quarta-feira, 30 de março de 2022

O TIRO NO PÉ DAS SANÇÕES

 



O TIRO NO PÉ DAS SANÇÕES

A SITUAÇÃO DOS REFUGIADOS NA EUROPA E EUA

WALL STREET: O PODER DA INDÚSTRIA BÉLICA

Por Wladmir Coelho

COMO ERA PREVISTO:  A imprensa livre ocidental vai confirmando as previsões mais pessimistas a respeito do “tiro no pé” da adoção pura e simples das sanções contra a Rússia determinadas a partir dos interesses de Wall Street. A agência de notícias britânica Reuters – tradicional porta-voz dos interesses imperialistas – aponta em material publicado em 30 de março as amargas consequências da submissão da União Europeia aos Estados Unidos a começar pelo risco de recessão na Alemanha, a inflação espanhola próxima dos 10%, os riscos de aprofundamento da crise energética.

TRISTEZA DE UNS: A informação da Reuters segue revelando algumas contradições: o governo da Alemanha anuncia a retomada do programa nuclear para superar a crise energética em função da clássica dependência do gás da Rússia. A postura da presidenta do Banco Central Europeu – feito barata tonta – percorrendo os órgãos da imprensa livre gaguejando a revelar o seu “dilema” entre implementar políticas classificadas pelos ortodoxos do liberalismo como “populistas” e aquelas voltadas a maior exploração possível e impossível do trabalhador.

ALEGRIA DE OUTROS: O governo alemão como forma de superar a crise econômica – utilizando um antigo recurso – aumentou em 100 BILHÕES DE LIBRAS os gastos militares e dá-lhe valorização das ações da indústria bélica. Material do Financial Times em 30 de março revela a euforia diante do repentino aumento dos lucros dos controladores e acionistas do setor de armas de guerra diante da intervenção estatal no setor. O Estado alemão segue comprando tanques e outros artefatos enviados como ajuda humanitária à Ucrânia.

O PREÇO DA LIBERDADE É A ETERNA VIGILÂNCIA:  Diferentes jornais publicaram a seguinte manifestação do Citigroup: “A eclosão da guerra alertou os governos e investidores europeus para o importante papel que as empresas de defesa desempenham na proteção das democracias liberais e seus valores”.

VAI LÁ EM CASA: O jornal chinês Global Times do dia 29 de março publicou uma longa matéria a respeito da situação dos ucranianos na Europa notadamente na Polônia. O material chinês utilizou desde depoimentos de refugiados a publicações da imprensa europeia e revelou um descompasso entre o discurso do amor e acolhimento e a dura realidade dos ucranianos alojados em estações de trem e abrigos precários expostos aos traficantes de mulheres, de órgãos e escravos.

QUAL O ENDEREÇO? A maior parte dos ucranianos refugiados, revela o Global Times, é constituída por mulheres, crianças e idosos aspecto a dificultar o interesse dos capitalistas europeus que buscam trabalhadores a baixo custo e não pessoas em vulnerabilidade aumentando, segundo a reportagem, os gastos sociais dos governos e como sabemos a ordem é queimar dinheiro na indústria bélica e continuar alimentando a GUERRA DA OTAN/ ESTADOS UNIDOS.

HOME SWEET HOME: Os Estados Unidos prometeram receber 100 mil ucranianos existindo na fronteira com o México milhares destes esperando o cumprimento da promessa. A questão da imigração nos EUA conhecemos muito bem e segundo a CNN o critério adotado nos postos fronteiriços é o tipo físico; branco, louro, olhos azuis passa os demais ficam e mesmo assim o Global Times aponta inúmeras dificuldades para os ucranianos entrarem na terra prometida. Segundo a BBC a Rússia recebeu 350.632 refugiados enquanto os Estados Unidos ainda não conseguiram informar o número total que segundo o Global Times não alcançaria uma dezena.


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