domingo, 21 de fevereiro de 2021

MIRIAM LEITÃO ESPERNEIA, ESTREBUCHA E ACABA REVELANDO OS MOTIVOS DA HISTERIA EM RELAÇÃO A TROCA DE ADMINISTRAÇÃO NA PETROBRAS

 



* MIRIAM LEITÃO ESPERNEIA, ESTREBUCHA E ACABA REVELANDO OS MOTIVOS DA HISTERIA EM RELAÇÃO A TROCA DE ADMINISTRAÇÃO NA PETROBRAS

Por Wladmir Coelho

1 – A sra. Miriam Leitão confirmou em seu artigo dominical uma suspeita que vai ganhando forma a respeito da substituição no comando da Petrobras. Escreveu a jornalista de O Globo: “Eles [o general indicado e o presidente do Conselho da empresa um almirante] agora farão juras à economia de mercado e à governança da empresa. Será mentira. Alguns do mercado vão fingir acreditar.” Desta citação leitoniana destaco a expressão “alguns do mercado” e considerando o grau de exigências para pertencer ao elevado círculo das finanças e desta influir em questões como a gestão da Petrobas estamos, de forma evidente, nos referindo aos   muito ricos.

2 – A sra. Leitão a partir da frase em questão revela o tamanho da disputa envolvendo diferenças conflitantes entre frações dos muito ricos. E quais seriam as vantagens daqueles que “vão fingir acreditar”? a ilustre jornalista não explica, mas podemos começar a juntar os caquinhos e perceber os interesses no controle das empresas estratégicas, incluindo a Petrobras, seguindo o caminho óbvio do dinheiro, ou alguém acredita num capitalista a  fingir o lucro? Vejamos: o sr. Roberto Castello Branco foi conduzido à presidência da Petrobras para acelerar a privatização da empresa e assim procedeu atendendo as expectativas do dito mercado entregando a distribuidora BR, a refinaria Landulpho Alves aos apetites insaciáveis dos muito ricos representados nos fundos de investimentos entrelaçados estes, como sabemos, aos grandes bancos nacionais e internacionais.

3 – DÁ CÁ O MEU! Primeiro precisamos entender que o sr. Castello Branco não foi substituído pelo o sr. Castello Vermelho como está a sugerir a histérica reação dos comentaristas econômicos dos jornalões brasileiros criando a impressão de ter indicado, o sr. Jair Bolsonaro, um cavalo dos generais Horta Barbosa ou Estilac Leal para a presidência da Petrobras. Calma minha gente, o sr. general Joaquim Silva e Luna foi apontado para manter, ou melhor, incluir no seleto grupo de beneficiários do saque ao Estado brasileiro os setores da burguesia auriverde ainda não contemplados colocando em prática o combinado na última eleição. As alterações nas administrações das empresas controladas pelo Estado atingem, por isso mesmo, um segundo setor estratégico anunciando o sr. Bolsonaro, depois de concordar com a nomeação de um psiquiatra defensor eletroconvulsoterapia para a coordenação de saúde mental do SUS, que vai “meter o dedo na energia elétrica”.

4 - O sr. general Luna estudou na mesmíssima cartilha do sr. Castello Branco  e seu ardor nacionalista apenas representa uma fração diferente dos muito ricos e segue a tradição entreguista do Marechal Eurico Dutra, do general Juarez Távora sistematizadas pelo gênio da subserviência ao imperialismo o general Golbery do Couto e Silva e não podemos  esquecer daquele militar, homônimo do presidente demitido da Petrobras, a ocupar o posto de primeiro ditador após o golpe de 1964. Estes ilustres senhores defenderam a subserviência do Brasil aos interesses do imperialismo estadunidense e ao longo da ditadura suas ideias e práticas travaram a consolidação da Petrobras como detentora do monopólio estatal do petróleo submetendo a empresa aos limites de um nacionalismo dito “responsável”, ou seja, sem desequilibrar a segurança continental em favor dos Estados Unidos este a defender, conforme a doutrina ainda vigente nas forças armadas, o mundo da guerra total traduzida na mítica do “perigo comunista”.

5 – O sr. Bolsonaro conseguiu, em termos eleitorais, mais uma cortina de fumaça e vai utilizá-la como forma de manter a imagem – junto ao seu eleitorado – de vítima de um sistema contra o qual não possui suficiente forças para derrotar enquanto a dita democracia continuar em prática. Agrada o dito senhor os ingênuos e os sabidões arcando aqueles com a carga dos constantes aumentos dos combustíveis e gás de cozinha em nome da maior lucratividade possível aos trilionários sejam estes nacionais ou estrangeiros encontrando os interesses destes entrelaçados nos fundos de investimentos de Nova Iorque.


Programa Escuta Educativa da Rádio Educare.47 do Instituto de Educação de Minas Gerais

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