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NEODERRAMA PARA SALVAR O IMPÉRIO
*RETIRAR
OS DIREITOS DOS TRABALHADORES PARA SALVAR OS RICOS
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AULAS REMOTAS, BOLSA DE VALORES, LUCRO PARA OS RICOS; QUAL A RELAÇÃO?
Por
Wladmir Coelho
1 – Qual a relação entre ensino
a distância, sobe e desce das bolsas, desemprego, COVID-19? a resposta vamos
encontrar nas políticas econômicas criadas para sustentar ou garantir a
sobrevivência do modelo econômico amparado na especulação totalmente dependente
do controle, pelo capital, de todo e qualquer recurso existente incluindo
aqueles dos cofres estatais.
2 – As reformas educacionais
implantadas em diferentes pontos do planeta Terra – não esqueça que o Brasil é
parte deste – foram aceleradas a partir da pandemia do COVID-19 sempre no
sentido de efetivar cortes orçamentários amparados nas legislações promotoras
da redução do tempo presencial convertido na ilusão do aumento da carga horária
através do dito ensino à distância ou em tempos de pandemia apelidado
carinhosamente de aulas remotas.
3 – Naturalmente as
formas para efetivação do modelo de ensino à distância decorrentes das
condições econômicas dos respectivos países ou mesmo entre regiões no interior
dos territórios nacionais encontram-se, quando chegamos ao aluno, submetidas ao
fato classe social acessando o ensino aquele em condições de pagar a internet e
possuir o equipamento necessário de resto fica a opção de um belo dia receber
umas apostilas sem apoio profissional um verdadeiro retrocesso considerando no
passado a existência de meios utilizando o rádio, a tv inclusive através das
emissoras comerciais em cadeia. A dita democratização da internet ficou no
discurso, o moderno tratou de isolar ainda mais segmentos gigantescos de nosso
povo agora ameaçados pela ampliação, não do acesso ao conhecimento, mas da
restrição ao ensino. Eis o mundo das oportunidades.
4 – Considerando a situação internacional o
centro do capitalismo mundial, os Estados Unidos, vai revelar a média de 7 (sete) alunos por professor nas escolas dos
muito ricos incluindo neste grupo o filho mais novo de Donald Trump, enquanto
isso, as escolas públicas em diferentes regiões daquele país demitem
professores de Educação Física, Artes, gastam fortunas em avaliações externas
promovidas a partir de fundações dos bancos e promovem cortes gigantescos nos
orçamentos sem falar nas reformas propostas a partir dos interessados de forma
direta na ampliação do tempo online a saber mr. Bill Gates e sua fundação
filantrópica cujo resultado sempre aumenta os lucros de suas empresas.
5 – Ainda nos Estados
Unidos o plano para apoiar os estados na manutenção das escolas implica no auxílio
público aos estabelecimentos de ensino para os filhos dos muito ricos neste
caso desobrigados de demitir professores ou aumentar o número de alunos por turma
apresentando estes, na rede oficial, números semelhantes aos encontrados no
Brasil.
6 – Durante as manifestações
contra o assassinato pela polícia do cidadão negro George Floyd a maior
democracia do mundo prendeu, pelo menos, 10 mil pessoas dentre estas uma
professora da cidade de Nova Iorque, Brigette Brantley, agora
desempregada em função da não renovação dos contratos em obediência a política
de cortes orçamentários.
7 – Brantley ganhou notoriedade
após uma entrevista a NY1 revelando, de forma franca e objetiva, os motivos de
sua participação nos protestos perguntando: “o governo deu US$ 1.200 para as
pessoas sobreviverem em março. O que você pensou que ia acontecer depois?” em
outro questionamento revela as causas para a adesão dos jovens ao movimento: “Eles
tiraram os empregos da juventude. O que você pensou que ia acontecer?"
Brantley diz não concordar com os saques e depredações, mas não acredita que estes
fatos tenham gerado prejuízos aos bancos e grandes redes comerciais afirmando: “são
empresas com bilhões de dólares que têm seguro, portanto não se ofenda, mas
tudo ficará bem."
8 – A imprensa capitalista,
de um modo geral, preocupa-se muito com as vitrines das grandes redes de lojas
e portas de vidro dos bancos esquecendo, todavia, dos trilhões desviados do
povo para os cofres destas instituições ignorando, na totalidade, as consequências
destas políticas para o cumprimento dos direitos sociais.
9 – A política econômica dos
Estados Unidos priorizou o socorro aos grandes conglomerados financeiros e
empresariais este fato, como percebemos, exclui do socorro oficial os
trabalhadores abandonados e submetidos ao controle das forças de repressão ameaçados
de prisão. Esta política apresenta como preço a necessidade de ampliação do
controle imperial da economia traduzida esta ação no aumento da cobrança dos
tributos e conhecemos bem esta forma através da derrama aquela política fiscal
condenada pelo alferes Tiradentes.
10 – O simples repasse de
recursos públicos aos banqueiros – lá na matriz –salvou os bancos da falência
imediata através da garantia da compra dos títulos das dívidas dos oligopólios uma
espécie de respirador artificial para a continuidade da recompra das ações revelando,
para a sua continuidade, a necessidade de eliminação da eventual concorrência
ou controle direto dos setores lucrativos afinal o dinheiro precisa sair de
algum lugar e como sabemos, apesar das impressoras, ele não nasce de forma
espontânea precisando de efetivo trabalho, produção.
11 – A onda de
privatização defendida nos jornais brasileiros resulta desta neoderrama venha
esta na extração de mais recursos do trabalhador através da entrega da água da
COPASA e outras empresas de saneamento aos oligopólios mandando estes mais
recursos ao exterior ou quem sabe através da venda do Banco do Brasil
capturando através deste golpe, inclusive, os depósitos oficiais controlando toda
a movimentação financeira estatal e jogando estes valores no mercado mundial
colocando a serviço da banca internacional o resultado da produção brasileira.
Haja patriotismo!
12 – Os defensores da
política de submissão aos interesses imperiais aqui no Brasil proclamam-se
patriotas e devem ser mesmo considerando como pátria a matriz ou os interesses
da classe dominante estadunidense e seu total desprezo pelos trabalhadores.
13 – O Brasil conheceu,
não faz 30 anos, a efetivação dos padrões mínimos de atenção educacional e vai
perdendo este mínimo em meio aos cortes orçamentários em nome da salvação do modelo
econômico da neoderrama justificando, esta prática, a redução da carga horária presencial
nas escolas, as demissões de professores contratados, o fechamento de turmas e
escolas, os cortes nos direitos dos trabalhadores na educação.
14 – Este quadro
tenebroso pode parecer aos ingênuos um efeito da pandemia de COVID-19 a
desaparecer depois da vacina, mas veja bem; estes ataques aos trabalhadores e
direitos sociais estavam em marcha antes do vírus e receberam, isto sim, uma
aceleração e segue passando por cima dos empregos, dos direitos a moradia, a
educação, a saúde.
15 – A improvisação dos
governos com suas aulas remotas revelam uma ação oportunista no sentido de
implementar reformas desenhadas exatamente pelos banqueiros e fundações dependentes
dos fundos internacionais de investimentos – base do mercado de ações – e neste
salve-se quem puder colocam-se a criar a confusão de sempre em nome do “isso é
o possível”, ou, “pare de criticar e aponte uma solução” colocando trabalhador
contra trabalhador expondo aqueles mais dedicados ao desgaste poupando os
verdadeiros interessados no lucro através da morte.
Assim foi na ditadura com o mobras, ensino pelo rádio!
ResponderExcluirMuito Boa analise
ResponderExcluirRecolonizaçao dos países periféricos
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