sábado, 19 de fevereiro de 2022

DIVIDIR PARA CONQUISTAR: O CÉSAR DO BREJO SEGUE SUA POLÍTICA DE INTRIGAS

 




- DIVIDIR PARA CONQUISTAR: O CÉSAR DO BREJO SEGUE SUA POLÍTICA DE INTRIGAS

- O INGÊNUO DE CLASSE MÉDIA COM MEDO DAS FORÇAS DO POVO

- OS GOVERNANTES DELIRANTES

- O FIM DA HISTÓRIA

Por Wladmir Coelho

1 – Segue a política das alterosas a soma do clássico romano ‘divide et impera’ adicionado a consigna historicamente mais recente, atribuída a conhecido marqueteiro nazista, na qual uma ‘uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade’. O recurso a tais ensinamentos constitui a prática recorrente dos ‘gênios’ de ocasião autoproclamados ‘maquiavélicos’ a revelar em sua ‘genialidade’ nada além da ausência total da verdade.

2 – Em Minas os governantes dos últimos tempos usaram e abusaram desta fórmula e vamos recordar determinado morador do Leblon com seu aprendiz de feiticeiro ambos firmemente apoiados num sistema de publicidade a transformar o nosso amado rincão em espécie de Disneylândia materializada naquele castelo encantado – ornado com bilhões de brilhos -  construído nos limites da capital com Vespasiano.

3 – A infantilização não parou por aí; tempos depois surgiu da mesma classe dominante um herdeiro com seu discursinho prá agradar classe média sempre em tom farsesco, canastrão, encarnando o clássico personagem do capiau. Para a propaganda um tipo perfeito com cara de bobo, voz de idiota e rico, muito rico. Estava concluído o novo produto a ser consumido de forma ingênua no formato do matuto que deu certo, aliás a fórmula não era nova e aqueles com mais de 50 recordam-se do Sassá Mutema tão ao agrado do discurso moralista da pequena burguesia auriverde.

4 – O problema do Capiau Mutema localiza-se (por favor; aqui não faço referência a dito patrocinador da farsa segundo a voz das ruas.) justamente na composição do personagem revelando a soma deste com Zeca Diabo um caipira de voz fina e fala mansa representando, todavia, uma associação com as forças mais violentas e obscuras apesar do discurso do arrependimento e inabalável fé em Deus e nos costumes cristãos.

5 – Aqui uma observação geral: governante delirante representando personagens do passado não é novidade e sabemos todos que Napoleão adorava seus retratos fantasiado de César, posteriormente um sobrinho do general francês encenou uma espécie de encosto do tio empolgando a burguesia local. Estes exemplos não param no século 19 e seguindo o desfile de alucinações, fantasias e caricaturas históricas vamos encontrar no século 20 um alemão fardado afirmando encarnar tudo isso junto, misturado acrescido do tempero regional legitimado através das palmas delirantes da classe dominante do país e exterior incluindo os burgueses dos Estados Unidos. Seguindo a tradição histórica esquizofrênica vamos verificar fato recentíssimo em determinado país na América do Sul; lá um delirante militar aposentado de baixa patente encarna em nome da trindade Deus, Pátria e Família o tipo caricato daqueles generais ditadores dos anos 70 reafirmando diariamente em lives e outros meios o seu patriotismo enquanto entrega desde o subsolo de sua amada e idolatrada Pátria até os serviços públicos, a empresa petrolífera, as de energia elétrica ao deus mercado submetendo o seu povo aos elevados valores nos preços dos combustíveis, alimentos, eletricidade, gás de cozinha como forma de tributo aos investidores de Wall Street incensados diariamente na chamada ‘grande imprensa’ local. Haja esquizofrenia!

6 - Retornando ao plano regional: O César do Brejo, o Maquiavel de chanchada segue sem o menor pudor a sua prática de apoio a política de submissão do Brasil aos interesses do capital internacional ressuscitando a velha prática colonial da DERRAMA consumida no século 21 na forma de ‘austeridade fiscal’ termo ao gosto dos comentaristas da imprensa sadia deste ‘mundim’ das Gerais a dopar diariamente os ingênuos prometendo o paraíso após o necessário sofrimento. Sofrimento para o povo é lógico, afinal tenha seta prá cima ou prá baixo lá em Nova Iorque o preço do gás em nosso amado torrão tem que subir como forma de garantir o lucro das empresas multinacionais as quais os patriotas entregaram o controle da Petrobras. O César do Brejo vai seguindo o mesmo modelo na CEMIG e já abriu as porteiras aos elementos eufemisticamente denominados investidores, na verdade saqueadores, conforme revelou a CPI da Assembleia Legislativa.

7 – O ingênuo acredita, repete, defende a política do César do Brejo; este em nome da defesa dos interesses do capital joga trabalhador contra trabalhador, civil contra militar, professor contra enfermeiro e toca sua harpinha desafinada enquanto o circo pega fogo. Promete aumento aos policiais, depois culpa a educação pelo não cumprimento e incentiva uma carnificina verbal sem base na realidade ao modo daquela casa sem pão do dito popular.

8 – Ao final após longo divertimento o César do Brejo apresenta como solução o corte geral e absoluto, o reajuste zero, a demissão de servidores, o fechamento de escolas fundado na hipocrisia da Recuperação Fiscal conhecida no passado por derrama a saber; o modo de garantir aos compradores de títulos do Estado o pagamento dos juros retirado a força de nosso povo na forma de suspensão dos direitos básicos como saúde, educação, segurança, assistência social, pesquisa.

9 – O saque aos recursos nacionais, desta forma, é entendido como o modo de ajuste necessário a dita recuperação econômica a ser alcançada um dia restando aos trabalhadores uma disputa sangrenta pela sobra do banquete dos ricaços. No passado um simples alferes de Vila Rica percebeu este tipo de manobra e começou a falar e da fala passou à ação até incomodar, prá valer, um coronel português disposto a manter o sistema naturalmente recebendo a sua paga. Vejam o papel daquele antigo alferes cuja tradição é mantida no século 19 quando oficiais de um Exército pequeno, desarmado perceberam a necessidade de rompimento com a monarquia escravista, atrasada e passaram a constituir espécie de organização da classe média em constante conflito – muitos armados – com os setores mais retrógados da sociedade brasileira.

10 – Incrível, mas a classe média auriverde já deu as suas voltinhas de braços dados com os militares nos jardins do nacionalismo, do desenvolvimento nacional a ponto de participar ativamente do movimento de 1930 com seus tenentes, aliás destes tenentes muitos, a quem afirme tratar-se da maioria, eram sargentos comissionados responsáveis pelas prisões dos oficiais da ordem e levantamento dos quartéis de 90 anos atrás. Os sargentos, tempos depois, participam ativamente do levante liderado no Rio Grande do Sul pelo governador Leonel Brizola para garantir a posse de João Goulart. Vejam: a divisão de classes não poupa os quartéis e seguindo a política econômica entreguista de nossos dias atinge as classes mais baixas use farda ou não e foi preciso prender, matar, expulsar durante uma ditadura entreguista mais de 5 mil militares, a maioria praças, para impor uma doutrina a distanciar a caserna da realidade social, da verdade.

11 – Enquanto o andar de cima tolera a presença em seus banquetes dos brilhos dos galões nos níveis mais baixos, como forma de compensação, promete comissão numa escolinha cívica aqui, outra vaga de instrutor de ordem unida e fiscal de cabelo ali. Percebam; não dá prá compensar todos, em termos gerais as classes inferiores disputam as migalhas, as eventuais sobras do saque transformado em função da mentira em forma de salvação e mais grave; assumem o discurso de aprofundamento da entrega dos recursos financeiros aos grupos econômicos mais poderosos incluindo o fato privatização da educação e sua precarização a partir do acesso ao FUNDEB de entidades subordinadas direta ou indiretamente aos bancos e fundos de investimentos.

12 – A esquizofrenia histórica criou ou ressuscitou, ao lado do César do Brejo e aquele general de baixa patente, uma guerra na qual seres radicais de esquerda conspiram contra o patriotismo dos atuais governantes ameaçando o plano divino de adequação do Brasil ao rumo correto, ou seja, a continuidade e aprofundamento da política econômica dependente, atrasada, sem prazo ou rumo de sucesso dependendo, por isso mesmo, da constante disputa entre os trabalhadores resultando no aprofundamento da miséria. Em termos gerais defendem os candidatos à forca a política de ampla distribuição de corda e caminham num mundo paralisado, sem possibilidades de transformação ou rompimentos restando apenas adaptar-se eis o fim da História.   

  


Programa Escuta Educativa da Rádio Educare.47 do Instituto de Educação de Minas Gerais

Vídeos