terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

DO OTIMISMO AO PÂNICO: O HUMOR DOS CAPITALISTAS QUANTO A GUERRA NA UCRÂNIA SEGUNDO O FINANCIAL TIMES



DO OTIMISMO AO PÂNICO: O HUMOR DOS CAPITALISTAS QUANTO A GUERRA NA UCRÂNIA SEGUNDO O FINANCIAL TIMES 

Por Wladmir Coelho

1 – O jornalista Gideon Rachman do insuspeito Financial Times de Londres, nos momentos que antecederam a visita de mr. Biden a Ucrânia, escreveu o seguinte: “chega um ponto em muitas guerras no qual os lados em conflito se perguntam no que se meteram.” O texto segue revelando o pânico de Vladimir Putin diante de reveses militares em setembro do ano passado em função de uma bem sucedida reação ucraniana e pesadas baixas do lado russo.

2 – Segundo Rachman o quadro agora seria o inverso apresentando os membros da OTAN em público um otimismo desmedido enquanto no particular levantam dúvidas a respeito das condições para um eventual acordo de paz em condições favoráveis à Ucrânia. Sem acordo o prolongamento do conflito dificultaria as possibilidades de continuidade do apoio militar e financeiro dos países da OTAN.

3 – O jornalista do Financial Times entende que a guerra segue negativa para os russos em termos militares ressaltando, no entanto o desempenho favorável para economia apesar das “pesadas sanções”.  Rachman revela que a previsão de contração econômica da Rússia de 20% ou mais não passou de 4% existindo a expectativa de crescimento “no próximo ano.”

4 – O mesmo não é possível afirmar em relação à economia da Ucrânia hoje dependente dos empréstimos (ajuda?) dos Estados Unidos criando a necessidade de uma rápida vitória de Kiev. Existe, do lado da OTAN/EUA, a esperança das forças ucranianas empurrarem os russos para a Criméia forçando uma negociação, contudo Rachman recorda os “pequenos avanços” do exército da Rússia e acrescenta a falta de munição e equipamentos como aviões de combate para o lado ucraniano. O prolongamento da guerra, segundo o Financial Times, não é favorável aos militares ucranianos.

5 – Aqui um parêntese: os jornais noticiaram a ocorrência de protestos, em Washington, contra a destinação de bilhões de dólares à indústria armamentista para manutenção da guerra na Ucrânia. A viagem de mr. Biden a Kiev ocorreu um dia após as manifestações em Washington.

6 – Voltando ao Financial Times: como sabemos o jornal é o porta-vos do capitalismo inglês e ao publicar uma reportagem repleta de insinuações quanto a real situação militar e econômica da Ucrânia revela a preocupação dos donos do dinheiro quanto ao possível calote, afinal são bilhões de euros e dólares financiando armas, munições, aviões de todos os tipos sem esquecer do pagamento dos soldos dos militares ucranianos. O prolongamento do conflito resulta ainda em frustrações para o setor das empreiteiras, das empresas associadas a estrutura de comunicação, de energia todos ávidos por contratos com o Estado altamente vantajosos. Continuará a existir o Estado ucraniano? Perguntam os capitalistas do imperialismo.

7 – A realidade segue revelando um quadro desesperador para o povo ucraniano no qual uma eventual paz será seguida de grave crise econômica e repressão ditatorial ao estilo fascista uma forma clássica para atender aos interesses do imperialismo.  


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

BANCO CENTRAL INDEPENDENTE É DEPENDENTE TOTAL DOS BANQUEIROS

 



BANCO CENTRAL INDEPENDENTE É DEPENDENTE

TOTAL DOS BANQUEIROS

 

Por Wladmir Coelho


1 – O jornal Valor Econômico desta segunda-feira, 13 de fevereiro, apresenta alguns destaques diretamente relacionados aos interesses dos banqueiros e fundos de investimentos e destes a política de juros do Banco Central independente. Vejamos: “após Americanas ‘efeito dominó’ preocupa mercado”. Esta afirmativa mereceu a primeira página, mas no interior do Valor vamos encontrar outras duas: “economia fraca pressiona números do 4º trimestre” e “dona da Ortopé entra em recuperação judicial.” Esta última revelando problemas no setor industrial dos calçados diretamente relacionado as grandes redes de varejo.

2 – No material relativo ao “efeito dominó” das Americanas a reportagem do Valor realiza comparações do caso com as redes Marisa, Ricardo Eletro somados as livrarias Cultura e Saraiva. A mesma reportagem apresenta – com ar de mistério – a intenção de “duas empresas ligadas ao comércio digital, da última leva de abertura de capital, em 2021” solicitarem recuperação extrajudicial.

3 – Para entender melhor o material em questão temos a Marisa tentando renegociar a dívida de R$ 300 milhões, a Cultura falida enquanto a Saraiva permanece em recuperação judicial. A Ricardo Eletro, por sua vez, conseguiu reverter a falência retornando ao status  de recuperação judicial. Neste caso devemos recordar a condição provisória da reversão aguardando, os interessados, o julgamento. O caso das Americanas é amplamente conhecido e não vou aprofundar neste parágrafo, contudo chamo a atenção para os fatos corrupção e roubalheira tradicionalmente atribuídos ao Estado e agora verificados como prática comum no setor privado.   

4 -  Como elo de ligação entre as empresas citadas o Valor cita a dependência destas dos empréstimos bancários para a famosa “alavancagem” que diante da elevação dos juros – regulamentados – os comentaristas preferem o termo regulado - pelo Banco Central independente -  provocaram um aumento nas despesas financeiras de 176% entre 2021 e 2022.

5 – Desta forma não há taxa de lucro que aguente e dá-lhe reestruturação das empresas com demissões, fechamento de lojas e falsificação de balanços. Este expediente, em termos práticos, visa salvar a dinâmica dos tempos de crise do capitalismo através do chamado capital fictício registrado como real nos livros de contabilidade proporcionando lucros aos especuladores de Wall Street através do pagamento de dividendos – sem lucro contábil isso não existe.

6 - Os juros elevados surgem, inclusive, para transformar  o Estado em fiador de um sistema econômico amparado na farsa através do  recurso dos títulos da dívida controlados pelos banqueiros através de seu sindicato denominado Banco Central. Desta forma eventuais quebradeiras encontram nos cofres públicos um alívio para os banqueiros mantendo segura a taxa de lucro. O dinheiro do povo em vez de encontrar sua realização nas escolas, saúde, transporte ou financiar a produção acaba servindo para sustentar um modelo injusto voltado aos interesses dos grandes senhores do capital ampliando as perdas internacionais.    

7 - Em resumo; para garantir os lucros estratosféricos os bancos exigem, além das garantias das empresas, o Estado como fiador de uma cadeia de exploração envolvendo as frases sagradas diariamente repetidas pelos famosos comentaristas econômicos: “ajuste fiscal”, “corte de gastos”, “teto de gastos”.

8 – O curioso é observar os bancos a assumirem publicamente a condição de elementos do atraso econômico. Vejamos um detalhe importante observado na matéria do mesmo Valor: “economia fraca pressiona números do 4º trimestre.” Neste ponto temos o banco multinacional Santander – aquele que cresceu com apoio direto da ditatura fascista do generalíssimo Franco – prevendo queda nos lucros das empresas sob sua cobertura de “14,3% na comparação anual, pressionadas pela alta nos juros [grifos nossos] e desaceleração econômica no Brasil durante os três meses finais do ano.” Os três maiores bancos privados no Brasil – o Santander é o 3º - viram seus ganhos reduzirem em 7,3% resultando em lucro de apenas R$ 64,3 bilhões em 2022. Saibam todos: o rotativo do cartão de crédito, os juros estratosféricos cobrados nos empréstimos utilizados para cobrir os salários insuficientes, os empréstimos consignados transformam o nosso povo em parcela escravizada dos banqueiros. Temos ainda os famosos cortes de gastos públicos como forma de garantir o Estado como fiador das elevadas taxas de juros conforme explicamos anteriormente.  

8 – Por fim a indústria da moda e calçados simbolizados no caso Ortopé. Esta empresa simplesmente fraudou operações com o setor das grandes varejistas como Riachuelo e C&A e Rener criando duplicatas frias para, conforme o Valor, “operar antecipação de recebíveis com notas fiscais dessas operações inexistentes.” A Ortopé, igualzinho as Americanas, presta conta aos famosos fundos de investimentos e estes precisam apresentar aos associados lucros em todos os investimentos e pagar elevados dividendos constituindo um elemento importante para o famoso capital fictício necessitado, este, de um ponto de apoio real, verdadeiro. A Ortopé faz parte do setor industrial e sua recuperação judicial revela um aumento dos problemas econômicos e aqui voltamos ao ponto inicial, ou seja, o efeito dominó previsto na manchete do Valor, embora amenizado ao longo da reportagem.

9 – O debate a respeito do controle da política financeira, econômica, como podemos observar, vai além do discurso tecnocrático da existência de um Banco Central independente elevado na imprensa comercial à condição de  divindade e passa necessariamente pela superação do Estado como espécie de fiador de um sistema apoiado na fantasia contábil e das práticas de corrupção no setor privado. Ao Estado, notadamente em um país dependente da exportação de comodities como o Brasil, é necessário o controle dos setores econômicos estratégicos – petróleo, energia, mineração – caso exista interesse na superação de um modelo atrasado.


sábado, 11 de fevereiro de 2023

O FACTÓIDE E A POETISA

 


O FACTÓIDE E A POETISA
COMO OCUPAR ESPAÇO E CRIAR CORTINAS DE FUMAÇA

Por Wladmir Coelho
1- O Maquiavel do Brejo criou mais um factóide desta vez envolvendo a poetisa Adélia Prado. Isso foi o bastante para o herdeiro do vovô e do bolsonarismo ganhar espaço na imprensa nacional, um reforço fantástico para a personagem que o canastrão criou devidamente assessorado por marqueteiros.
2 - Enquanto isso segue o herdeiro - meu filho um dia isso tudo será seu! - sua politica de retirada dos direitos dos professores, de total abandono da saúde, da entrega do patrimônio público através de escandalosas privatizações.
3 - O factóide envolvendo a poetisa soma-se ao "ovo" - da serpente?- reforçando a imagem de um homem "simples", do povo, até ingênuo, um capiau.
4 - A verdade é bem diferente; o capiau é na realidade um playboy semelhante a outro conhecido politico do Leblon. Ambos jamais trabalharam e possuem o mesmíssimo discurso contra os direitos do povo.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

O BANCO CENTRAL É O SINDICATO DOS PARASITAS E EXPLORADORES DO POVO!

 



O BANCO CENTRAL É O SINDICATO DOS

PARASITAS E EXPLORADORES DO POVO!

Por Wladmir Coelho

O senhor da foto é Roberto Campos um entreguista, conspirador, golpista, agente do imperialismo estadunidense. Bob Fields, como também era conhecido, sabotou o governo João Goulart, o regime democrático  e articulou, junto a embaixada dos EUA e a CIA, o golpe de 1964.

Vale recordar que o Banco Central foi criado em dezembro de 1964 – o golpe foi em março daquele ano – quando Fields ocupava o cargo de ministro do Planejamento do primeiro governo golpista chefiado pelo Marechal Castelo Branco.

Hoje Roberto Campos Neto (Bob Fields III) ocupa a presidência da instituição oficial dos banqueiros garantindo o aumento dos juros para o enriquecimento da turma de Wall Street e não pretende largar tão cedo o osso herdado do vovô.

O Banco Central independente é responsável pelo assalto ao povo efetivado, principalmente, através dos juros do cartão de crédito, dos empréstimos bancários, inclusive os consignados, levando o trabalhador a escravidão das dívidas impagáveis, ou melhor, pagas uma, duas, três vezes.  


Programa Escuta Educativa da Rádio Educare.47 do Instituto de Educação de Minas Gerais

Vídeos