* DONOS DE ESCOLAS EM BH
ERRAM O ENDEREÇO E BUZINAM NA PORTA DO PREFEITO
* ENQUANTO A CLASSE MÉDIA
QUER ABRIR A EUROPA FECHA AS ESCOLAS
* ENSINO HÍBRIDO E GRANA
PÚBLICA PARA OS CONTROLADORES DOS SISTEMAS PRIVADOS DE EDUCAÇÃO
Por Wladmir Coelho
1 – Os donos de escolas
particulares de Belo Horizonte saíram em carreata com balõenzinhos nas cores
verde e amarelo reivindicando o retorno das aulas presenciais alegando, segundo
reportagem do jornal Estado de Minas, que “o comércio já teve a
oportunidade de retomada e fechou novamente, mas as escolas não tiveram
oportunidade de fazer a abertura” uma declaração no mínimo contraditória revelando
o quanto estavam inseguros em seus argumentos os proprietários da atividade
comercial – a comparação é dos manifestantes - educação.
2 – Devemos recordar a
condição daqueles proprietários de escolas majoritariamente localizadas em
bairros da capital mineira oferecendo o ensino infantil, anos iniciais do
fundamental e alguns colégios ainda não engolidos totalmente por determinado
grupo estrangeiro controlado por fundos de investimentos interessados nos
resultados de Wall Street. Deste modo a presença majoritária na carreata em
questão era daqueles conhecidos empresários de classe média reclamando, prá
variar, na porta errada.
3 – Estes empresários
continuam a cobrar do prefeito uma solução para a qual ele não possui poderes,
mas preso aos elementos ideológicos do liberalismo econômico não consegue, o
sr. Alexandre Kalil, esclarecer aos seus confrades de classe social a
necessidade de reformulação da politica econômica nacional incluindo um
programa de apoio e financiamento da
folha salarial, pagamento dos alugueis, proibição dos despejos, ampliação do
acesso à internet um programa mínimo de socorro igualzinho ao dos Estados
Unidos promovendo o governo a distribuição de trilhões aos bancos, mas doando –
e o termo é este mesmo – alguma coisa aos médios e pequenos empresários incluindo
as escolas privadas.
4 – A ideologia econômica
liberal à brasileira transforma a classe média em consumidora do veneno a
destruí-la considerando a prática de arrocho salarial e extinção dos direitos, incluindo
os trabalhistas em nome da redução do “custo Brasil” em termos práticos o
caminho para a inviabilização do mercado interno traduzido na impossibilidade,
inclusive, do pagamento das mensalidades escolares. A crença na retomada da
plenitude da economia após a normalização do comércio revela o elevado grau de
ingenuidade dos ditos empresários de classe média.
5 – Os proprietários de
escolas da carreata com seus balangandãs nas cores verde e amarelo acabam, de
forma ingênua, a servir de instrumento aos grandes especuladores internacionais
controladores dos sistemas de ensino amplamente conhecidos interessados em
retomar o processo da onda, a saber, a implantação do dito ensino hibrido de
preferência com recursos do FUNDEB. Estes não precisam sair às ruas e mandam
brasa pelos Rodas Vivas, artigos em grandes jornais, entrevistas nos programas
de TV sempre em nome do “direito” com vozinha meiga e aquele festival de gráficos
e casos isolados de superação sempre com aquelas frases feitas facilitando a degustação
ideológica.
6 – A respeito da
reabertura das escolas o The
Wall Street Journal, o porta-voz dos
jogadores do cassino de Nova Iorque, informa o seguinte em sua edição de 16 de
janeiro: “os países da europeus abandonam as promessas de manter as escolas
abertas a medida que aumentam as preocupações com a transmissão do vírus por
crianças” estabelecendo o material uma comparação com as medidas adotadas nos
Estados Unidos – com o devido apoio de mr. Biden o mal menor - pela retomada
das aulas presenciais.
7 – A publicação
estadunidense aponta as medidas restritivas para o funcionamento das escolas
adotadas no Reino Unido, Alemanha, Irlanda, Áustria, Dinamarca e Holanda considerando
a presença da nova cepa de coronavírus detectada na Inglaterra gerando esta situação
aquelas restrições, amplamente divulgadas, aos viajantes brasileiros.
8 – O Wall Street apresenta
ainda declarações do diretor do Institute of Global Health, Antoine Flahault, apontando o seguinte: “A
segunda onda, revelou mais evidências de que as crianças em idade escolar são
quase igualmente, se não mais dispostas a infecção pelo SARS-CoV-2 do que outras”, mostrando o
quanto é temerário o retorno das aulas presenciais amparadas, em grande medida,
na crença da imunidade do rebanho – neste caso o infantil – acrescidas das
comparações entre o funcionamento das lojas, bares e padarias.
Não querem entender, preferem matar mais pessoas,a vida não tem valor.
ResponderExcluir