* A GUERRA DO CHACO, AS AGULHAS E AS SERINGAS
* IDEOLOGIA OU
MOBILIZAÇÃO DE GUERRA
Por Wladmir Coelho
1 – Nos anos 1930 o
conflito entre Bolívia e Paraguai denominado Guerra do Chaco apresentou total
respeito à liberdade comercial inclusive por apresentar em sua base a política
econômica de empresas privadas de petróleo e foi, literalmente, uma guerra
privatizada a ponto de após ter seus interesses como satisfeitos a Standard Oil
cortou o fornecimento de combustíveis ao exército boliviano em PLENA GUERRA.
2 - Alô, alô classe média
colonizada do meu Brasil! Alô, alô defensores do "livre mercado" em
sua plenitude na base do "Laissez-faire" olha aí o significado de um
Estado não intervencionista e seguidor da crendice da mão invisível e sem
condições de colocar os interesses do povo a frente daqueles do capital afinal
o lucro está acima da vida.
2 – O governo do Brasil está
preso às amarras ideológicas e estas impedem o abastecimento dos insumos para
vacina num país rico em minério de ferro, detentor de uma indústria petroquímica
desenvolvida revelando as condições mínimas para o fornecimento de matéria
prima para a fabricação de agulhas e seringas as críticas da imprensa
hegemônica nacional ao sr. Bolsonaro ocultam estes detalhes e ficam caladinhos apoiando
a privatização do que restou da Petrobras e louvando a exploração predatória da
agora privada e estrangeira Vale. O Brasil privatizou a Vale do Rio Doce, cortou
a Petrobras em mil pedaços em nome do delírio concorrencial e adotou o culto ao
“agro é pop o agro é tech” que além de não fornecer alimentos aos trabalhadores
– o agro é exportador de comodities – é incapaz de fabricar seringas e agulhas.
3 – O general ministro da
saúde – está mais para sargento Garcia do Zorro – diz requisitar seringas e
agulhas diante de uma “mobilização de guerra”, mas faz isso de mentirinha
preocupado em não arranhar a ideologia neoliberal e não ficar prejudicado
diante do sumo sacerdote Guedes e acabar perdendo a boquinha. Para mobilizar verdadeiramente
em nome da urgência da vacinação uma questão hoje de segurança nacional o ministro
general precisa ORGANIZAR, PLANIFICAR a produção e isso vai implicar em “risco”
aos acionistas lá de NOVA IORQUE interessados sim no AUMENTO DO PREÇO DAS
MERCADORIAS SERINGA E AGULHA.
4 – A questão não é de logística
é ideológica e nesta teia encontram-se as origens do discurso contraditório da
imprensa burguesa e até de determinados setores da esquerda perdidos no tiroteio.
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