CONSULTANDO OS ASTROS:
TRUMP E AS TAXAÇÕES
Por Wladmir Coelho
1 – O material que ilustra essa postagem revela um elemento político pouco debatido, ou seja, o império pretende mobilizar o dito “agronegócio” na mileinização do Brasil. O alvo das ditas tarifas encontra-se exatamente no setor do álcool notadamente em sua condição de “energia alternativa”.
2 – Vou bancar o adivinho: a fragilidade nacional, denominada eufemisticamente de 'desindustrialização', será a base da histeria diante da possibilidade de diminuição da exportação de produtos como o etanol. No final das contas, não seria surpresa o frágil governo brasileiro acabar cedendo novamente aos interesses imperiais, na forma de destruição daquilo que ainda resta da indústria mais ou menos auriverde. Afinal, na cabeça dos economistas oficiais, o desenvolvimento de uma economia pode muito bem ocorrer a partir do fortalecimento de um setor, em nosso caso o agrícola, aliado ao rígido corte no orçamento público para agradar aos fundos de investimentos e Wall Street.
3 – A leitura atenta da matéria em análise permite observar o enquadramento das empresas produtoras de conteúdo audiovisual, e não preciso aqui citar o nome da maior delas, sempre interessada em enviar suas novelas e filmes para um setor específico do mercado imperial. Daqui a pouco, essa empresa vai inundar os seus programas jornalísticos com especialistas e mais especialistas, com um discurso dúbio em defesa do livre mercado e críticas ao protecionismo trumpista. Afinal, o Brasil é agro, o agro é pop, e dá-lhe dependência e redução à condição dependente.