terça-feira, 14 de julho de 2020

CORTAR DIREITOS DO POVO PARA AUMENTAR OS LUCROS DOS RICOS




* OS RICOS TAMBÉM CHORAM

* CORTAR DIREITOS DO POVO PARA AUMENTAR OS LUCROS DOS RICOS

* SEGURANÇA PÚBLICA NO ALVO DOS CAPITALISTAS

Por Wladmir Coelho

1 – A Rothschild Capital Partners que administra os investimentos de David D. Rothschild, movimentando em 2019 US$ 330 milhões, recorreu ao programa oficial de apoio as pequenas empresas dos EUA ficando habilitada para o recebimento de até US$ 350 mil como forma de garantir o emprego de seus 8 funcionários.

2 – Os Rothschild não foram os únicos beneficiados existindo, segundo a agência Reuters, outros 2 mil administradores de fortunas na lista de beneficiados com recursos públicos apresentando um grande apetite financeiro sempre alegando salvar empregos normalmente na casa de uma dezena.

3 -  Outro setor da iniciativa privada – as chamadas escolas charter – financiadas a partir de recursos públicos em nome do velho e carcomido discurso da concorrência como forma de melhoria dos serviços sem a intervenção do Estado, ao que parece, conseguiram acesso a pelo menos US$ 1 bilhão, veja bem, neste caso temos somente as chamadas charter algo semelhante ao projeto de vouchers proposto aqui e ali no Brasil e muito caro ao sr. Paulo Guedes.

4 – As escolas religiosas, privadas – as charter apresentam-se como instituições sem fins lucrativos – incluindo aquelas dos muito ricos pegaram outros tantos bilhões enquanto nas escolas públicas na principal economia do mundo ocorrem cortes orçamentários e demissões em nome, inclusive, da implantação do chamado modelo híbrido incluindo na carga horária aulas remotas.

5 – Por falar em modelo híbrido; Bill Gates controla hoje uma fortuna de US$ 114 bilhões, os Walton´s – não aqueles da antiga série de TV, mas os controladores do Wall Mart – guardam um tesouro de US$ 150 bilhões e não param de acumular. Bom Wladmir qual a relação destes homens muito ricos com a educação? Respondo; Gates, sabemos todos, tem interesses no fornecimento de equipamentos para o ensino à distância enquanto a família Walton financia institutos pelo mundo afora defendendo a privatização da educação devidamente acompanhada de escolas presentes em seus fundos de investimentos.

6 – O mundo mais de 1 bilhão de estudantes nos diferentes níveis um mercado fantástico ainda pouco explorado possuindo este uma característica prá lá de atrativa; os governos, inclusive do Brasil, financiam o processo educacional gerando o famoso “capitalismo sem risco” para os investidores.

7 – Aqui no Brasil os bancos, a fundação bafo de onça escrevem os textos das reformas previdenciárias, administrativas com o único objetivo de limpar as folhas de pagamento, fechar unidades escolares sempre acompanhado do que sabem fazer melhor; o desemprego como forma de continuidade do saque aos cofres públicos.

8 – Estes grupos aproveitaram a pandemia do COVID-19 para acelerar o processo de privatização sempre em nome da “eficiência” do setor privado um eufemismo para retirada de direitos dos trabalhadores.

9 – Em Minas Gerais o processo superou o setor da educação e atingiu a Polícia até pouco tempo considerada intocável acreditando, muitos de seus membros, pertencerem ao quadro de uma instituição inatingível pela mão invisível; ledo engano. A polícia também é alvo dos interesses econômicos encontrando-se na lista dos setores colocados em oferta no mercado.

10 – Os defensores do capitalismo sem risco propagam o discurso da austeridade fiscal e apresentam-se, através de suas empresas, com soluções mágicas ao estilo daquela adotada em Sacramento – Califórnia - que terceirizou o setor de trânsito, contravenções ficando aqueles policiais não demitidos com a função de investigar assassinatos e crimes “graves”. Temos ainda os famosos Business Improvement Districts (BIDs) quando determinada área de uma cidade considera insuficiente o serviço público oferecido – segurança por exemplo – e através de um “acréscimo” nos impostos permite ao Estado a contratação de serviços terceirizados. Nova York possui BIDs no setor de segurança possibilitando este modelo a redução nos quadros de sua famosa polícia na qual trabalhou, inclusive, o Kojak.

11- Em tempos de privatização total sequer os exércitos ficam de fora existindo inúmeras empresas internacionais especializadas em guerra – a Venezuela foi recentemente atacada por um exército de mercenários – disputando estas contratos no Iraque, Síria ... com homens recrutados em diferentes pontos do planeta geralmente formados a partir de aulas oferecidas por instrutores contratados pelo Exército dos EUA.

12 – O modelo de privatização no Brasil torna-se mais agressivo diante da crise não poupando esta a sede do capitalismo mundial, os EUA, gerando o choro dos ricos acompanhado este da elevação dos tributos dos países periféricos, colonizados sempre em nome da dita austeridade e competência do setor privado.   


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Programa Escuta Educativa da Rádio Educare.47 do Instituto de Educação de Minas Gerais

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