terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

MINAS É MUITAS, A DO PACHECO SABEMOS QUAL É

 




* MINAS É MUITAS, A DO PACHECO SABEMOS QUAL É

* TIRADENTES E MAGALHÃES PINTO; DUAS MINAS

* PROTAGONISMO É SINÔNIMO DE ENTREGUISMO?

Por Wladmir Coelho

1 – A manchete a ilustrar esta postagem classifica de “retomada do protagonismo de Minas” a condução do sr. Rodrigo Pacheco à presidência do Senado restando aos leitores, recordando Guimarães Rosa, a seguinte pergunta: qual Minas? Para nossa resposta O Tempo até oferece dicas importantes primeiro recordando a última vez que o cargo foi ocupado por um mineiro, o sr. banqueiro Magalhães Pinto, lá nos tempos da ditadura militar (empresarial, civil, religiosa, imperialista...) e depois os projetos “importantes” – para quem o material não explica - que aguardam na fila de votação a devida aceleração do novo presidente.

2 – Minas é muitas, mas qual encontra-se interessada em aprovar as reformas administrativa, um amontoado de absurdos contra os trabalhadores, permitindo desde a extinção do concurso público submetendo professores e trabalhadores da saúde aos caprichos autoritários dos chefetes políticos a entrega dos recursos do FUNDEB aos bancos e fundações interessadas em assumir de forma definitiva a gestão educacional transferindo recursos públicos para Wall Street?  de qual Minas surge a pressa em aprovar a imunidade fiscal dos muito ricos?

3 – A resposta é óbvia: A Minas do antigo banqueiro Magalhães Pinto é a mesma do sr. Rodrigo Pacheco submetido, o primeiro, aos generais o segundo aos alunos daqueles em tempos de discursos e práticas tenebrosas contra a vida dos trabalhadores algo a recordar as leis inglesas dos primórdios do capitalismo contra a “vadiagem” na prática uma forma de eliminar – inclusive através da forca – o excedente na mão de obra tarefa hoje entregue ao vírus.   

4 – O “protagonismo” exultado nas páginas de O Tempo não passa da comemoração da oligarquia exportadora de minério de ferro e seus satélites representados, inclusive, pelos transportadores do saque colonial agora possuindo, esta oligarquia, um representante de maior graduação para negociar o butim da Petrobras, da CEMIG, da COPASA. Magalhães Pinto, conforme vasta literatura, através de um acordo com o governo dos Estados Unidos, protagonizou um plano de traição à pátria que facilitaria a  invasão do território brasileiro por forças da Marinha de Guerra daquele país para derrubar o governo democrático de João Goulart e por isso foi saudado pela oligarquia exportadora como “grande herói de Minas” nas páginas do antecessor de O Tempo. Hoje o neoprotagonista é exaltado como aquele a garantir a entrega total dos setores estratégicos da economia e retomar o neocoronelismo.           


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