TEXAS (EUA) Visão parcial de um local de distribuição de alimentos por organizações de caridade |
* DIA DE AÇÃO DE GRAÇAS
COM ALIMENTOS DOADOS E FOME NOS EUA
* ENQUANTO O BRASIL
PRIVATIZA O IMPERIALISMO PROTEGE SUAS EMPRESAS
* BRASIL ENTREGANDO A
PETROBRAS; QUAL O PROBLEMA?
* OS RICOS SAQUEANDO A
COLÔNIA
POR WLADMIR COELHO
1 – Agência Reuters
informa previsão de redução na demanda de petróleo para 2021: “A OPEP + [Organização
dos Países Exportadores de Petróleo acrescida de países grandes produtores] esperava
aumentar a produção em 2 milhões de barris ao dia em janeiro - cerca de 2% do
consumo global - como parte de uma flexibilização constante dos cortes recordes
de oferta implementados este ano.”
2 – Os grandes produtores
de petróleo ainda não falam em reduzir a produção atual preferindo manter os
níveis atuais contando com a redução dos estoques atuais nos países da Organização
para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
3 – Enquanto isso nos
Estados Unidos, o maior consumidor e produtor de petróleo do mundo, as filas
nas portas dos bancos de alimentos e abrigos continuam aumentando inclusive no
Estado do Texas que segundo um relatório do HSBC
de 2019 "se fosse um país, (...) seria o terceiro maior
produtor mundial, atrás da Rússia e da Arábia Saudita". Somente naquele Estado foram distribuídos
através do North Texas Food Bank, para o Dia de Ação de Graças, 7000
perus e toneladas de alimentos destinados a pelo menos 25.000 pessoas.
4 – Retornando ao
petróleo; a previsão de queda na demanda para 2021 seria motivo de alegria caso
associada a ampliação do uso de combustíveis e matérias primas não poluentes,
contudo, o aviso revela a continuidade da estagnação na produção em diferentes
setores da economia.
5 – Exemplo de estagnação encontra-se na maior
economia do mundo, os EUA, apresentando este país no mês de outubro, queda no
consumo de combustíveis em 5,9 milhões de barris ao dia, quando comparado ao mesmo período de
2019, conforme dados do Energy Information Administration (EIA). O EIA revela
também uma previsão, para 2020, de queda no consumo de eletricidade apresentando
o comércio redução em 6,4% e 8,8% na indústria confirmando a estagnação na
produção.
6 – Esta estagnação não encontra-se
diretamente associada a pandemia e seus sinais remontam, pelo menos, ao ano de
2018 com reduções nas taxas de crescimento nas principais potências econômicas
e do comércio internacional acompanhado do direcionamento de capitais à
especulação nos fundos de investimentos dominando estes as bolsas de valores e
negócios com títulos de dívidas públicas e privadas.
7 – O capital é
destinado, deste modo, à especulação ficando a produção, investimentos em
tecnologia para escanteio ou reduzidos surgindo desta uma economia do lucro
fictício gerado a partir de empresas zumbis (zombies) sobreviventes graças a
injeção de recursos oficiais, mas sem aumentar a produção, contratar
trabalhadores. Nos Estados Unidos, segundo levantamento
publicado no Bloomberg 20% das 3000 maiores empresas estadunidenses
de capital aberto encontram-se nesta condição somando uma dívida superior a US$
1,36 trilhão em títulos corporativos que transformam-se em espécie de moeda
comprada pelo ESTADO e todas elas felizes na Bolsa jogando com papeis novos. Em
termos gerais a pandemia foi até positiva para a manutenção do modelo econômico
amparado na especulação e nos EUA, o governo brasileiro acumula pólvora e já
anuncia o mesmo, o Estado garante a compra destes títulos corporativos
encalhados nos bancos. Que maravilha viver!
8 – O PETRÓLEO ZOMBIE : A
EXXONMOBIL – petrolífera sediada no Texas (sim as multinacionais possuem sede e
nacionalidade) aquele mesmo do North Texas Food Bank encontra-se na lista da
Bloomberg e devemos recordar tratar-se da poderosa herdeira da Standard Oil velha
conhecida dos brasileiros que controlou e controla o petróleo de parcela
significativa do mundo espalhando, desde o final do século 19, seus geólogos
pelo planeta , com
destaque para mr. Link, carregando estes em suas malas “estudos
científicos” negando a existência de petróleo em terra no Brasil e financiando
toda aquela campanha contra os nacionalistas incluindo o escritor Monteiro
Lobato, os militares patriotas (sim, eles existiram) e todos aqueles defensores
do “petróleo é nosso” culminando na crise do suicídio do presidente Getúlio
Vargas em 1954.
9 – A EXXONMOBIL, apesar
da situação de morta viva mantém a pose e circula livremente nas listas da
FORBES além de negociar suas ações em Wall Street com total desembaraço e qual
o segredo de tamanha desfaçatez? Respondo: o poder econômico do petróleo.
10 – Os Estados Unidos
possuem mais de 800
bases militares em todos os continentes prontas para intervir sempre
em nome da “segurança nacional” traduzido este termo como controle das áreas
com reservas ou produtoras de petróleo elemento vital à manutenção do poder
imperialista consumindo este objetivo (somente para manter em funcionamento o
transporte de suas tropas, aviões de combate, embarcações) segundo estimativa do
Pentágono para o ano fiscal de 2020
aproximadamente 88 milhões de barris transformando a força
militar estadunidenses na 47ª maior emissora de carbono do mundo.
11 – Contudo o poder
econômico do petróleo vai além dos combustíveis apresentando-se como matéria
prima influenciando de forma direta todos os segmentos industriais constituindo
o seu controle elemento estratégico à elaboração das políticas econômicas
colocando em vantagem aqueles com acesso, controle, exploração e refino.
12 – A previsão de
redução na produção petrolífera para 2020, desta forma, representa menor utilização
do transporte de cargas e pessoas, redução na utilização de matéria prima originada
na indústria petroquímica aspectos que indicam a continuidade ou aprofundamento
da crise econômica com ou sem vacina e muito distante da mitológica recuperação
em V gerando um quadro de continuidade da disputa pelo controle dos recursos
estatais e como podemos notar com vantagem para as grandes corporações.
13 – O velho e carcomido
discurso individualista, a balela da incompetência estatal devidamente
acompanhada da crença meritocrática surgem, deste modo, como elementos a legitimar
o saque aos cofres públicos, no caso brasileiro, a partir da extinção dos
direitos sociais, demissão de funcionários públicos responsáveis pela
efetivação da educação, saúde, assistência social, pesquisa e ensino superior.
14 – Contudo o imperialismo
acolhe, protege suas empresas patrocinando a política de concentração de um
setor tradicionalmente oligopolizado revelando os motivos dos governos dominados,
entreguistas em privatizar a Petrobras notadamente suas refinarias e segmento petroquímico
a base para qualquer política econômica de superação do atraso. O Brasil desde
os anos 90 aprofunda a sua condição de exportador de comodities devidamente
acompanhado de intensa propaganda ocultando esta a condição de renuncia fiscal
presente na prática, a prática predatória agora liquida os meios estratégicos
para a superação da crise econômica preferindo contribuir com recursos
nacionais a manutenção do sistema de especulação econômica sem gerar empregos e
ainda cortando dos trabalhadores os direitos mínimos.
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