domingo, 3 de abril de 2022

DEPUTADO PEDE SACRIFÍCIO AOS PROFESSORES E TRABALHADORES DA SEGURANÇA PÚBLICA

 


- DEPUTADO PEDE SACRIFÍCIO AOS PROFESSORES E TRABALHADORES DA SEGURANÇA PÚBLICA

- A BALELA DO TUDO É RELATIVO COMO FORMA DE PERPETUAR A EXPLORAÇÃO

Por Wladmir Coelho

1 – “TUDO É RELATIVO” eis o bordão dos interessados na mistificação da realidade entendida como permanente, imutável restando aos mortais a busca de formas para adaptar-se ao que está aí ou cair fora do planeta.

2 - Os defensores desta imutabilidade apresentam-se de forma sofisticada com carinha de austeridade e sempre com aquela pinta de bem sucedido na vida, um “meritocrata”, reduzindo as questões econômicas a condição mágica base para a crença no deus mercado a quem todos devemos levar nossas ofertas e sacrifícios inclusive da vida.

3 – Este culto ao deus mercado naturalmente apresenta uma teologia, um clero voltado a manutenção e continuidade dos ritos além de administrar as ofertas e regularizar os sacrifícios conforme a interpretação dos desejos da divindade em questão. Vejam: a religião do “TUDO É RELATIVO” prega uma realidade imutável, mas submetida aos humores de um deus alimentado a partir de ofertas materiais e quando estas sofrem algum tipo de queda a divindade exige sacrifícios para retomar a forma ideal. E quem decide como será? Naturalmente aqueles possuidores dos meios necessários para reconhecer e interpretar os desejos do deus mercado afinal são eles a governar o templo.

4 – Vejamos em termos práticos a questão da mística mercadológica e sua associação ao fim da história ou imutabilidade a partir de um pequeno artigo publicado no jornal O TEMPO, no dia 2 de abril, assinado pelo deputado Marcus Pestana que também é economista, intitulado “Minas: laboratório para responsabilidade fiscal II.”

5 – O autor do texto em questão inicia revelando o mundo das anormalidades em Minas Gerais, mostra o “caos” seguido de uma enxurrada de números revelando os baixos salários do grosso da população e reconhecendo, inclusive, a necessidade de valorização dos funcionários públicos citando especificamente os professores e policiais.

6 – Realizadas as constatações obvias o autor assume o discurso místico relativista da “responsabilidade fiscal” citando índices e médias revelando um quadro econômico terrível pedindo, como de costume, o famoso SACRIFÍCIO, afinal gasta-se muito com escolas, hospitais, segurança pública e “tudo tem limite” insinuando a necessidade de redução destes direitos como é possível observar na frase destacada pelo jornal: “O JUSTO NEM SEMPRE É POSSÍVEL. TUDO É RELATIVO, E OS PARÂMETROS DEVEM SER REALISTAS.”

7 – Sem o menor pudor o sr. Pestana defende o não cumprimento das determinações constitucionais incluindo o piso nacional dos professores somado a relativização dos direitos sociais sempre apoiado na mística dos números manipulados gerando o discursinho ao gosto da “imprensa livre” ingenuamente degustado pela classe média.  A doutrina do TUDO É RELATIVO, também vulgarmente apelidada de cada um por si, encontra-se na escola em apostilas ricamente ilustradas prometendo ao jovem um mundo fantástico bastando para isso aceitar o credo da imutabilidade, do fim da história resumido na adaptação as condições impostas pelo deus mercado.

8 – Os PARÂMETROS REALISTAS do sr. Pestana não passam do velho e desgastado discurso do “sempre foi assim” a negar a condição histórica da realidade e desta os elementos a gerar a forma de enriquecimento a partir da exploração do trabalho. O senhor Pestana entende como realidade o prosseguimento da exploração do povo com o único objetivo de manter os meios de enriquecer aqueles muito ricos.   


Um comentário:

  1. Usar o recurso do Fundeb para a corrupção desses pastores e de seu chefe e não pagar o que é devido por lei às professoras É Abuso!!! Nós professoras somos abusadas por esses machões corruptos. A Lei Maria da Penha considera abuso sexual, psicológico, patrimonial, econômico.
    Estamos sendo abusadas pelo governador e pelos deputados que o apoiam.

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Programa Escuta Educativa da Rádio Educare.47 do Instituto de Educação de Minas Gerais

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