* FACEBOOK ASSUME CENSURA
AOS CONTEÚDOS POLÍTICOS
* REFORMAS E CENSURA
INICIAM-SE NA MESMA SEMANA NO BRASIL, COINCIDÊNCIA?
* O QUE TEM A PETROBRAS
COM A CENSURA?
* GAFAM, SETE IRMÃS O
PODER DAS CORPORAÇÕES
Por Wladmir Coelho
1 – O Facebook
oficializou o que todos sabíamos: os famosos algoritmos agora
passam censurar os temas “políticos” primeiro no Brasil, Canadá e Indonésia
ficando os Estados Unidos para as próximas semanas. A empresa não informou a
fórmula para a classificação dos temas considerados políticos limitando-se a justificar
a ampliação da censura ao desejo da maioria dos usuários “incomodados” com a
quantidade de postagens associadas ao tema.
2 – A defesa da maioria
sem explicar a qual refere-se serve muito bem para enganar os ingênuos, afinal
a corporação em questão representa parcela considerável dos muito ricos incluindo
o seu controlador interessado em manter a exaltação ideológica ao modelo
econômico amparado na superexploração dos trabalhadores, base para a manutenção
das taxas de lucro, permitindo a continuidade do processo especulativo em Wall
Street e deste o aumento dos ganhos. Para manter este modelo necessitam os muito
ricos concentrar o controle da produção, das finanças tornando assim evidente o
domínio político aspecto vital para a regulamentação da dita liberdade de
mercado caracterizada pela ausência de direitos sociais entendidos estes como ameaça
a propriedade privada considerando a necessidade de tributação para a sua
efetivação.
3 – A escolha do Brasil
como país a iniciar a aplicação da censura corporativa coincide com o reinicio
das votações das ditas reformas incluindo a aprovação da independência do Banco
Central seguida esta da administrativa cujo objetivo é sepultar os direitos
sociais transformados em serviços legalizando a entrega dos recursos da
educação, saúde, serviços sociais aos banqueiros, fundações e institutos
ligados aos fundos de investimentos internacionais seguida da reforma
tributária pronta para isentar os ricos e taxar ainda mais os trabalhadores.
4 – Observe: a maioria a
ser defendida através das medidas repressivas do Facebook localiza-se no
interior da minoria dos muito ricos hoje, no setor tecnológico, resumidos no acrônimo
GAFAM iniciais do oligopólio das Big Techs Google, Aple, Facebook, Amazon,
Microsoft controladoras de valores 5 (cinco) vezes superiores ao PIB Brasileiro.
5 – Para finalizar aponto
aqui uma questão prática relativa aos métodos para intervenção do GAFAM na política
econômica do Brasil: como sabemos a privatização da Petrobras, empresa
estratégica para qualquer projeto de emancipação nacional, ocorre a partir do
fatiamento da antiga detentora do monopólio estatal do petróleo ocorrendo assim
a venda da rede de distribuição ao varejo seguida das refinarias ocupando a Landulpho
Alves – RELAM – a condição de primeira da fila entregue
recentemente ao fundo Mubadala controlado pelos príncipes
árabes. O dito fundo de base estatal possui parcela considerável de suas
aplicações exatamente na corporação iniciada com G de GAFAM.
6 – Ao longo do século 20
as grandes empresas petrolíferas colocaram (?) seus interesses como norma para
a elaboração das diferentes políticas econômicas a partir da divisão do planeta
em áreas de influência entre as chamadas 7 Irmãs. Os príncipes árabes,
controladores do Mubadala, encontram-se associados aos antigos trustes
petrolíferos e estes ao GAFAM aplicando com ares de modernidade antigos métodos
de submissão aos interesses do capital incluindo a CENSURA ontem e hoje
apresentada como defesa das maiorias contra o perigo “comunista” uma espécie de
fantasma a simbolizar a condição provisória de um modelo visivelmente decadente.
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