domingo, 15 de outubro de 2023

 


PALESTINA: A REAÇÃO  CONTRA AS ATROCIDADES DO IMPERIALISMO

Por Wladmir Coelho

1 – A imprensa “livre” auriverde segue a sua função colonial e vai traduzindo as informações conforme a necessidade dos oligopólios aos quais encontra-se associada, dependente.

2 – Ignora a condição colonialista de Israel e apresenta a questão dos palestinos, submetidos desde o final da Segunda Guerra Mundial ao militarismo israelense, como resumida aos acontecimentos de 7 de outubro.

3 – O discurso que predomina na chamada imprensa “livre” vai revelando a estratégia da falsa consciência, ou seja, assume um relativismo fofo no qual os dois lados da disputa estariam errados, mas o erro do mais forte é RELATIVO.

4 – Diante dos fatos não há como negar o cerco, método assassino copiado dos mais cruéis exércitos da antiguidade, que deixa sem água, alimentos e combustíveis uma região bombardeada dia e noite. Quem pratica atrocidades?

5 – O RELATIVO encontra-se na farsa da redução da questão da Palestina ao atual governo fascista ocultando o papel da classe dominante israelense responsável – associada ao imperialismo estadunidense – pelo processo de colonização iniciado no final dos anos 40 da Palestina.

6 – Assim a paz, segundo a imprensa “livre”, não seria iniciada considerando as propostas existentes – inclusive na ONU -  de reconhecimento da Palestina como Estado soberano – com a devida unidade territorial -  e sim a soma de uma mudança de partido no poder em Israel mais o aniquilamento de um grupo apontado como terrorista.

7 – E depois? Como será o dia seguinte a queda de Bibi? Não há necessidade de recorrer aos adivinhos. O imperialismo pode até adotar um discurso relativista fofinho, mas a forma de dominação continuará a mesma provocando a reação dos dominados.

sexta-feira, 25 de agosto de 2023


 


LUTAR ATÉ O ÚLTIMO UCRANIANO: EIS A PROPOSTA DOS EUA

WALL STREET ESPERNEIA, ESTREBUCHA COM O ATRASO DOS PAGAMENTOS

Por Wladmir Coelho

1 - O material que vai ilustrando esta postagem retirei do porta-voz oficial dos tubarões de Wall Street revelando a preocupação dos ricaços com o fracasso da contraofensiva ucraniana e consequente atraso nos pagamentos dos empréstimos e início da "reconstrução" da Ucrânia.

2 - Os jornais dos EUA revelam os bastidores da guerra na Ucrânia e citando as famosas "fontes que preferem não se identificar" apresentam as reclamações dos militares estadunidenses indignados com a cautela "excessiva” dos ucranianos quando o assunto é preservar a vida de seus soldados.

3 – Os militares made in USA, em condição de anonimato, reclamam e pedem o suicídio em massa dos soldados que ainda restam no exército ucraniano: “manter o número de mortos e feridos baixos é necessário para manter a capacidade de combate a longo prazo, argumentam os ucranianos. No entanto, as autoridades norte-americanas acreditam que os ataques limitados dos ucranianos em pequenas frentes dificultam a ofensiva.” Explica o Wall Street.


terça-feira, 15 de agosto de 2023


 


*CANDIDATO ARGENTINO DEFENDE LEGALIZAÇÃO DA VENDA DE ÓRGÃOS
*DOLARIZAÇÃO ENCANTA OS INGÊNUOS
*CLASSE MÉDIA BRASILEIRA VAI NA ONDA

Por Wladmir Coelho

1 - O sr. Javier Milei apresenta-se como "libertário", "anarcocapitalista" e vai conquistando a classes média daqui e de lá....Um antigo mandatário brasileiro gravou até vídeo em apoio ao sr. Milei, prá variar, em nome de DEUS, PÁTRIE E FAMÍLIA.
2 - Aspecto curioso das propostas do sr. Javier Milei é a legalização DA VENDA DE ÓRGÃOS justificado assim pelo anarcocapitalista: “Mi primera propiedad es mi cuerpo. ¿Por qué no voy a poder disponer de mi cuerpo?”
3 - O antigo mandatário brasileiro terminou assim o vídeo em apoio ao candidato que defende a venda de pedaços do corpo como forma de investimento: "se Deus quiser irei visitá-lo brevemente". Completo a frase: "se Deus quiser e a polícia deixar".
4 - DOLARIZAÇÃO: O sr. Milei também promete acabar com a moeda argentina e dolarizar de vez o país. A classe média ingênua vai ao delírio acreditando que ao vender a sua soberania vai passar a nadar em dinheiro estadunidense. Há, há, há! Pergunte aos países africanos controlados pela França o que é possuir uma moeda presa, dependente de outro país e se tiver um tempinho pesquise a respeito do FRANCO CFA.
4 - Apenas para recordar: o corpo no capitalismo é mercadoria igual a qualquer outra agora temos a proposta de legalização de seu fracionamento para atender a quem pode pagar pela vida outra mercadoria a ser oferecida aos muito ricos.

terça-feira, 1 de agosto de 2023


 

PETROBRAS FOI CRIADA PARA GARANTIR A POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO NACIONAL

 

Por Wladmir Coelho

1 - Os jornais apresentam-se preocupados com a REDUÇÃO, vejam bem, REDUÇÃO nos dividendos pagos aos tubarões de Wall Street pela PETROBRAS. Essa patota aglomerada nos fundos de investimentos encontra-se muito bem alimentada desde o governo FHC que transferiu para Nova Iorque os destinos da única empresa nacional em condições de promover a superação do atraso brasileiro.

2 – Enquanto os tubarões eram capitalizados, graças ao sacrifício dos trabalhadores brasileiros, os jornais davam vivas e diziam que economia é assim mesmo e cada um dá o que tem.

3 – O dinheiro do povo brasileiro, com redução e tudo, ainda segue para os tubarões – estrangeiros e nacionais colonizados – e precisamos recordar que a PETROBRAS foi criada para garantir a utilização do PODER ECONÔMICO DO PETRÓLEO para o desenvolvimento nacional, MODERNIZAÇÃO CAPITALISTA, um processo iniciado em 1930 com Getúlio Vargas.

4 – Apenas para recordar: a história mundial do petróleo  revela a condição monopolística de sua exploração e o Brasil escolheu – após ampla movimentação popular – o MONOPÓLIO NACIONAL E ESTATAL contra o MONOPÓLIO PRIVADO. Precisamos recuperar este princípio.

PS 1 – Os tubarões pressionam para aplicação de políticas econômicas pautadas na redução dos salários, dos gastos públicos para – naturalmente – seguir com a prática de lucros e dividendos maiores.    

OS 2 – Até o governo FHC o controle do capital da PETROBRAS era centrado no Estado brasileiro de diferentes formas. A fome neoliberal enviou a petrolífera brasileira para Nova Iorque submetendo-se, por isso mesmo, as leis de lá, do império.  

domingo, 2 de abril de 2023

REFORMA DO ENSINO MÉDIO E IDEOLOGIA RESPOSTA AO ARTIGO DO ECONOMISTA DOUTOR CLÁUDIO DE MOURA CASTRO


 

REFORMA DO ENSINO MÉDIO E IDEOLOGIA

RESPOSTA AO ARTIGO DO ECONOMISTA

DOUTOR CLÁUDIO DE MOURA CASTRO

 

POR WLADMIR COELHO

1 – Em artigo publicado no jornal Estado de São Paulo domingo, 2 de abril, o economista doutor Cláudio de Moura Castro apresenta com nitidez os elementos ideológicos presentes na chamada “reforma do ensino médio”.  

2 – O doutor Moura Castro, para confundir os ingênuos, inicia o artigo descendo a borduna nos ministros da educação nomeados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro um expediente comum em nossos dias e amplamente utilizado por aqueles interessados em manter e ampliar o projeto ideológico representado no antigo mandatário sem os carimbos amplamente conhecidos.

3 – Na mesma edição o jornal paulista, em seu editorial, apresenta um conceito peculiar de democracia no qual o Congresso ao aprovar uma lei – e no caso do editorial em questão tratava-se daquela da autonomia do Banco Central – esta jamais pode ser contestada e no caso em questão não precisamos de muito esforço para perceber os interesses dos banqueiros elevados a condição sacrossanta e desta a famosa condição de fim – no sentido de término – da história.

4 – O fim da história – em termos práticos – significa o seguinte: as leis implantadas pelos interesses do capital são permanentes e não podem ser tocadas, pois representam a verdade absoluta. Eis o conceito de democracia do Estado de São Paulo.

5 – Voltando ao doutor economista Moura Castro vamos observar o seu horror e desprezo ao conceito de democracia como prática participativa  – um exercício perfeitamente possível e previsto em diferentes pontos da Constituição de 1988 – reduzidos pelo economista em questão a condição de  “assembleísmo” e uma delas – segundo o douto autor em análise -  “pariu o Plano Nacional de Educação (PNE)” completando a respeito da Conferência Nacional na qual foi aprovado o PNE: “o caos mais memorável que presenciei em minha vida.”

6 – E o que seria o “caos” na Conferência Nacional de Educação? Primeiro a existência de “milhares de sugestões disparatadas” e depois a falta de referência “as palavras eficiência e qualidade”. Observe: o conceito de democracia do Estadão - e por consequência do economista Moura Castro - não admitem divergências de ideias e menos ainda a construção de um projeto educacional brasileiro a partir dos interesses nacionais, de um consenso efetivado a partir dos trabalhadores e estudantes.

7 – Para o economista Moura Castro o PNE carregava ainda o “perigo” presente na nas “ideias do italiano Gramsci. Nos anos 20, esse filósofo esquerdista se atrapalhou com a lei e foi parar na cadeia. Lá, escreveu sobre educação, com propostas ambiciosas e revolucionárias.” Afirma o economista.

8 – Existindo alguma dúvida a respeito do peculiar conceito de democracia do Estadão e do douto economista devemos observar o culto a ordem estabelecida e desta constatação perguntar: qual era a ordem estabelecida na Itália que resultou na prisão do filósofo esquerdista em função de “trapalhadas” com a lei? Ora, a resposta é simples: a Itália naquele momento histórico encontrava-se submetida a ditadura fascista de Benito Mussolini. Isso qualquer estudante sabe, trata-se de parte dos temas presentes nas antigas e suprimidas aulas de História em função da dita reforma defendida pelo economista Moura Castro.  

9 – Mussolini considerou Gramsci perigoso da mesma forma o doutor Moura Castro e sabem o motivo? Eis a resposta retirada do artigo em análise: “Suas preocupações [as do Gramsci] com as diferenças entre a educação dos pobres e a dos ricos eram e são legitimas. Mas, para ele, a cura seria oferecer exatamente a mesma educação para todos, indo da prática aos píncaros da abstração. O modelo ficou conhecido como ‘politecnia’. Mas essa proposta é fantasiosa.”

10 – A partir das observações do ponto anterior vou destacar duas questões: a primeira o discurso do ‘marxismo cultural’ – o autor em questão não cita o termo, mas apresenta o seu significado - como fantasma presente no Plano Nacional de Educação e deste a contaminar toda prática escolar em nosso país somado as variações do tipo mamadeira erótica, ‘ideologia de gênero’ e todo o delírio amplamente divulgado. A segunda está na confissão dos interesses ocultos na dita reforma do ensino médio confirmando as denuncias realizadas por professores e estudantes, ou seja, a criação de uma escola inferior para os filhos dos trabalhadores e outra para os futuros gerentes. Aquelas escolas para as classes dominantes não vou anotar neste texto por razões obvias: esta parcela da juventude não estuda no Brasil.

10 – Em termos gerais podemos afirmar que o doutor Moura Castro não enxerga educação de qualidade para todos, mas privilégios de classe traduzindo eficiência como sinônimo de criação dos meios para reduzir os estudantes das classes populares a simples condição de produto de reposição mercadológica futura. Desconhece o economista o necessário acesso ao conhecimento acumulado pela humanidade ou dos fundamentos, criação de meios para o melhor desenvolvimento da juventude. Para ele pensar, criticar, entender não é função da escola para o povo.

11 - Deve ser por isso que em seu artigo escreve a respeito da antiga organização do ensino médio nacional: “Tinha de estudar também Química quem gostava de Literatura. E entediar-se como Filosofia quem queria ser físico.” Que respondam a restritiva ideia de formação do douto economista os exemplos de Carl Sagan, Einstein, Bohr e outros físicos e filósofos que felizmente não passaram pela estreita visão de educação do douto economista.  No Brasil recordo o exemplo do zoólogo Paulo Vanzolini, que matriculado hoje no ensino médio, não teria a formação escolar em literatura e quem sabe não desenvolveria – ao lado do cientista – a condição de compositor musical.

12 – Aos poucos vamos observando como a dita reforma do ensino médio representa os interesses ideológicos da classe dominante, dos banqueiros e seus institutos e fundações transformando os professores em meros transmissores do conteúdo apresentado em suas apostilas reduzindo o processo ensino aprendizagem a condição de simples adequação ao mundo sem história da permanente submissão. Ainda não encontrei, entre os defensores da revogação da dita reforma do ensino médio, um defensor da estagnação do modelo educacional e como foi possível observar esta posição pertence aos ditos reformadores.


terça-feira, 21 de março de 2023

 


CREDIT SUISSE

Por Wladmir Coelho
A imprensa "livre" de nosso auriverde torrão - tradicional defensora da não intervenção estatal na economia - promovendo verdadeiro contorcionismo em economês para ocultar o óbvio: o banco UBS não comprou por US$3 bi o Credit Suisse e sim recebeu mais de U$ 100 bi do governo para segurar as pontas do capitalismo financeiro e evitar a quebradeira agora. #UBS #CreditSuisse

domingo, 19 de março de 2023

 





O VELHO E CARCOMIDO DISCURSO DA FIM DA PROPRIEDADE PRIVADA PARA ASSUSTAR A CLASSE MÉDIA DESLUMBRADA

Por Wladmir Coelho
1 - O jornal Estado de São Paulo deste domingo dedicado a São José - mantendo a tradição da imprensa "livre" - gasta uma página inteira com um representante dos grandes proprietários de terras - Dr. Xico Graziano - para semear o pânico na classe média deslumbrada.
2 - Em sua entrevista o Dr. Graziano enxerga - em atos recentes do MST - ameaça ao Estado Democrático de Direito, a propriedade privada e pede providências contra "as invasões de terras produtivas."
3 - Delírio total e absoluto de um defensor do modelo escravista brasileiro, exportador de milho e soja que não alimenta ninguém e não passa de matéria-prima - no exterior - para os famosos biocombustíveis do mundo encantado da sustentabilidade de ocasião.
4 - Seguindo o discursinho carcomido do Estado não interventor na economia o Dr. Graziano entende que o problema é o seguinte: a agricultura nacional passa por um momento virtuoso, mas por problemas na educação temos uma massa gigantesca de agricultores fora do mundo tecnológico; seja lá o que for isso.
5 - Em resumo o defensor dos grandes proprietários afirma que aprendendo as técnicas da grande produção, associada ao modelo de exportação o pequeno vai produzir igual ao grande, ao latifundiário.
6 - Pretende - o discursinho perverso do Dr. Graziano - o reforço da ilusão de classe média, daquele projeto de vida perverso dos Lemann e similares que inundam as mentes de determinados educadores ingênuos com a balela da MERITOCRACIA com a reforma do ensino médio e tudo.
7 - Os juros elevados, a manutenção do modelo de exportação de commodities desviam o resultado do trabalho dos brasileiros para os ricaços de Wall Street e para manter esta forma sacraliza-se a grande propriedade rural consumidora das técnicas importadas totalmente dependente das multinacionais das sementes, dos defensivos, do maquinário.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

DO OTIMISMO AO PÂNICO: O HUMOR DOS CAPITALISTAS QUANTO A GUERRA NA UCRÂNIA SEGUNDO O FINANCIAL TIMES



DO OTIMISMO AO PÂNICO: O HUMOR DOS CAPITALISTAS QUANTO A GUERRA NA UCRÂNIA SEGUNDO O FINANCIAL TIMES 

Por Wladmir Coelho

1 – O jornalista Gideon Rachman do insuspeito Financial Times de Londres, nos momentos que antecederam a visita de mr. Biden a Ucrânia, escreveu o seguinte: “chega um ponto em muitas guerras no qual os lados em conflito se perguntam no que se meteram.” O texto segue revelando o pânico de Vladimir Putin diante de reveses militares em setembro do ano passado em função de uma bem sucedida reação ucraniana e pesadas baixas do lado russo.

2 – Segundo Rachman o quadro agora seria o inverso apresentando os membros da OTAN em público um otimismo desmedido enquanto no particular levantam dúvidas a respeito das condições para um eventual acordo de paz em condições favoráveis à Ucrânia. Sem acordo o prolongamento do conflito dificultaria as possibilidades de continuidade do apoio militar e financeiro dos países da OTAN.

3 – O jornalista do Financial Times entende que a guerra segue negativa para os russos em termos militares ressaltando, no entanto o desempenho favorável para economia apesar das “pesadas sanções”.  Rachman revela que a previsão de contração econômica da Rússia de 20% ou mais não passou de 4% existindo a expectativa de crescimento “no próximo ano.”

4 – O mesmo não é possível afirmar em relação à economia da Ucrânia hoje dependente dos empréstimos (ajuda?) dos Estados Unidos criando a necessidade de uma rápida vitória de Kiev. Existe, do lado da OTAN/EUA, a esperança das forças ucranianas empurrarem os russos para a Criméia forçando uma negociação, contudo Rachman recorda os “pequenos avanços” do exército da Rússia e acrescenta a falta de munição e equipamentos como aviões de combate para o lado ucraniano. O prolongamento da guerra, segundo o Financial Times, não é favorável aos militares ucranianos.

5 – Aqui um parêntese: os jornais noticiaram a ocorrência de protestos, em Washington, contra a destinação de bilhões de dólares à indústria armamentista para manutenção da guerra na Ucrânia. A viagem de mr. Biden a Kiev ocorreu um dia após as manifestações em Washington.

6 – Voltando ao Financial Times: como sabemos o jornal é o porta-vos do capitalismo inglês e ao publicar uma reportagem repleta de insinuações quanto a real situação militar e econômica da Ucrânia revela a preocupação dos donos do dinheiro quanto ao possível calote, afinal são bilhões de euros e dólares financiando armas, munições, aviões de todos os tipos sem esquecer do pagamento dos soldos dos militares ucranianos. O prolongamento do conflito resulta ainda em frustrações para o setor das empreiteiras, das empresas associadas a estrutura de comunicação, de energia todos ávidos por contratos com o Estado altamente vantajosos. Continuará a existir o Estado ucraniano? Perguntam os capitalistas do imperialismo.

7 – A realidade segue revelando um quadro desesperador para o povo ucraniano no qual uma eventual paz será seguida de grave crise econômica e repressão ditatorial ao estilo fascista uma forma clássica para atender aos interesses do imperialismo.  


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

BANCO CENTRAL INDEPENDENTE É DEPENDENTE TOTAL DOS BANQUEIROS

 



BANCO CENTRAL INDEPENDENTE É DEPENDENTE

TOTAL DOS BANQUEIROS

 

Por Wladmir Coelho


1 – O jornal Valor Econômico desta segunda-feira, 13 de fevereiro, apresenta alguns destaques diretamente relacionados aos interesses dos banqueiros e fundos de investimentos e destes a política de juros do Banco Central independente. Vejamos: “após Americanas ‘efeito dominó’ preocupa mercado”. Esta afirmativa mereceu a primeira página, mas no interior do Valor vamos encontrar outras duas: “economia fraca pressiona números do 4º trimestre” e “dona da Ortopé entra em recuperação judicial.” Esta última revelando problemas no setor industrial dos calçados diretamente relacionado as grandes redes de varejo.

2 – No material relativo ao “efeito dominó” das Americanas a reportagem do Valor realiza comparações do caso com as redes Marisa, Ricardo Eletro somados as livrarias Cultura e Saraiva. A mesma reportagem apresenta – com ar de mistério – a intenção de “duas empresas ligadas ao comércio digital, da última leva de abertura de capital, em 2021” solicitarem recuperação extrajudicial.

3 – Para entender melhor o material em questão temos a Marisa tentando renegociar a dívida de R$ 300 milhões, a Cultura falida enquanto a Saraiva permanece em recuperação judicial. A Ricardo Eletro, por sua vez, conseguiu reverter a falência retornando ao status  de recuperação judicial. Neste caso devemos recordar a condição provisória da reversão aguardando, os interessados, o julgamento. O caso das Americanas é amplamente conhecido e não vou aprofundar neste parágrafo, contudo chamo a atenção para os fatos corrupção e roubalheira tradicionalmente atribuídos ao Estado e agora verificados como prática comum no setor privado.   

4 -  Como elo de ligação entre as empresas citadas o Valor cita a dependência destas dos empréstimos bancários para a famosa “alavancagem” que diante da elevação dos juros – regulamentados – os comentaristas preferem o termo regulado - pelo Banco Central independente -  provocaram um aumento nas despesas financeiras de 176% entre 2021 e 2022.

5 – Desta forma não há taxa de lucro que aguente e dá-lhe reestruturação das empresas com demissões, fechamento de lojas e falsificação de balanços. Este expediente, em termos práticos, visa salvar a dinâmica dos tempos de crise do capitalismo através do chamado capital fictício registrado como real nos livros de contabilidade proporcionando lucros aos especuladores de Wall Street através do pagamento de dividendos – sem lucro contábil isso não existe.

6 - Os juros elevados surgem, inclusive, para transformar  o Estado em fiador de um sistema econômico amparado na farsa através do  recurso dos títulos da dívida controlados pelos banqueiros através de seu sindicato denominado Banco Central. Desta forma eventuais quebradeiras encontram nos cofres públicos um alívio para os banqueiros mantendo segura a taxa de lucro. O dinheiro do povo em vez de encontrar sua realização nas escolas, saúde, transporte ou financiar a produção acaba servindo para sustentar um modelo injusto voltado aos interesses dos grandes senhores do capital ampliando as perdas internacionais.    

7 - Em resumo; para garantir os lucros estratosféricos os bancos exigem, além das garantias das empresas, o Estado como fiador de uma cadeia de exploração envolvendo as frases sagradas diariamente repetidas pelos famosos comentaristas econômicos: “ajuste fiscal”, “corte de gastos”, “teto de gastos”.

8 – O curioso é observar os bancos a assumirem publicamente a condição de elementos do atraso econômico. Vejamos um detalhe importante observado na matéria do mesmo Valor: “economia fraca pressiona números do 4º trimestre.” Neste ponto temos o banco multinacional Santander – aquele que cresceu com apoio direto da ditatura fascista do generalíssimo Franco – prevendo queda nos lucros das empresas sob sua cobertura de “14,3% na comparação anual, pressionadas pela alta nos juros [grifos nossos] e desaceleração econômica no Brasil durante os três meses finais do ano.” Os três maiores bancos privados no Brasil – o Santander é o 3º - viram seus ganhos reduzirem em 7,3% resultando em lucro de apenas R$ 64,3 bilhões em 2022. Saibam todos: o rotativo do cartão de crédito, os juros estratosféricos cobrados nos empréstimos utilizados para cobrir os salários insuficientes, os empréstimos consignados transformam o nosso povo em parcela escravizada dos banqueiros. Temos ainda os famosos cortes de gastos públicos como forma de garantir o Estado como fiador das elevadas taxas de juros conforme explicamos anteriormente.  

8 – Por fim a indústria da moda e calçados simbolizados no caso Ortopé. Esta empresa simplesmente fraudou operações com o setor das grandes varejistas como Riachuelo e C&A e Rener criando duplicatas frias para, conforme o Valor, “operar antecipação de recebíveis com notas fiscais dessas operações inexistentes.” A Ortopé, igualzinho as Americanas, presta conta aos famosos fundos de investimentos e estes precisam apresentar aos associados lucros em todos os investimentos e pagar elevados dividendos constituindo um elemento importante para o famoso capital fictício necessitado, este, de um ponto de apoio real, verdadeiro. A Ortopé faz parte do setor industrial e sua recuperação judicial revela um aumento dos problemas econômicos e aqui voltamos ao ponto inicial, ou seja, o efeito dominó previsto na manchete do Valor, embora amenizado ao longo da reportagem.

9 – O debate a respeito do controle da política financeira, econômica, como podemos observar, vai além do discurso tecnocrático da existência de um Banco Central independente elevado na imprensa comercial à condição de  divindade e passa necessariamente pela superação do Estado como espécie de fiador de um sistema apoiado na fantasia contábil e das práticas de corrupção no setor privado. Ao Estado, notadamente em um país dependente da exportação de comodities como o Brasil, é necessário o controle dos setores econômicos estratégicos – petróleo, energia, mineração – caso exista interesse na superação de um modelo atrasado.


sábado, 11 de fevereiro de 2023

O FACTÓIDE E A POETISA

 


O FACTÓIDE E A POETISA
COMO OCUPAR ESPAÇO E CRIAR CORTINAS DE FUMAÇA

Por Wladmir Coelho
1- O Maquiavel do Brejo criou mais um factóide desta vez envolvendo a poetisa Adélia Prado. Isso foi o bastante para o herdeiro do vovô e do bolsonarismo ganhar espaço na imprensa nacional, um reforço fantástico para a personagem que o canastrão criou devidamente assessorado por marqueteiros.
2 - Enquanto isso segue o herdeiro - meu filho um dia isso tudo será seu! - sua politica de retirada dos direitos dos professores, de total abandono da saúde, da entrega do patrimônio público através de escandalosas privatizações.
3 - O factóide envolvendo a poetisa soma-se ao "ovo" - da serpente?- reforçando a imagem de um homem "simples", do povo, até ingênuo, um capiau.
4 - A verdade é bem diferente; o capiau é na realidade um playboy semelhante a outro conhecido politico do Leblon. Ambos jamais trabalharam e possuem o mesmíssimo discurso contra os direitos do povo.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

O BANCO CENTRAL É O SINDICATO DOS PARASITAS E EXPLORADORES DO POVO!

 



O BANCO CENTRAL É O SINDICATO DOS

PARASITAS E EXPLORADORES DO POVO!

Por Wladmir Coelho

O senhor da foto é Roberto Campos um entreguista, conspirador, golpista, agente do imperialismo estadunidense. Bob Fields, como também era conhecido, sabotou o governo João Goulart, o regime democrático  e articulou, junto a embaixada dos EUA e a CIA, o golpe de 1964.

Vale recordar que o Banco Central foi criado em dezembro de 1964 – o golpe foi em março daquele ano – quando Fields ocupava o cargo de ministro do Planejamento do primeiro governo golpista chefiado pelo Marechal Castelo Branco.

Hoje Roberto Campos Neto (Bob Fields III) ocupa a presidência da instituição oficial dos banqueiros garantindo o aumento dos juros para o enriquecimento da turma de Wall Street e não pretende largar tão cedo o osso herdado do vovô.

O Banco Central independente é responsável pelo assalto ao povo efetivado, principalmente, através dos juros do cartão de crédito, dos empréstimos bancários, inclusive os consignados, levando o trabalhador a escravidão das dívidas impagáveis, ou melhor, pagas uma, duas, três vezes.  


sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

GOLPE DE ESTADO E HOLLYWOOD

 


GOLPE DE ESTADO E HOLLYWOOD

SETE DIAS DE MAIO: COMO A CRÍTICA PODE REVELAR O APOIO AO SISTEMA

Por Wladmir Coelho

1 – O cinema estadunidense constitui um importante segmento da indústria cultural reconhecidamente aproveitado como instrumento de aculturamento e não são poucos os exemplos da transformação de inocentes, adocicados, patrióticos filmes em panfletos políticos voltados a imposição de modelos econômicos e políticos notadamente a respeito do conceito de democracia e direitos humanos.

2 –  A Agência Central de Inteligência, os serviços secretos das forças armadas dos Estados Unidos, o FBI possuem departamentos específicos para o contato com Hollywood e destes o financiamento das produções seguindo estas, naturalmente, os interesses dominantes do imperialismo.

3 – Apenas para recordar: aqueles com mais de 50 anos cresceram assistindo Zorro, Daniel Boone, Viagem ao Fundo do Mar e outros enlatados todos voltados à sacralização da crença no Destino Manifesto.

4 – Existe ainda o outro lado, ou seja, quando Hollywood revela uma critica ao modelo estadunidense de política, economia e mesmo dominação imperialista. Existe mesmo? Afinal como um filme orçado em milhões de dólares voltado aos mercados interno e mundial vai conseguir financiamento colocando-se fora do padrão? O segredo está na arte de elaborar uma crítica em apoio ao modelo.

5 – Antes de continuar vamos observar o seguinte: não faço aqui referências a eventual existência do cinema alternativo estadunidense – alternativo, vamos falar a verdade, um termo amplíssimo – falo de Hollywood e seus elevados custos, dos investimentos financeiros e políticos envolvidos.

6 – Para ilustrar a intervenção do poder econômico e político em Hollywood vou aproveitar um tema atual; o golpe de Estado. Os Estados Unidos, como sabemos, apresentam-se como exemplo de solidez democrática uma espécie de país encantado onde não existem lutas de classe e as divergências políticas são tratadas no Congresso e resolvidas em eleições livres.

7 – Esta condição de encantamento dos EUA desaba quando analisamos atentamente a sua história e verificamos os meios utilizados para garantir os resultados das eleições com eliminação daqueles eleitores inconvenientes aos grupos dominantes representem estes excluídos grupos étnicos, raciais, sociais.

8 – O recurso ao golpe de Estado também faz parte da história política dos Estados Unidos e não ficam resumidos ao carnaval de Trump no Capitólio, existem assassinatos, renuncias e militares golpistas. Kennedy, quem sabe, seria o exemplo mais recente, mas antes dele Roosevelt também foi vítima de uma tentativa violenta para colocar fim ao seu governo.   

9 – A organização de um golpe contra Franklin Delano Roosevelt ocorreu em 1933 envolvendo a nata dos capitalistas estadunidenses, militares de alta patente, setores da imprensa um grupo muito bem organizado e poderoso. Os motivos: Roosevelt caminhava para a implantação de um rígido controle estatal da economia organizando os setores produtivos em “sindicatos” determinando desde a quantidade a ser produzida, a forma de distribuição além dos valores salariais. Possivelmente o fato “sindicato” não assustasse muito os capitalistas, afinal vivíamos em plena era da concentração, da eliminação da concorrência o problema encontrava-se nas compensações anunciadas aos trabalhadores resultando esta em necessária ampliação na cobrança de impostos dos capitalistas e consequente redução da margem de lucro.  

10 – O golpe contra Roosevelt foi derrotado e seus participantes receberam uma espécie de anistia aquela do esquecimento, afinal eram todos muito poderosos e possuíam seus governadores, senadores e generais de estimação. A Segunda Guerra Mundial e as relações comerciais dos EUA com a Alemanha nazista colocaram em evidência os antigos golpistas: resistiam os banqueiros, a indústria automobilística e petrolífera – sempre o petróleo! – em suspender as relações comerciais e depois da proibição continuaram contrabandeando combustíveis e outros produtos.

11 – Voltando ao cinema: Hollywood aproveitou parte deste enredo golpista realizando em 1964 – que ano! – o filme Sete dias de Maio. Dirigido por John Frankenheimer que reuniu um elenco com nomes de peso da época: Burt Lancaster, Kirk Douglas, Ava Gardner e outros. A trama desenvolvia-se a partir da organização de um golpe militar liderado pelo chefe do Estado Maior das Forças Armadas o general James Scott – interpretado por Burt Lancaster – contando este com o apoio dos demais comandantes e segmentos “conservadores” do senado. A trama dos generais Scott é descoberta pelo coronel Martin Casey – Kirk Douglas – que revela ao presidente Jordan Lyman - Frederic March -. O resultado do ato do coronel Casey não será diferente daquele de 1933 com Roosevelt.

12 – Sete dias de Maio foi filmando em plena Guerra Fria  ainda com a tinta fresca do Macarthismo, pouco tempo após a crise dos misseis com Cuba e no ano seguinte ao assassinato de John Kennedy. Sem falar que foi o ano do golpe, com total apoio e financiamento dos EUA, contra João Goulart no Brasil e deste a derrubada de governos nacionalistas em todo o continente.

13 – O termo golpe de Estado – em nossos dias – circula no ar e não é exclusividade do Brasil e no Sete dias de Maio aparece até de forma ingênua revelando um presidente – pacifista – que após assinar um acordo com a União Soviética torna-se alvo do militarismo estadunidense. O problema está neste ponto: o sistema eleitoral estadunidense é diretamente controlado pelo capital e deste o setor armamentista financia democratas e republicanos – os dois únicos partidos com chance de vitória eleitoral – tornando necessário para eleição de um presidente pacifista uma mudança radical no sistema eleitoral dos Estados Unidos.

14 – O filme, ao contrário, até exalta o modelo eleitoral em diferentes momentos notadamente no final quando em discurso à imprensa o presidente Jordan Lyman reafirma a vitória da Constituição. Vejamos neste ponto outra ingenuidade: o golpe é organizado exclusivamente por militares e políticos sem a participação do capital a não ser por uma insinuação – insinuação mesmo – da adesão do oligopólio da comunicação.

15 – Sete dias de Maio representa a crítica a favor, pela superioridade do modelo democrático estadunidense e Hollywood faz isso muito bem vendendo ao planeta a ideologia, a crença no Destino Manifesto.

Nota: Sete dias de Maio pode ser assistido gratuitamente no Youtube e o link é este:  https://www.youtube.com/watch?v=XD2PR1djaXU


Programa Escuta Educativa da Rádio Educare.47 do Instituto de Educação de Minas Gerais

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