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ZEMA E SEU TERRORISMO ECONÔMICO
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ARRECADAÇÃO EM MINAS AINDA NÃO FOI CONTAGIADA PELO COVID-19
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FUNCIONALISMO SEM SALÁRIOS POVO SEM DIREITOS
Por
Wladmir Coelho
1 – Os detentores do
capital diariamente bombardeiam nossas mentes com informações falsas atribuindo
como causa da crise econômica as medidas de combate a pandemia notadamente ao
dito isolamento social uma medida de alcance limitado quando verificamos a
continuidade das atividades do setor produtivo.
2 – Estas mentiras
possuem como principal objetivo manter os gastos públicos reduzidos dentro dos
chamados limites da “responsabilidade orçamentária” criando, desta forma, meios
para a destinação de recursos públicos aos interesses dos bancos e fundos de
investimentos alimentando-se estes desde a neoescravização da carteira verde e
amarela até a morte de idosos nos hospitais em nome da redução de gastos
conforme palavras de um ministro antes de assumir o cargo.
3 – EM MINAS O
EXPERIMENTO MACABRO DA IMUNIDADE DO REBANHO E O TERRORISMO OFICIAL: O sr. Romeo Zema diante da crise detonada a
partir da pandemia do COVID-19 resolveu aplicar a máxima popular sintetizada na
frase “em tempo de murici cada um cuida de si” e tratou de priorizar a salvação
de seus iguais retirando do povo os serviços públicos através da inanição salarial
dos trabalhadores da educação, saúde, segurança pública, serviços sociais sempre
em nome da economia dos recursos agora com desculpa da queda na arrecadação no
mês de março.
4 – Primeiro o sr. Zema
resolveu expor aos perigos da contaminação, em nome da terrível experiência
dita científica da imunidade do rebanho, os estudantes e trabalhadores da
educação editando uma série de medidas atrapalhadas, contraditórias e confusas
determinando a reabertura das escolas sempre com a conversa mole das atividades
online na realidade uma espécie de educação semipresencial com resultados e
alcance duvidosos cujo custo e empresas participantes, até o presente momento,
não foram revelados.
5 – Ainda insatisfeito
com suas perversidades o sr. Zema surge diariamente em lives e declarações na
imprensa levando desinformação ao povo e desespero aos funcionários públicos sempre
promovendo o terrorismo econômico agora concretizados na sonegação dos direitos
ao pagamento das férias e abono fardamento dos policiais sem falar no atraso dos
salários e anúncios dúbios a respeito do pagamento do próximo mês.
6 – Para justificar sua
prática de terrorismo econômico o sr. Zema afirma existir uma queda na
arrecadação referente ao mês de março em função das medidas de isolamento
decorrentes da pandemia do COVID-19, contudo os dados da Secretaria da Fazenda
de Minas Gerais revelam uma receita tributária não afetada no primeiro mês da “coronacrise”.
7 – Para entender esta
questão – a receita do mês de março - precisamos primeiro recordar a data exata da
decretação das medidas de isolamento social em Belo Horizonte e Minas Gerais ocorrendo
a primeira em 18 de março verificando-se a decretação de calamidade pública
estadual dois dias depois garantindo, desta forma, uma arrecadação sem a
contaminação do dito isolamento social considerando a realização das atividades
econômicas, passiveis de recolhimento pelo fisco estadual, em sua maioria no mês
de fevereiro.
8 – Ainda com relação ao
calendário de abril devemos observar – em função da situação de calamidade
pública - uma eventual redução a partir do dia 20 de março e mesmo assim de forma
gradual levando em conta o funcionamento dos setores considerados essenciais pertencentes,
em sua maioria, ao grupo dos maiores contribuintes.
9 – Em Minas Gerais,
segundo dados da Secretaria da Fazenda, o Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS) recolhido até
o dia 13 de abril atingiu o valor de R$ 2,065 bilhões projetando para o mês uma
arrecadação de R$ 4,58 bilhões somados estes aos valores previstos para o Imposto
sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA) com R$ 352 milhões e Imposto
sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCD) com R$ 69,8 milhões indicando
uma receita ainda não atingida de forma grave em função das medidas de
isolamento.
10 – A receita tributária
acumulada em Minas Gerais até o mês de março registrou, inclusive, um crescimento
de 5% quando comparada com o mesmo período em 2019 ficando reduzida a 0,9% após
descontada a inflação revelando não uma virose e sim uma estagnação na produção
em momento anterior a pandemia.
11 – Aos números
anteriormente apresentados, extraídos do site Estadosfera, revelam o quanto o
debate econômico precisa superar os limites da ideologia centrada na redução do
Estado ou utilização deste somente em benefício dos ganhadores de sempre e
neste caso temos evidente, em todo o planeta, o direcionamento dos recursos públicos
aos bancos e destes a oxigenação do mercado de ações e títulos.
12 – A tragédia da
economia não foi provocada por um vírus e precisamos da clareza desta informação,
inclusive, para superar a crendice da superação das dificuldades no dia ou
semana seguinte ao fim do isolamento como fazem crer os vendedores de ilusões.
13 – A estagnação da
produção – causa da crise - decorreu da falência de um modelo econômico concentrador,
injusto agravado, no caso brasileiro, a nossa condição periférica e dependente
tornando infrutífera qualquer tentativa de superação amparada na reconstrução
do prédio que desabou, ou seja, a manutenção através do sacrifício dos
trabalhadores das remessas fantásticas ao exterior, extinção dos direitos
sociais, privatizações e sacrifício de nossas vidas.
Muito bom professor Wladmir Coelho. Uma visão com sensibilidade social, em época de extrema direita no poder.
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