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12 CONTOS, EIS O PREÇO PARA SER COLONIZADO
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O MUNDO ENCANTADO DE DISNEY VAI DESABANDO
Por
Wladmir Coelho
1 - Ao ler a reportagem
vou verificando o seguinte; a classe média baixa aqui do meu bairro adora
propagandear a respeito dos valores pagos nas escolas privadas acreditando que
seus filhos recebem uma educação superior pelo fato estudar em escola
particular um caminho aberto, segundo a crendice da pequena burguesia, aos
empregos e cargos mais elevados.
2 - Bom, agora vejamos
esta escola de São Paulo com mensalidades de 12 contos. Um pai – que prefere
não identificar-se - afirma realizar um investimento entendendo a escola como meio
de estabelecer contatos, negócios (um casamento também não vai mal). Depois tem
o seguinte; parte dos alunos é constituída por filhos de dirigentes de empresas
multinacionais trabalhando no Brasil, ou seja, os seus herdeiros preparam-se
para a sucessão. Meritocracia de sangue, genética.
3 – E quanto aos herdeiros
aqui do meu bairro? ora, estes seguem com a tradição de ocupar o nível
gerenciamento acreditando, iludidos com o uso de gravata ou sapatênis como
prova de pertencimento ao andar de cima. Ledo engano.
4 – Outro fato a destacar
na reportagem: os pais brasileiros estão retirando os filhos da escola de 12
contos com a conversa mole da inexistência de aulas remotas; há, há, há! a
crise está batendo firme na conta bancária da classe dita alta e ainda tem
gente acreditando em mundo colorido depois da pandemia.
5 – De resto fica a arrogância
da escola estadunidense de 12 contos; segundo depoimentos o ensino não segue a
BNCC – uai a tal de Base Comum não foi aplicada seguindo o sucesso dos EUA? a Reforma do Ensino Médio buscou inspiração em qual país mesmo? – e
não dá bola para as reclamações dos riquinhos da colônia e pouco se importa em
perder alunos. Sorry, periferia.
6 – O riquinho daqui vai
descobrindo o que é ser colonizado.
Será que ele vai descobrindo? Acho que ele se nega a fazê-lo.
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