* HOJE NO GOVERNO AMANHÃ
NA CORPORAÇÃO A PROMISCUIDADE DO CAPITAL
* OLIGOPÓLIO DAS
PLATAFORMAS E DESTRUIÇÃO DO PEQUENO E MÉDIO EMPRESÁRIO
* TRABALHADORES DE
APLICATIVOS E A ILUSÃO EMPREENDEDORA
* ESTADO FRACO PARA O
POVO E FORTE PARA O CAPITAL
Por Wladmir Coelho
1 – Em 2019 o governo da Índia
estabeleceu alguns limites ao capital estrangeiro aspecto que desagradou, dentre
outros, a AMAZON responsável pelo controle naquele país da plataforma de vendas
com mais de 400 mil comerciantes dos quais apenas 33 controlam um terço das
vendas segundo documentos da própria multinacional estadunidense. A situação
fica ainda mais assustadora quando acrescentados ao número inicial duas
empresas associadas a própria AMAZON
como responsáveis por 35% das transações revelando em
termos práticos 35 empresas dentre 400 mil a controlar dois terços das vendas no
segundo país mais populoso da Terra.
2 – Para resolver a
questão a AMAZON colocou em ação o ex-secretário de imprensa durante o governo
de mr. Barack Obama, Jay Carney, atual executivo da multinacional, a mexer os pauzinhos
cobrando aqui e ali os favores, utilizando as informações de todos os tipos reunidas
e conhecidas durante o período em que esteve no governo em defesa da corporação
revelando o quanto a balela do livre mercado encontra-se ancorada na liberdade de
circulação dos representantes dos interesses do capital nos diferentes segmentos
da administração pública ilustrando, no caso brasileiro, os interesses presentes
na dita reforma administrativa caracterizada pela extinção do concurso público liberando
aos chefes de executivo, do prefeito ao presidente da república, a livre
nomeação de apadrinhados e dependendo do cargo com a necessária benção dos
banqueiros como ocorre com o Banco Central independente, precisamos reforçar,
de qualquer compromisso com os interesses nacionais.
3 – Em 2020 a AMAZON
apresentou lucro de US$ 21,3 bilhões um crescimento de 84% em relação ao ano
anterior um poder econômico fantástico a serviço da destruição do pequeno em
beneficio dos oligopólios comerciais passando o fato concentração despercebido
dos pequenos comerciantes sustentando estes a sua própria eliminação muito bem
conduzida a partir de campanhas publicitárias sofisticadas reforçando a
ideologia do momento, a saber, a liberdade empreendedora entendida esta em sua
dimensão individualista ocultando uma espécie de darwinismo econômico.
4 – Quando um pequeno ou
médio empresário, aquele nosso vizinho de classe média, aceita participar do
esquema AMAZON enquadra-se, sem perceber, aos interesses medidos em bilhões,
trilhões de dólares a divulgar de forma
privilegiada outras tantas empresas controladas de forma direta ou indireta
pelo proprietário da plataforma a exemplo de supermercados, industrias e
revendas de vestuário, sapatos, automóveis e ainda paga, o nosso vizinho, para
aumentar os valores das ações dos muito ricos tornando-se mais um explorado
acreditando possuir autonomia de “empresário” igualzinho acontece aos trabalhadores
da 99, Uber e demais membros do oligopólio das plataformas comerciais.
5 – O oligopólio das
plataformas comerciais utiliza-se da ideologia da dita liberdade empreendedora
fundada na crença das oportunidades ocultando o quanto impedem a concretização
da promessa de liberdade a partir do controle das pesquisas no setor e não resultando estas em patentes eternas – aquelas
do Vale do Silício - acrescidas do poder
de escala resultante da concentração efetivada a partir das incorporações,
fusões ou eliminação física de eventuais concorrentes. Neste sentido aplicam
desde a redução dos preços para eliminação de potenciais rivais para em seguida
utilizar valores de monopólio privado incluindo a elevação das taxas daqueles
iludidos com as promessas do liberalismo ou neoliberalismo econômico.
6 – O controle
oligopolizado de vastos setores do mercados interligados a partir dos fundos de
investimentos internacionais não será derrotado a não ser que o Estado,
notadamente nos países de economia de base colonial, assuma a função de planejar
controlando diretamente os setores estratégicos – energia, alimentação,
pesquisa e inovação tecnológica – aspectos ainda presentes na Constituição de
1988 enfraquecidos ou ameaçados a partir do festival de reformas a favor dos
muito ricos.
7 – O Brasil, neste
contexto, segue aceleradamente a transformação de seus trabalhadores –
incluindo aqueles iludidos com as promessas empreendedoras – em sujeitos
superexplorados em favor dos interesses
do capital e aqui devemos recordar que neste processo não há espaço para todos
aspecto, quem sabe, a explicar a opção pela morte e fragilidade sanitária observada
em nossos dias.
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