  

Programa Escuta Educativa da Rádio Educare.47 do Instituto de Educação de Minas Gerais

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