* RACISMO, COLONIZAÇÃO CULTURAL TUDO JUNTO E MISTURADO NO MINISTÉRIO DA SAÚDE
* UM RETRATO SEM MÁSCARAS DA ELITE BRASILEIRA
Por Wladmir Coelho
1 - Na foto ilustrativa
desta postagem aparecem o exmo. sr. ministro da saúde o general Eduardo
Pazuello, o sr. Zezé di Camargo, um governador e demais autoridades civis,
militares e eclesiásticas.
2 – O sr. Mandetta, um antigo
ministro da saúde do sr. Bolsonaro, comparou o uso da cloroquina para evitar a
COVID ao uso da fita do Senhor do Bonfim ou recorrer a benzedeira.
3 – Os ditos sertanejos
ao estilo do comensal da residência do sr. governador do Distrito Federal e onde
mais existir um palácio faz tempo apresentam-se, sem o menor constrangimento,
como cantores de música “country” e dá-lhe chapelão, fivelão, calça apertadinha
com enchimento e carrão Hilux para exibir poder e ocultar sofrimentos explicados,
segundo a lenda, pelo dr. S. Freud.
4 – A fotografia da ágape,
a declaração do antigo ministro revela a ideologia dos governantes fundada no
deboche, no escárnio público da cultura popular a favor do discurso importado,
colonizado e desrespeitoso.
5 – O cantor revela-se um
oportunista político e musical colocando-se à disposição do imperialismo na
exaltação ao enlatado estadunidense divulgando a estética da dominação,
legitimando o “agro é pop” incapaz, este setor, de garantir o fornecimento dos
alimentos básicos ao nosso povo, mas pronto para patrocinar o festival de sabujice
ao império.
6 – O general dispensa
comentários e sabemos que devidamente acompanhado de pelo menos 6 mil outros
oportunistas fardados, entreguistas encontra-se no ministério para garantir,
para além da boquinha, os interesses nada patrióticos da substituição dos
direitos sociais por prestação de serviços garantindo assim a continuidade da
irrigação com dinheiro do trabalhador brasileiro o cassino de Wall Street.
7 – O antigo ministro vai
misturando, e muitos da direita ou esquerda aplaudem, o velho e carcomido
discurso da desvalorização de nossa cultura associada ao atraso em função da
sua originalidade diante do modelo europeu ou daquele transferido para os
Estados Unidos com as práticas diversionistas do sr. Bolsonaro em nada
relacionadas ao conjunto de mitos de nosso povo. O sr. Mandetta culpa a “ignorância”
do povo e coloca-se em condição de superior por representar uma “ciência” pura,
não ideológica, ou seja, recorre ao estrutural preconceito, ao racismo apenas
utiliza um contorcionismo verbal para surgir como descolado, moderninho e assim
distanciar-se do antigo chefe. Eis as origens dos aplausos de O Globo, Folha e
demais representantes das elites nacionais.
8 – Recorro, para terminar
esta postagem, ao filosofo Álvaro Vieira Pinto quando aponta a limitação da
elite nacional autoproclamada culta na realidade pobre possuidora do saber
alguma coisa importado e mesmo assim pronta a debochar, desprezar a classe popular
por ignorar algo. Lima Barreto lá no início do século passado apontou esta
prática colonizada, racista, antinacional a foto sem máscaras do cantor e
demais autoridades vai além da COVID, passa pela Revolta da Vacina, recua aos
tempos dos levantes negros, percorre a miséria dos latifúndios chega aos
supermercados proibidos, em função dos elevados preços dos alimentos básicos,
ao trabalhador brasileiro.
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