sexta-feira, 17 de abril de 2020

ZEMA E SEU TERRORISMO ECONÔMICO





* ZEMA E SEU TERRORISMO ECONÔMICO 

* ARRECADAÇÃO EM MINAS AINDA NÃO FOI CONTAGIADA PELO COVID-19

* FUNCIONALISMO SEM SALÁRIOS POVO SEM DIREITOS

Por Wladmir Coelho

1 – Os detentores do capital diariamente bombardeiam nossas mentes com informações falsas atribuindo como causa da crise econômica as medidas de combate a pandemia notadamente ao dito isolamento social uma medida de alcance limitado quando verificamos a continuidade das atividades do setor produtivo.

2 – Estas mentiras possuem como principal objetivo manter os gastos públicos reduzidos dentro dos chamados limites da “responsabilidade orçamentária” criando, desta forma, meios para a destinação de recursos públicos aos interesses dos bancos e fundos de investimentos alimentando-se estes desde a neoescravização da carteira verde e amarela até a morte de idosos nos hospitais em nome da redução de gastos conforme palavras de um ministro antes de assumir o cargo.

3 – EM MINAS O EXPERIMENTO MACABRO DA IMUNIDADE DO REBANHO E O TERRORISMO OFICIAL:  O sr. Romeo Zema diante da crise detonada a partir da pandemia do COVID-19 resolveu aplicar a máxima popular sintetizada na frase “em tempo de murici cada um cuida de si” e tratou de priorizar a salvação de seus iguais retirando do povo os serviços públicos através da inanição salarial dos trabalhadores da educação, saúde, segurança pública, serviços sociais sempre em nome da economia dos recursos agora com desculpa da queda na arrecadação no mês de março.

4 – Primeiro o sr. Zema resolveu expor aos perigos da contaminação, em nome da terrível experiência dita científica da imunidade do rebanho, os estudantes e trabalhadores da educação editando uma série de medidas atrapalhadas, contraditórias e confusas determinando a reabertura das escolas sempre com a conversa mole das atividades online na realidade uma espécie de educação semipresencial com resultados e alcance duvidosos cujo custo e empresas participantes, até o presente momento, não foram revelados.

5 – Ainda insatisfeito com suas perversidades o sr. Zema surge diariamente em lives e declarações na imprensa levando desinformação ao povo e desespero aos funcionários públicos sempre promovendo o terrorismo econômico agora concretizados na sonegação dos direitos ao pagamento das férias e abono fardamento dos policiais sem falar no atraso dos salários e anúncios dúbios a respeito do pagamento do próximo mês.

6 – Para justificar sua prática de terrorismo econômico o sr. Zema afirma existir uma queda na arrecadação referente ao mês de março em função das medidas de isolamento decorrentes da pandemia do COVID-19, contudo os dados da Secretaria da Fazenda de Minas Gerais revelam uma receita tributária não afetada no primeiro mês da “coronacrise”.

7 – Para entender esta questão – a receita do mês de março -  precisamos primeiro recordar a data exata da decretação das medidas de isolamento social em Belo Horizonte e Minas Gerais ocorrendo a primeira em 18 de março verificando-se a decretação de calamidade pública estadual dois dias depois garantindo, desta forma, uma arrecadação sem a contaminação do dito isolamento social considerando a realização das atividades econômicas, passiveis de recolhimento pelo fisco estadual, em sua maioria no mês de fevereiro.

8 – Ainda com relação ao calendário de abril devemos observar – em função da situação de calamidade pública - uma eventual redução a partir do dia 20 de março e mesmo assim de forma gradual levando em conta o funcionamento dos setores considerados essenciais pertencentes, em sua maioria, ao grupo dos maiores contribuintes.

9 – Em Minas Gerais, segundo dados da Secretaria da Fazenda, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)  recolhido até o dia 13 de abril atingiu o valor de R$ 2,065 bilhões projetando para o mês uma arrecadação de R$ 4,58 bilhões somados estes aos valores previstos para o Imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA) com R$ 352 milhões e Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCD) com R$ 69,8 milhões indicando uma receita ainda não atingida de forma grave em função das medidas de isolamento.

10 – A receita tributária acumulada em Minas Gerais até o mês de março registrou, inclusive, um crescimento de 5% quando comparada com o mesmo período em 2019 ficando reduzida a 0,9% após descontada a inflação revelando não uma virose e sim uma estagnação na produção em momento anterior a pandemia.

11 – Aos números anteriormente apresentados, extraídos do site Estadosfera, revelam o quanto o debate econômico precisa superar os limites da ideologia centrada na redução do Estado ou utilização deste somente em benefício dos ganhadores de sempre e neste caso temos evidente, em todo o planeta, o direcionamento dos recursos públicos aos bancos e destes a oxigenação do mercado de ações e títulos.

12 – A tragédia da economia não foi provocada por um vírus e precisamos da clareza desta informação, inclusive, para superar a crendice da superação das dificuldades no dia ou semana seguinte ao fim do isolamento como fazem crer os vendedores de ilusões.

13 – A estagnação da produção – causa da crise - decorreu da falência de um modelo econômico concentrador, injusto agravado, no caso brasileiro, a nossa condição periférica e dependente tornando infrutífera qualquer tentativa de superação amparada na reconstrução do prédio que desabou, ou seja, a manutenção através do sacrifício dos trabalhadores das remessas fantásticas ao exterior, extinção dos direitos sociais, privatizações e sacrifício de nossas vidas.    







Um comentário:

  1. Muito bom professor Wladmir Coelho. Uma visão com sensibilidade social, em época de extrema direita no poder.

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Programa Escuta Educativa da Rádio Educare.47 do Instituto de Educação de Minas Gerais

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