domingo, 13 de dezembro de 2020

UM RETRATO SEM MÁSCARAS DA ELITE BRASILEIRA


 

* RACISMO, COLONIZAÇÃO CULTURAL TUDO JUNTO E MISTURADO NO MINISTÉRIO DA SAÚDE

* UM RETRATO SEM MÁSCARAS DA ELITE BRASILEIRA 

Por Wladmir Coelho

1 - Na foto ilustrativa desta postagem aparecem o exmo. sr. ministro da saúde o general Eduardo Pazuello, o sr. Zezé di Camargo, um governador e demais autoridades civis, militares e eclesiásticas.

2 – O sr. Mandetta, um antigo ministro da saúde do sr. Bolsonaro, comparou o uso da cloroquina para evitar a COVID ao uso da fita do Senhor do Bonfim ou recorrer a benzedeira.

3 – Os ditos sertanejos ao estilo do comensal da residência do sr. governador do Distrito Federal e onde mais existir um palácio faz tempo apresentam-se, sem o menor constrangimento, como cantores de música “country” e dá-lhe chapelão, fivelão, calça apertadinha com enchimento e carrão Hilux para exibir poder e ocultar sofrimentos explicados, segundo a lenda, pelo dr. S. Freud.

4 – A fotografia da ágape, a declaração do antigo ministro revela a ideologia dos governantes fundada no deboche, no escárnio público da cultura popular a favor do discurso importado, colonizado e desrespeitoso.

5 – O cantor revela-se um oportunista político e musical colocando-se à disposição do imperialismo na exaltação ao enlatado estadunidense divulgando a estética da dominação, legitimando o “agro é pop” incapaz, este setor, de garantir o fornecimento dos alimentos básicos ao nosso povo, mas pronto para patrocinar o festival de sabujice ao império.

6 – O general dispensa comentários e sabemos que devidamente acompanhado de pelo menos 6 mil outros oportunistas fardados, entreguistas encontra-se no ministério para garantir, para além da boquinha, os interesses nada patrióticos da substituição dos direitos sociais por prestação de serviços garantindo assim a continuidade da irrigação com dinheiro do trabalhador brasileiro o cassino de Wall Street.

7 – O antigo ministro vai misturando, e muitos da direita ou esquerda aplaudem, o velho e carcomido discurso da desvalorização de nossa cultura associada ao atraso em função da sua originalidade diante do modelo europeu ou daquele transferido para os Estados Unidos com as práticas diversionistas do sr. Bolsonaro em nada relacionadas ao conjunto de mitos de nosso povo. O sr. Mandetta culpa a “ignorância” do povo e coloca-se em condição de superior por representar uma “ciência” pura, não ideológica, ou seja, recorre ao estrutural preconceito, ao racismo apenas utiliza um contorcionismo verbal para surgir como descolado, moderninho e assim distanciar-se do antigo chefe. Eis as origens dos aplausos de O Globo, Folha e demais representantes das elites nacionais.

8 – Recorro, para terminar esta postagem, ao filosofo Álvaro Vieira Pinto quando aponta a limitação da elite nacional autoproclamada culta na realidade pobre possuidora do saber alguma coisa importado e mesmo assim pronta a debochar, desprezar a classe popular por ignorar algo. Lima Barreto lá no início do século passado apontou esta prática colonizada, racista, antinacional a foto sem máscaras do cantor e demais autoridades vai além da COVID, passa pela Revolta da Vacina, recua aos tempos dos levantes negros, percorre a miséria dos latifúndios chega aos supermercados proibidos, em função dos elevados preços dos alimentos básicos, ao trabalhador brasileiro.

  


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